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Foto do escritorCristiane Fensterseifer

Compre na baixa..

Atualizado: 7 de abr. de 2019




A velha máxima: “Compre na baixa e venda na alta” é tão óbvia e banal para aqueles que começam a investir em ações... Entendi, está tudo certo, vou enriquecer... Mas quando o mercado está em pânico e as pesquisas eleitorais mexem mais com as ações do que as atividades empresariais, até o mais experiente investidor pode ser pego na armadilha de se deixar levar pelo ânimo da manada e esquecer o que realmente importa.

Lembro do recente momento pós julgamento do Lula pelo TRF4 este ano, aqui em Porto Alegre. Após a confirmação da sentença, o mercado comemorou e os próximos dias levaram a bolsa dos 80 mil aos 85 mil pontos em apenas 3 dias. Lembro de ler inúmeros analistas fazerem projeções de 96, 100 mil pontos para o Ibovespa naquela época, ignorando (?!) a economia e o ano eleitoral. Agora, as vésperas de uma eleição incerta e com uma queda já considerável do Ibovespa precificando isso, não faltam cenários catastróficos - o Brasil agora já é a próxima Argentina ou, porque não, Venezuela.

A verdade é que certamente as eleições influenciarão a bolsa nos próximos anos, mas não vamos esquecer o pânico seguido de anos de alta após a primeira eleição do Lula e de que a máquina pública PRECISA da iniciativa privada para continuar a existir. Mas acima de tudo, não podemos esquecer da velha máxima, que a essa altura do texto, talvez já tenha sido esquecida: “Comprar na baixa e vender na alta”.

Uma ação que sempre foi uma queridinha da bolsa e que foi atingida por uma maré de notícias ruins, que levaram o preço da ação a cair para menos da metade do que valia no início do ano é a Ultrapar. A empresa foi prejudicada por tantas notícias ruins que dá para numerar: 1 - negativa pelo CADE da aquisição da Alesat 2 - negativa pelo CADE da aquisição da Liquigás, com multa de R$280 milhões 3 - greve dos caminhoneiros questionando o preço do combustível 4 - operação da PF sobre cartel em alguns postos em Curitiba 5 - resultados op

eracionais não tão positivos como o mercado esperava e estava acostumado. Dito isso, é importante dizer também que a maior parte dessas notícias não se repetirá e já foi precificada e que a empresa sempre foi muito bem gerida e possui uma base de ativos fantástica, ou seja, não faz sentido a ação negociar a um preço/lucro de 16,36x, praticamente o mesmo que sua concorrente estatal Petrobras Distribuidora e muito abaixo do que historicamente negociava.

Algumas Small Caps também escondem potenciais retornos, como é o caso da Guararapes, que após uma alta expressiva esse ano caiu indiscriminadamente. A empresa tem um alto potencial, num setor que reage muito bem a uma eventual retomada na economia do país, um histórico de crescimento positivo, uma estrutura integrada que beneficia a operação, unindo fábrica e varejo, uma distribuição geográfica favorável de suas lojas, muito mais diversificada do que antigamente e várias fontes de crescimento adicionais – crédito aos clientes, celulares, shopping center... A empresa negocia a um preço/lucro de 11x, menos da metade da concorrente Renner (P/L de 24x). Para quem não tem problemas de liquidez, como o pequeno investidor, é uma ótima opção.

Enfim, ganhando quem ganhar estas eleições, fato é que algumas empresas seguirão ganhando dinheiro no seu setor de atuação. Provavelmente nos anos após as eleições continuaremos nos locomovendo, nos vestindo e utilizando a eletricidade em casa e no trabalho. A queda atual da bolsa é uma ótima oportunidade de comprar na baixa empresas que fornecem esses serviços, principalmente para aqueles que tem a paciência de deixar a poeira baixar e esperar para vender na alta.

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