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344 itens encontrados para ""

  • C&A (CEAB3): O melhor desempenho do setor no trimestre!

    A C&A (ceab3) teve crescimento de 4% na receita líquida total frente ao 1T22, com crescimento de 6% da receita de vestuário e queda de 11% na venda de eletrônicos (celulares) e beleza (maquiagens, etc.). As vendas em lojas já existentes a 12 meses (sss, vendas em mesmas lojas) cresceu 1% frente ao 1T22, sendo que vestuário aumentou 4% - o melhor desempenho nesta categoria comparado as concorrentes Riachuelo e Renner. As vendas de roupas cresceram com aumento de margem ! já que a margem bruta de mercadorias de 48,1%, aumentou 3 pontos percentuais em relação ao 1T22. O principal destaque talvez tenha sido a ótima gestão de despesas que caíram 13% frente ao 1T22. A empresa teve redução de 69% da despesa com Marketing, dado que no ano anterior ela estava pagando o Big Brother Brasil e este ano não patrocinou (e pelo jeito isso não fez muita diferença nas vendas). Com isso a C&A teve EBITDA ajustado de R$77 milhões, ante um Ebitda de apenas R$100 mil no 1T22. SE VOCÊ NÃO É ASSINANTE, CLIQUE AGORA AQUI PARA INVESTIR COM UMA CARTEIRA MAIS COMPLETA E EFICIENTE (MENOS TAXAS = MAIS RETORNO!) PARA SEUS INVESTIMENTOS ! Serviços financeiros impactados pela economia O resultado dos serviços financeiros foi negativo em R$23 milhões no 1T23 ante 17 milhões positivos no 1T22 com alta nas receitas de 20% ante ao 1T22 pelo bom desempenho do C&A Pay. O que pesou – como nas demais varejistas – foi o cenário macro e a maior provisão para perdas da operação do C&A Pay, de R$ 44 milhões no trimestre, 3000% maior que no 1T22. A C&A está recém começando sua operação financeira (antes era parceria com Bradescard), que tem pouco mais de 1 ano e por isso a carteira está em maturação. Com um resultado financeiro negativo em R$100 milhões , 47% maior que no 1T22 pela alta de juros, o prejuízo no trimestre foi de R$126 milhões , menos que o prejuízo de R$152 milhões no 1T22 Menor necessidade de investimentos = maior liberação de caixa ! Após investir mais de R$600 mil por ano nos últimos anos para melhorar a estrutura de logística e tecnologia, agora o investimento baixou para R$50 milhões no trimestre, 10% menor que no 1T22. Esta fase com menor necessidade de investimentos e melhoria de capital de giro é ótima pois libera caixa da empresa em um momento crucial de alta de juros. A C&A teve queima de caída de R$212 milhões no 1T muito menor que os R$680 milhões queimados no 1T22, e a empresa encerrou o tri com caixa de R$ 1,5 bilhão. dentro da dinâmica das varejistas, e do cenário econômico, o resultado foi muito bom Importante ressaltar que a dinâmica de caixa de varejistas é de queima de caixa e resultados fracos no 1T, quando as vendas estão de !”ressaca “ após Natal, Black Friday. No 4T pelas datas festivas , as vendas são as maiores do ano nas varejistas , e no 1T22 as empresas “pagam a conta “ de fornecedores , levando a esta dinâmica de resultados e queima de caixa no 1T22. Faz parte do negócio. Ainda assim ,considero o resultado da C&A excelente , considerando o turnaround da empresa pós covid , considerando o resultados das pares setoriais e ambiente macro brasileiro. a soma é positiva! Na minha opinião a soma de: Aumento de margens de vestuário + melhores vendas em mesmas lojas existentes há 12 meses da categoria vestuário + Menor necessidade de investimentos após fortíssimos investimentos nos últimos 2 anos + Queda de despesas e maior eficiência + crescimento da operação financeira própria C&A Pay = A companhia está no caminho correto para o turnaround das operações Cristiane Fensterseifer – CNPI, CGA e consultora CVM Instagram : @crisinveste Twitter : @crisinveste Whatsapp : 51 992017563 www.investe10.com.br 12/05/2022

  • Uma empresa que – literalmente – está fazendo seus acionistas sorrirem mais: que 1T23 fantástico!

