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Foto do escritorCristiane Fensterseifer

Choque de realidade: A Rentabilidade sofrível do Santander (SANB11) com a dívida das Americanas


O lucro do Santander caiu 56% no 4T22, para R$ 1,6 bilhão. A metade do que era esperado pelos analistas.


Os analistas não erraram totalmente, o problema foi o cisne negro que atingiu o mercado chamado dívida extra nas Americanas.


Nesse 4T22 o Santander já provisionou (tecla SAP: registrou uma despesa no seu balanço) pelo menos uma parte do podem ser as perdas com o dinheiro empresado para a varejista.


A provisão para devedores duvidosos (PDD) – e vamos combinar que a Americanas hoje é uma devedora para lá de duvidosa - foi de R$ 7 bilhões no último trimestre.


O Santander provisionou cerca de 30% do crédito das Americanas, que era de R$3,5 bilhões, pelo que deu para entender, apesar de não especificar completamente.


Como a Americanas pediu recuperação judicial, a provisão pode aumentar para 50% a 70%.

Ou seja: É bem provável que veremos mais provisões das Americanas do balanço do Santander nos próximos trimestres!


O resultado não teve só coisa ruim e até por isso as ações subiram ontem depois da divulgação do resultado.


Afinal de contas, a “culpa” do possível calote da Americanas não foi uma falha da gestão do banco, a dívida não era conhecida, para a surpresa do setor bancário (e do Brasil) inteiro e pode ser encarado como algo não recorrente.


Nesse caso, o mercado entende que o futuro vai ser melhor e perdoa as ações.


Lembre que o que interessa para o preço da ação é sempre o futuro.


Além disso, desde que veio à tona a dívida de R$20 bilhões das Americanas, já se sabia que os bancos iam ter queda no lucro por provisionar possíveis perdas e as ações dos bancos já tinham sofrido.


O Santander (SANB11) acumula queda de 13% nas ações desde o dia 11 de janeiro.


Falando das partes boas do resultado, o banco mostrou maior eficiência, com as despesas subindo menos que o dissídio coletivo e inflação.


No fim, o retorno sobre patrimônio médio (ROAE) foi de míseros 8,3% no último trimestre de 2022.


No ano de 2022, o ROAE foi de 16,3%, menor que os mais de 20% em 2021.


O retorno sobre patrimônio (ROE) é talvez a principal medida usada pelo mercado para ver se “vale a pena” comprar as ações de um banco.


Bom, já sabemos que os resultados dos outros bancos devem mostrar os respingos das Americanas como o do Santander.


Agora é aguardar.


Com esse resultado o Santander negocia a 8 vezes P/L (Valor de mercado/lucro de 12 meses), frente a 4 vezes do Banco do Brasil (BBAS3), 5 vezes do ABC (ABCB4), 7 vezes do Bradesco (BBDC4) e do Itau (ITUB4).


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Grande Abraço

Cristiane Fensterseifer, CNPI, CGA e consultora financeira

03/02/2022


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