    Esta empresa entregou um aumento de lucro surpreendente no 1T23 e com isso as ações subiram 7% após o resultado! já sabe de quem estou falando? olha aqui: A Odontoprev (ODPV3) deu mais um show de resultado e sobe 7,5% como reação ao balanço! O maior destaque do trimestre foi a queda de sinistralidade para 34% o 1T23 ante 39,9% nos últimos 12 meses. Com tal queda de sinistralidade (e consequentemente dos custos incorridos por ela), foi possível o Ebitda no 1T23 aumentar 22% versus o 1T22 e 57% acima do 4T22. A margem Ebitda foi de 38,6% sendo maior em 3 pontos frente ao 1T22 e 14 pontos maior frente ao 4T22! Seguindo o Ebitda, o lucro líquido ampliou-se em 79% frente ao 4T22 e em 5% frente ao 1T22, isso porque a Odontoprev NÃO TEM DÍVIDAS e tem R$913 milhões de CAIXA LÍQUIDO. A taxa de juros alta, neste caso DE CAIXA TÃO ALTO, ajuda seus resultados. Com tal lucro, o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) foi de 36% muito maior que qualquer bancão que ficamos feliz quando atinge um ROE de 20%. clique aqui, Assine agora o All In One e não perca mais nenhuma oportunidade de investimentos ! Veja abaixo o ROE dos bancos: Hoje a ODPV tem R$913 milhões de CAIXA LÍQUIDO e por isso deve continuar retornando aos acionistas na forma de recompras de ações e proventos. Em dividend yield temos um retorno de 4% médio histórico, mas ao acrescentar as recompras de ações estimo um retorno de mais de 6% ao ano. Uma empresa que – literalmente – faz sorrir mais. A rentabilidade foi suportada em grande parte pela queda da sinistralidade, mas a receita líquida também evolui de forma positiva, em 11% no 1T23 versus o 1T22. O aumento da receita veio tanto do aumento de tíquete médio (preços cobrados dos planos dentais) em 5,5% em linha com a inflação como do aumento de clientes em 4%. Liderança frente aos concorrentes A figura abaixo mostra a liderança da empresa, que está longe do segundo maior competidor sendo o Bradesco Dental a marca de destaque no Brasil. Maior participação de PMEs e planos individuais = menor sinistralidade + maior mensalidade e maiores margens! O segmento de pequenas empresas (PMEs) e planos dentais individuais está crescendo 15% ao ano desde 2014 – bem mais que os planos corporativos, que crescem 3% ao ano. Assim, as PMEs e planos individuais, que tem maior margem, já são 44% da receita da ODPV3. A venda destes planos é favorecido pelo grande canal de distribuição bancário, sendo a marca Bradesco Dental a de destaque do Brasil no segmento. Estes planos tem maior margem e maiores preços como você pode ver na figura abaixo. Enquanto as mensalidades dos planos corporativos é de R$17 por mês, nos planos PMEs e individuais passa para R$34 por mês. Além de terem preços melhores este planos de PMEs e individuais tem menor sinistralidade versus os planos corporativos e ajuda no perfil de sinistralidade consolidado da Odontoprev (ODPV3). A sinistralidade das PMEs e individuais é de 27% enquanto no corporativo é de 50% Controle de procedimentos: qualidade + menores custos A empresa conseguiu reduzir os custos dos serviços por paciente nos últimos meses graças ao rígido controle de processos , com auditoria digital e gestão de banco de imagens. A empresa tem segmentado a rede de prestadores de serviço , ampliando a qualidade técnica do trabalho evitando excesso de procedimentos desnecessários. O gráfico abaixo mostra a evolução do ticket médio recebido e custos onde poremos ver os custos caindo frente a 2019. Estamos falando do país com o maior número de dentistas do mundo, e isso torna o trabalho dela mais fácil: Agora, nos interessa saber... Depois de toda alta, AINDA VALE A PENA INVESTIR NA ODONTOPREV (ODPV3)? VEJAMOS AGORA RECOMENDAÇÃO DE INVESTIMENTOS Com um ROIC invejável de mais de 30%... Com um ROE de fazer inveja a bancão, em mais de 30% . Frente a 20% do Banco do Brasil e (BBAS3) e Itaú (ITUB4)... e 18% do BTG (BPAC11) ... para dar um exemplo... Com um P/E de 12 vezes esperado para 2023, abaixo da média histórica de 25 vezes e combinado com um crescimento de resultados como vimos no 1T23 e histórico... ...continuo recomendando COMPRA para Odontoprev (ODPV3) e aumento o preço alvo em R$14 por ação, o que confere um upside de 29% para suas ações. Consulte a carteira All In One atualizada aqui! Atenciosamente, Cristiane Fensterseifer – CNPI, CGA e consultora CVM Instagram : @crisinveste Twitter : @crisinveste WhatsApp: 51 992017563 www.investe10.com.br 11/05/2023

  • BRASKEM (BRKM5): +34% NO MÊS E 1T23 FRACO. SÓ INTERESSA O PRÊMIO NA VENDA DO CONTROLE. ENTENDA AQUI

    No 1T23, a demanda pelos produtos da Braskem aumentou pelo: • melhora na atividade industrial global • início do processo de consumo dos estoques na cadeia de transformação • fim da política de COVID-Zero na China. Com a melhor demanda, a taxa de utilização da capacidade de suas plantas aumentou: 5 p.p. no Brasil, a taxa de utilização nos EUA e Europa aumentou 6 p.p., e no México aumentou 3 p.p. A maior produção e levou a maiores volumes de vendas de resinas e químicos no Brasil, de PP (polipropileno) na Europa e de PE (polietileno) no México. Com isso, vimos uma melhora na rentabilidade da empresa frente ao 4T22, mas ainda vemos uma rentabilidade bastante menor que um ano atras. TECLA SAP – Entendendo o negócio da Braskem Para quem não é familiarizado, a Braskem é a 6ª maior petroquímica no mundo, líder em resinas termoplásticas (polietileno, polipropileno e PVC) das Américas e maior produtora de PP dos EUA. O polietileno (PE) é barato e usado em metade de todas as embalagens de plástico. O polipropileno (PP) é mais forte que o PE e usado para mobiliário e automóveis. O PVC é um polímero durável e muito usado na construção civil, em tubos e canos. A Indústria Petroquímica tem sua base nas matérias-primas obtidas da indústria de energia como a nafta (derivada do petróleo), líquidos de gás natural (extraídos do gás), carvão e fontes renováveis (etanol). A matéria-prima passa por um cracker, onde vários petroquímicos são produzidos. Estes químicos podem ser vendidos para terceiros ou polimerizadas tornando-se resinas termoplásticas (PE+PP+PVC). Spreads Petroquímicos: O mais importante para entender o resultado da Braskem O custo da Braskem, o preço de sua matéria prima, depende da variação do preço do petróleo e gas. Já a margem da Braskem depende do spread petroquímico, afetado pela oferta destes produtos no mercado. Quando o mercado está com alta demanda maior que a oferta nas resinas, as indústrias investem para ampliar a capacidade, a qual demora para entrar em operação e, quando entra conjuntamente, acaba derrubando os preços dos petroquímicos por um período até a demanda crescer mais. Atualmente a Braskem está passando por uma faze de spreads baixos, ou seja, de oferta alta pressionando os preços dos produtos vendidos. Spreads no 1T23 Com melhor demanda, os spreads no mercado internacional em geral foram melhores do que no 4T22. Por isso, o EBITDA melhorou frente ao 4T22, para US$ 205 milhões recorrente (R$ 1,1 bilhões) no 1T23. Ainda assim, os spreads continuam apertados e o Ebitda muito inferior ao do ano passado Seguindo o Ebitda pressionado, a Braskem encerrou o 1T23 com lucro líquido de R$ 242, uma queda de 94% ante o lucro do 1T22. Mas as ações da Braskem estão atualmente negociando muito mais atreladas as movimentações de uma possível venda dos 50,1% que a Novonor (ex Odebrecht) tem na empresa. Isso porque apesar dos resultados de curto prazo da Braskem estarem pressionados, a empresa historicamente é uma excelente geradora de caixa, veja no gráfico abaixo: O fator mais importante para uma possível valorização das ações. A avaliação do quanto um comprador vai pagar pela Braskem em uma aquisição, leva em consideração muito mais sua possivel geração de caixa futura do que o momento atual dos resultados e por isso é o fator mais importante para uma possível valorização das ações. Se o valor ofertado for muito maior que o valor negociado em bolsa, é natural esperar que a cotação da ação acompanhe tal valor na bolsa. Por isso que vimos as ações da Braskem subirem até mais de 30% em um único dia esta semana com esta notícia: Ontem a Novonor confirmou ter recebido uma proposta para vender a Braskem Isso ocorreu após alguns jornais como Folha e O Globo noticiarem que haveria uma proposta da Adnoc, a maior petroleira dos Emirados Árabes junto ao fundo Apollo para aquisição da petroquímica, de R$47 por ação, o que seria um prêmio de 153% sobre o preço das ações da Braskem antes da notícia vazar. Com este vazamento as ações da BRKM5 subiram 34% nos últimos 30 dias e atualmente estão R$25,3. Já o Brazil Journal afirmou que fontes a parte da proposta informaram que seria de uma combinação entre R$20 por ação em dinheiro + R$20 em bônus perpétuos com remuneração de 4% ao ano (que teria um valor presente de R$5) + 7,14 de warrants (atrelados ao desempenho da ação). Ou seja, segundo as fontes, o preço da oferta seria mais próximo de R$30 por ação do que de R$47, se considerado o valor presente das parcelas pagas em títulos e não em dinheiro. A novela para venda da Braskem já vem de tempos... Um pouco de história nessa venda da Braskem... Em 2018 a a holandesa LyondellBasell, 3ª maior produtora de resinas plásticas do mundo, fez proposta para comprar o controle da Braskem avaliando as ações em R$52, um valor significativamente maior do que o atual, quando negocia a R$25,3 por ação. Em 2019 a LyondellBasell desistiu, diante da insegurança jurídica e sobre a situação financeira do grupo Odebrecht e possivelmente pelo desastre em Alagoas. Em 2018 surgiram rachaduras em casas e ruas em Maceió (AL), relacionado as atividades da empresa. A Braskem já desembolsou R$7,5 bilhões de R$13 bilhões provisionados em reparações, mas não podemos garantir que não surjam novos passivos, e um comprador considerará isso. O que fará a Petrobras com sua participação na Braskem ? A Petrobras é a segunda maior acionista da empresa, e possui 36,1% das ações e 47% do capital votante da Braskem, enquanto a Novonor possui 38,3% das ações e 50,1% do capital votante, ou seja, tem o controle da Braskem. A Petrobras (PETR4) decidirá nas próximas semanas sobre sua participação e rumores foram levantados sobre uma possível troca de ações em vez de se vender sua parte na BRKM5. A Petrobras tem interesse em ampliar participação em refino e por isso talvez o governo atual não queira vender sua participação. Por outro lado, a Petrobras tem direito a tag along (ou seja, vender sua parte na Braskem pelo mesmo preço que o controlador vender) e poderia ser interessante receber o valor da venda e focar em outros projetos de refino de combustível, por exemplo. Próximas cenas Como mencionei, o fator mais importante para uma possível valorização das ações será o valor divulgado da proposta que a Novonor já confirmou ter recebido e a negociação deste preço. Considerando o histórico e os rumores, temos como um preço base um valor parecido com o atual negociado no mercado... e o que vier a mais, muito provavelmente será lucro para os atuais acionistas da empresa. Abraços Cristiane Fensterseifer – CNPI, CGA e consultora CVM Instagram : @crisinveste Twitter : @crisinveste WhatsApp: 51 992017563 www.investe10.com.br 09/05/2023

  • BANCO INTER (INBR32) SOBE 9% APÓS LUCRAR R$ 25 MILHÕES NO 1T23 REVERTENDO O PREJUÍZO DO 1T22

    O Banco Inter divulgou um bom resultado e teve avanço positivo em praticamente todas as linhas, sendo que destaco as principais abaixo: O Inter superou 26 milhões de clientes, crescendo 44% frente ao 1T22. A taxa de ativação de clientes aumentou 48 bps para 51,5% frente ao trimestre anterior. A captação total (funding) foi de R$ 31 bilhões no 1T23, 3% maior que em dezembro de 2022 com ampliação do market share em depósitos a vista em 21 bps, para 3,6%. Com a grande base de clientes, o custo de funding continua bem menor que a Selic, como mostra o gráfico abaixo: O saldo da carteira de crédito de R$ 25 bilhões no 1T23 foi 2% maior que no fim de 2022 - focando em produtos mais rentáveis e ajustados ao risco, como FGTS e home equity. Os ativos totais somaram R$ 48 bilhões em 31 de março de 2023 3% maiores que em dezembro de 2022. O patrimônio líquido, de R$ 7 bilhões, cresceu 0,7% quando comparado a 31 de dezembro de 2022. O índice de Basileia, que mede a segurança do banco é uma das maiores do setor brasileiro em 23% A inadimplência está subindo como a do setor inteiro, mas em níveis bastante controlados O NIM (Net Interest Margin) ou seja, a margem líquida de juros que mede o spread bancário aumentou 30 pontos base frente ao ultimo tri para 8,7% e continua com muito espaço para crescer O volume bruto transacionado (GMV) Inter Shop atingiu R$ 829 milhões no 1T23 uma queda de 21% frente ao 1T22 A receita bruta total de R$ 1,8 bilhão no 1T23 aumentou 41% ante o 1T22 e a receita liquida aumentou 23% O banco teve um Índice de Eficiência recorde, com redução de despesas frente ao 4T, como mostra o gráfico abaixo e aumento do numero de clientes por colaborador. com isso.... o custo de servir caiu muito, veja Tudo isso levou ao lucro de R$25 milhões no 1T23 e a um retorno sobre patrimônio líquido (ROE) foi de 1,4% no trimestre, alta de 2,7 pontos percentuais (p.p.) na comparação com o do 1T22. Att, Cristiane Fensterseifer CNPI CGA E CONSULTORA 08/05/2023

  • ganho gigante, Ainda vale a pena entrar na NTN-B (IPCA+)? E +uma alternativa que gosto muito!

    Temos um retorno gigante na marcação a mercado desde os últimos alertas de compra que mandei no Telegram das assinantes para compras de NTN-B. Alerta enviado no Telegram em 03/03/23: Alerta enviado no Telegram/publicação em 10/02/23: Agora veja só o que aconteceu: Abaixo está o print das minha próprias aplicações nas data dos alertas. Vejam que desde fevereiro está rendendo o equivalente a IPCA+56% Diante do fechamento da taxa, que já foi de IPCA + 6,6% e hoje está em IPCA+5,9% para o título NTNB 2045, muitos estão me perguntando se ainda vale entrar nas NTNB. SE VOCÊ AINDA NÃO ASSINA O ALL IN ONE, NÃO PERCA MAIS TEMPO (E, VOCÊ SABE, TEMPO É DINHEIRO) - ASSINE AGORA CLICANDO AQUI ! A minha resposta é SIM, ainda vale a pena comprar NTNB, dentro do percentual máximo que eu sugiro na carteira All In One, que você encontra no link abaixo: Apesar de o spread já ter sido melhor, em cerca de IPCA+6,1% eu acredito que ainda vale a pena entrar a IPCA+5,98% no título para 2045. Uma alternativa ao IPCA que gosto muito, para quem quiser dividir os aportes e diversificar, com liquidez e que pode também capturar bem uma queda de juros além de pagar um spread maior sobre o IPCA, é o FII - FUNDO IMOBILIÁRIO - que mostro no relatório abaixo: Abraços, Cristiane Fensterseifer, CNPI e CGA 06/05/2023

  • Menos Shein, mais juros: Os 4 motivos que fizeram a Renner (LREN3) subir 6% após o lucro cair 76%

    A Renner (LREN3) divulgou ontem a noite um resultado fraco como já era amplamente esperado, com lucro e Ebitda menores do que no 1T22 em 76% e 34%, respectivamente. O crescimento de receita liquida total, de 6%, foi baixo, e a culpa foi tanto do Brasil como da empresa na minha opinião - não vamos culpar só a economia por aqui. Além dos juros, preços altos e endividamento das famílias em patamares recordes inibirem as vendas, e da inadimplência corroer o resultado da operação financeira... Ocorreu um erro estratégico da empresa, que não combinou bem com São Pedro. O primeiro trimestre foi quente, e o calor acima do esperado não ornou com uma coleção de inverno antecipada. A Renner decidiu reduzir a coleção de meia estação e antecipar a de inverno. Resultado: A falta dos produtos de meia estação prejudicou as vendas, ainda mais com o calor maior que o normal no 1T23. Agora que já falei quais são os maiores problemas do 1T23, vamos aos prometidos motivos da alta (na minha análise) Os motivos da alta forte nas ações hoje, na minha opinião, e minha recomendação de investimentos para a ação: Motivo1: Shein não foi tão detratora como muitos temiam Um dos maiores medos hoje em dia para o case da Renner é a competição intensa da Shein, plataforma chinesa que vem revolucionando o mercado com produtos “bons” e baratos. Porém, o que o resultado mostrou é que o varejo de vestuário não foi tão mal e, muito provavelmente, se não fosse o macro tão ruim (com Selic a 14%) e um erro de coleção antecipada de inverno, veríamos a Renner brilhar como de costume. O que realmente foi mal em termos de vendas foi a Camicado caindo 15%, com o fechamento de 13 lojas para adequação do negócio. Verdade seja dita, a Camicado nunca teve um desempenho brilhante como a operação core da Renner, desde que comprada pela cia. O segmento de casa e decoração vem penando no Brasil e está mais impactado do que o vestuário, mesmo sem a concorrência tão óbvia que é a Shein para roupas, basta ver os desempenhos e Mobly (MBLY3) Westwing (WEST3) e Quero-Quero (LJQQ3)... Ainda olhando os negócios, a marca jovem Youcom continua com crescimento acima do varejo e deve continuar no foco das novas aberturas de lojas . Motivo 2: Margens do varejo seguem fortes e devem subir segundo as projeções da empresa Ainda no âmbito da concorrência com a Shein, o que pode obrigar a empresa a baixar preços, o que vimos foi uma margem bruta do varejo saudável e que afasta os maiores receios quanto a concorrência. A margem bruta do varejo foi de 54,2% uma pequena queda frente ao 1T22, mas ainda bastante forte. Além disso, a empresa mencionou que deve se beneficiar da redução dos custos de matéria prima e valorização do real frente ao dólar nos próximos meses. Por fim e muito importante, nas projeções passadas pela empresa, as margens sobem nos próximos anos, com ganhos de eficiência e menores custos logísticos. Motivo 3: Consumiu caixa sim, mas comprou ações também! A geração de caixa da Renner foi negativa em R$ 218 milhões, ainda que melhor versus o ano anterior por conta de melhora no capital de giro e recebíveis. A empresa teve um consumo de caixa líquido de quase R$600 milhões, mas o alento é que cerca da metade usada em recompras de ações, o que em teoria mostra a confiança da empresa no negócio e uma sinalização de preço baixo da ação. Motivo 4: Este eu vou deixar para o final do relatório, JUNTO COM MINHA RECOMENDAÇÃO DE INVESTIMENTOS Para ficar de olho: Os riscos no radar Para ficar de olho 1: Operação financeira sofrendo com a inadimplência do brasileiro, mas com perspectivas melhores Neste país da manchete abaixo, é de se esperar que a inadimplência subisse: Nesse cenário complicado, as despesas financeiras da Renner ficaram maiores e a empresa registrou alta de 107% nas perdas em crédito, o que levou a um resultado negativo da operação de crédito. Fica fácil ver pelo gráfico abaixo como as perdas subiram de 3,5% para 5,6% no trimestre – lembrando que dados mostram que 70 MILHÕES de brasileiros estão inadimplentes A parte menos ruim aqui é que a empresa falou que as novas safras de crédito estão melhores De olho na questão do ICMS A Renner até deu lucro no 1T23, mas beneficiada por alguns benefícios fiscais que como todos sabemos estão na mira do governo. Sem tais benefícios, o 1T22 teria prejuizo. Perspectivas animadoras O CFO da companhia, Daniel Santos, informou que espera crescimento das receitas no 2S23 e que as margens devem melhorar em relação a 2022. No quadro abaixo, temos as projeções da Renner, que espera uma redução no custo logístico, e ressaltou muito no Renner Day as melhorias de eficiência com seus modernos e novos Centros de Distribuição (CDs). O novo centro de distribuição de Cabreúva está em ramp-up operacional e por enquanto a Renner está com redundância na operação. Os CDs atualmente estão gerando despesas extras, mas no longo prazo estas despesas se converterão em mais eficiência e menos gastos, além de melhoria no nível de serviço. Outros destaques são a expectativa de crescimento na Camicado, após uma limpa no parque de lojas, com eliminação das não muito rentáveis – houve fechamento de 13 lojas no período O crescimento esperado das vendas online também é significativo, passando de 29% das vendas em 2022 para 41% em 2025. Um dos fatores que os analistas mais gostam, a margem bruta, deve passar de 51,4% em 2022 para 54-55% em 2025, nas projeções da empresa. Minha recomendação Após uma leitura criteriosa do resultado e das mensagens e perspectivas fornecidas pela companhia no Renner Day, reforço minha recomendação de compra para Lojas Renner (LREN3), com preço-alvo a R$ 27, um upside de 87% frente a cotação atual. Chegamos ao Motivo 4 que eu tinha deixado para o final do relatório Embora trimestres fracos e persistentes nunca sejam boas notícias, a Renner está negociando no menor múltiplo de preço sobre lucro (P/L) histórico estimado para 2023 de aproximadamente 12 vezes. P P/L atual está como na crise de 2008, quando muitas empresas negociaram a preços que depois deram saudades para quem não aproveitou para comprar. Dito isso, no preço atual, e considerando que a Renner sempre foi a campeã do setor no Brasil, mantenho minha recomendação inalterada em COMPRA. Abraços Cristiane Fensterseifer CNPI, CGA e consultora CVM 04/05/2023

  • Essa microcap marca um golaço após o outro!

    Com um crescimento de 171% no lucro líquido no 1T23, os resultados da nossa microcap indicada nos dão mais um motivo para comemorar. As ações subiram mais de 10% no pregão consecutivo a sua divulgação, em reação aos excelentes números. Diante de um cenário macro tão complexo é cada vez mais importante que os fundamentos específicos das empresas investidas sejam monitorados de perto. Nesse caso, podemos respirar tranquilos com o resultado do 1T23 da Cambuci (CAMB3), mais conhecida como dona da marca Penalty. A receita líquida no 1T23 de R$ 114 milhões aumentou de 43% vs. 1T22 Diante da incerteza da economia, os varejistas tem privilegiado a aquisição de produtos em intervalos menores, com bom giro e rentabilidade elevada, e a Cambuci tem vantagens competitivas sem paralelo por produzir no país, ao contrário dos concorrentes. Os principais campeonatos de futebol do Brasil estamparam a marca Penalty em seus painéis de LED e a Cambuci segue focada em expandir e reforçar sua presença junto ao cliente varejista, uma vez que obtém lucratividade elevada nesse canal, ao mesmo tempo em que oferece ao cliente uma elevada lucratividade na revenda do portfólio de produto. A Margem Bruta de 48,1% no 1T23 aumentou 3,9 p.p em relação ao 1T22, fruto do rigoroso controle de custo em conjunto com os esforços para melhoria da produtividade. O EBITDA de R$ 31 milhões aumentou 81% frente ao do 1T22. A margem Ebitda de 27,1%, foi 6 p.p maior que no 1T22. O Lucro Líquido de R$ 20 milhões no 2T22 aumentou 171% frente ao 1T22 e reflete o aumento de faturamento, a melhoria de margens, a alavancagem operacional com crescimento e rigoroso controle de despesa e o menor custo de financiamento em proporção a atividade operacional. O ROE - retorno sobre o patrimônio líquido - tem permanecido entre os mais elevados do mercado esportivo ao atingir 37,3% nos últimos 12 meses. A Cambuci tem utilizado sua forte geração de caixa para reduzir ainda mais o endividamento, e o Índice de dívida líquida/EBITDA em 12 meses é confortável em 0,76 vezes. Atualização do Preço alvo e recomendação Continuo muito confiante na tese da Cambuci (CAMB3), com mais um excelente resultado em todas as linhas. Por isso mantenho a recomendação de COMPRA , com um preço alvo de R$10 por ação e um upside de 65%, mesmo em projeções bastante conservadoras em termos de margens e crescimento A empresa continua negociando a múltiplos extremamente baixos, e se anualizarmos o lucro do trimestre temos um P/L de 2,8 vezes. Em um exercício teórico, é como se todo custo da compra de uma ação da empresa retornasse em forma de lucro em menos de 3 anos. Além disso, a empresa realizou investimentos em ampliação da capacidade em 2022 que a permitem ao mesmo tempo crescer sem necessitar de grandes investimentos adicionais por um bom tempo, permitindo excelente geração e caixa e retorno em proventos. Em 12 meses a Cambuci (CAMB3) pagou 3,6% em proventos e estimo que possa pagar até 5% este ano, com o crescimento de resultados e menor investimento necessário. Seu EV/Ebitda de 2,8 vezes também é um dos menores da bolsa e o menor de sua história. O desconto que a empresa negocia, em múltiplos tão baixos, em boa parte deve-se ao seu porte pequeno e valor de mercado baixo, de apenas R$231 milhões, o que não a torna alvo de fundos, que precisam de empresas maiores para investir. Com liquidez média de R$6 milhões negociados na bolsa por dia, no entanto, é uma boa opção para o investidor pessoa física compor uma carteira diversificada de microcaps Abraços Cristiane Fensterseifer – CNPI, CGA e consultora CVM Instagram : @crisinveste Twitter : @crisinveste WhatsApp : 51 992017563 www.investe10.com.br 02/05/2023

  • São tantas emoções - não é Roberto Carlos, é 3R (RRRP3) -meu preço alvo com Potiguar, a emoção final

    O início de ano já causou emoção até demais ao acionista de 3R. Olha só o que já tivemos - e me avise se eu esqueci de algo: 1. Pedido do MME para suspender vendas de ativos da Petrobras - questão aparentemente superada para a compra de Potiguar pela 3R, já que ela já foi assinada e já era esperada que fosse concluída, com a transferência do ativo para a 3R no 1T23 (atrasou, e o acionista de 3R continua orando pela sua conclusão). 2. Imposto sobre exportação de petróleo temporário (sabemos que no Brasil qualquer imposto temporário corre altíssimo risco de ser eterno) para compensar o aumento do ICMS do combustível – Ainda vamos ter que pagar para ver, já que a taxa de 9% sobre a exportação de petróleo criada pelo governo federal com a MP 1.163 em 28 de fevereiro, com vigência de 4 meses, vai até 28/06/23. Se o imposto durar pelos 4 meses apenas, o efeito sobre a 3R é praticamente zero, já que Potiguar ainda não está sob sua administração e a parte que poderiam exportar no momento, de Papa Terra, hoje estão vendendo em contratos pré definidos. Se este imposto se perpetuar, aí sim tem um efeito em todas as cadeias: quem já exporta tem impacto maior, mas quem vende no brasil tambem tem o efeito de rebalanceamento, já que algumas empresas que exportam podem tentar direcionar o petróleo para as refinarias brasileiras. A expectativa da 3R é que seja difícil aprovar esta MP no congresso e ela deve durar apenas 4 meses. 3. Follow On (emissão de novas ações) em um péssimo momento de mercado, com cotação baixa – minha sugestão no final do relatório. A EMOÇÃO máxima: a conclusão dA COMPRA DE POTIGUAR ESTÁ MUITO PRÓXIMA! A Última condição precedente era o Ibama para o qual responderam um ofício dia 14/4 e desde entao Não resta mias nenhuma obrigação perante o Ibama. A empresa acha que estão muito próximos e nas próximas emanas entre 1 e 2 semanas devem conseguir concluir o processo de Potiguar, que mais que DOBRA as reservas de petróleo da 3R sendo 305 milhões de boa do total de 516 milhões, veja no gráfico abaixo. Os resultados do 1T23 foram bons! A expressiva alta de 12% da RRRP3 após os resultados já mostra que o mercado gostou do que viu. A parte positiva do resultado foi a Receita líquida recorde de R$ 574 milhões, 29% maior que no 4T22 e a negociação de novos contratos de venda óleo na Bahia com melhores condições. O aumento da receita é principalmente pelo aumento da produção em 34,6% em relação ao trimestre anterior. O aumento da produção se deu pela adição de Papa Terra e incremento expressivo da produção offshore (em mar) como mostra a barra em azul no gráfico. Este foi o primeiro trimestre com a produção integral do Polo Papa Terra sob operação da 3R. No 1T23 a 3R produziu 35% de gás e 65% de óleo, mas a proporção de óleo deve aumentar (adicionando mais valor), pela incorporação do Polo Potiguar, a ser concluída. A adição de Papa Terra ao portfólio e com isso uma produção maior compensou o preço do petróleo Brent médio mais baixo em 8,6% frente ao trimestre anterior. No 1T23, a 3R vendeu: · 1.327 mil barris de óleo (bbl.) a um preço médio de US$ 63,7/bbl., um preço 18% menor que no 4T22 · 2.770 milhões de BTU de gás natural a um preço médio de US$ 8,2/Mmbtu, valor 1,1% maior que no 4T22 Custos pressionados devem melhorar A 3R registrou custo de extração médio ponderado (lifting cost), de US$ 23,1/boe no 1T23, sendo 19% maior que no 4T22. Este custo foi puxado pelo Polo Papa Terra que reportou US$ 32,3/boe de lifting cost médio no 3T23 com interrupção temporária na produção entre o final de fevereiro e meados de março de 2023. Com a produção estabilizada, o lifting cost de Papa Terra deve alcançar valores abaixo de US$ 25 e assim melhorar o custo da 3R como um todo. É normal e esperado um aumento do lifting cost no período de incorporação de novos ativos, o qual vai caindo com os investimentos de melhoria e aumento de escala. Rentabilidade melhorou frente ao tri anterior O EBITDA Ajustado de R$ 156 milhões no 1T23 foi 38% maior que no 4T22 , ainda que levemente menor que no 1T22 (R$203 milhões). A margem EBITDA Ajustada de 27,1% no 1T 23 foi maior que os 25,3% do 4T22 mesmo com as despesas de transição e a parada temporária de produção no Polo Papa Terra. O lucro líquido de R$ 16 milhões no 1T23 reverteu o prejuízo de R$39 milhões no 4T22. Uma excelente notícia é que a empresa passou a divulgar as informações por cluster, e assim fica fácil da gente ver as margens de cada um de seus ativos, como abaixo: Mais fôlego de caixa com a emissão de ações A empresa tem hoje R$71 milhões de dívida liquida mais valores a pagar de R$7 bilhões de reais, que são principalmente referentes a compra de Potiguar, a serem pagos no fechamento da operação, que é esperado até o final de maio. A 3R tem US$ 1 bilhão em dívidas aguardando closing do Polo Potiguar para desembolso. Considerando que o follow on já em andamento seja bem sucedido teremos entrada de caixa de cerca de R$899 milhões e uma redução de dívida liquida + contingências para R$6 bilhoes. Considerando o Ebitda estimado para a 3R com Potiguar, teríamos um Dívida líquida/Ebitda de 3 vezes em 2023 e caindo para 1,8 vezes em 2024. PROJEÇÕES E VALUATION ATUALIZADOS - afinal eu acho que é para comprar ou vender 3r (rrrp3) Considerando a curva esperada de produção que a 3R passou abaixo: Eu realizo projeções de Receita e Ebitda, também considerando o preço do petróleo, que é de US$65 para o longo prazo no meu cenário base Considerando o pico da produção, conforme o gráfico abaixo, temos um EV/Ebitda de 3 vezes estimado para 2024, o que é um patamar barato na minha opinião, para uma empresa de crescimento. Preço alvo atualizado O preço alvo continua em R$65 por ação, e abaixo eu mostro a sensibilidade conforme a variação do preço do petróleo mantenho minha recomendação de compra para 3r, até o limite indicado na carteira! Recomendação em relação a SUBSCRIÇÃO de 3R Minha sugestão é que o investidor realize a subscrição As novas ações serão emitidas no valor de R$ 24,45 (vinte e quatro reais e quarenta e cinco centavos) por ação, fixado com base nos parâmetros indicados no item 5.8 abaixo. Apesar do timing do Aumento de Capital ser questionável, pois emitirá novas ações a um preço baixo, podemos alegar também que ele gera valor para os acionistas dado seu objetivo de: 1. aumentar a posição de caixa 2. otimizar a estrutura de capital e reduzir alavancagem (endividamento) 3. fazer frente às despesas e aos investimentos em bens de capital (CAPEX) da Companhia Como subscrever as ações da 3R (RRRP3) Você tem direito a subscrever ações da 3R (RRRP3) na proporção de 0,18125089468 por ação RRRP3 detida na data de 19/04/2023 (data de corte, se você comprou depois dessa data não tem direito). A subscrição pode ser solicitada até o dia 22 de maio de 2023 Para solicitar a subscrição você deve procurar OFERTAS PÚBLICAS ou ATIVOS EM SUBSCRIÇÃO, dentro da área logada da corretora ou banco que você tem a posição e solicitar a subscrição. Caso não encontre dentro da área logada de sua corretora, entre em contato com quem te atende na corretora e peça para que te ajude a subscrever as ações de 3R que tem direito. Minha sugestão é que PARTICIPE da subscrição, pois: 1) o valor por ação subscrita é de R$ R$ 24,45 por ação, ou seja 19% MENOR do que a cotação de hoje da RRRP3, que é de R$30,22 por ação. 2) subscrevendo você não será diluído em sua posição da empresa, pois estará comprando as novas ações emitidas na proporção das que já detém. O percentual de diluição potencial resultante da emissão, para os acionistas que não subscreverem nenhuma ação no âmbito do Aumento de Capital, será de, no máximo, 15 % e, no mínimo, 11%, a depender do número de novas ações a serem efetivamente emitidas no Aumento de Capital. ATENÇÃO, IMPORTANTE: Você deverá ter na corretora os recursos para pagar por estas novas ações na data de liquidação que é em 22/05/2023. Abaixo eu coloco um filme de como é feita esta solicitação no app da XP, mas em geral todas as corretoras já permitem fazer automaticamente pela área logada ou app, caso não consiga , entre em contato com quem te atende na corretora para te ajudar nisso! 27/04/2023 Abraços Cristiane Fensterseifer – CNPI, CGA e consultora CVM Instagram : @crisinveste Twitter : @crisinveste Whatsapp : 51 992017563 www.investe10.com.br Leia Disclaimer no rodape e no site www.invste10.com;br/disclaimer

  • Como subscrever as ações da 3R (RRRP3)

    Você tem direito a subscrever ações da 3R (RRRP3) na proporção de 0,18125089468 por ação RRRP3 detida na data de 19/04/2023 (data de corte, se você comprou depois dessa data não tem direito). A subscrição pode ser solicitada até o dia 22 de maio de 2023. Para solicitar a subscrição você deve procurar OFERTAS PÚBLICAS ou ATIVOS EM SUBSCRIÇÃO, dentro da área logada da corretora ou banco que você tem a posição e solicitar a subscrição. Caso não encontre dentro da área logada de sua corretora, entre em contato com quem te atende na corretora e peça para que te ajude a subscrever as ações de 3R que tem direito. Minha sugestão é que PARTICIPE da subscrição, pois: 1) o valor por ação subscrita é de R$ R$ 24,45 por ação, ou seja 19% MENOR do que a cotação de hoje da RRRP3, que é de R$30,22 por ação 2) subscrevendo você não será diluído em sua posição da empresa, pois estará comprando as novas ações emitidas na proporção das que já detém. ATENÇÃO, IMPORTANTE: Você deverá ter na corretora os recursos para pagar por estas novas ações na data de liquidação que é em 22/05/2023 Abaixo eu coloco um filme de como é feita esta solicitação no app da XP, mas em geral todas as corretoras já permitem fazer automaticamente pela área logada ou app, caso não consiga , entre em contato com quem te atende na corretora para te ajudar nisso! 27/04/2023 Abraços Cristiane Fensterseifer – CNPI, CGA e consultora CVM Instagram : @crisinveste Twitter : @crisinveste Whatsapp : 51 992017563 www.investe10.com.br

  • MEU CHEFE NÃO COMPRAVA VALE (VALE3) POIS “NÃO ERA TATU” ELE ESTAVA CERTO?

    Eu tinha um chefe que dizia que não comprava (investia) em Vale (VALE3) pois não era tatu. Lembrei dele hoje, dado que as ações andam numa pior. Dentre as maiores quedas dos últimos dias, Vale (VALE3), Bradespar (BRAP3) e as demais empresas do setor de siderurgia (CMIN3) se destacam. O motivo como quase sempre no caso de commodities (A NÃO SER QUANDO OCORRE LITERALMENTE UM DESASTRE), é o preço do produto: O preço do minério de ferro chegou ao menor patamar em quatro meses, em US$102, com queda de cerca de 10% nos últimos dias. A causa para os preços fracos é a menor demanda. O consumo de aço na China está decepcionante justo numa época que seria o pico de construção no país. Inclusive os resultados da ArcellorMittal descepcionaram: A CHINA ESTÁ CRESCENDO MUITO MENOS Após o fim do Covid Zero na China era esperado uma recuperação econômica forte na China, mas isso está decepcionante. O PIB chinês até que não veio tão ruim no último dado, mas segue com crescimento em desaceleração nítida, como você pode ver no gráfico abaixo. O CICLO NÃO JOGA A FAVOR DAS COMMODITIES Além de uma China que cresce menos, a preocupação com a economia mundial é grande, dada a possível recessão nos EUA. As commodities são a matéria prima inicial de tudo, e, portanto, a primeira coisa a ser comprada. Se o mercado de construção vai bombar, isso demanda aço, que demanda minério. Mas hoje em dia temos exatamente o contrário e em Wall Street só fala na recessão que pode vir nos EUA com as altas de juros do FED. Perceba que ao longo da história, o minério negociou em períodos de recessão e crise em patamares significativamente menores que hoje e abaixo dos US$100 o que deixa mais espaço para quedas. Vimos a fraqueza no petróleo também, que caiu das máximas de US$116 com a invasão da Ucrânia e sanções a Rússia, mas no caso deste, o cartel age rapidamente para sustentar preços. A OPEP+ cortou produção e mais recentemente surpreendeu o mercado com um corte que não estava programado, mostrando grande disposição de manter o preço em torno de US$80 Moral da história, podemos ver mais quedas no preço do minério, se o FED mantiver os aumentos de juros, bem como outras potências. A alta de juros adicional é bem provável, dado as últimas falas e a força que ainda vemos no mercado de trabalho americano e na inflação que instiste em manter -se alta, como no Reino Unido no destaque abaixo. no fim das contas, talvez meu ex chefe, um "dinossauro" do mercado de capitais, estivesse certo... O que você acha? (responda a enquete no final) Para ver a carteira recomendada all in one e seu desempenho clique aqui: 25/04/2023 Cristiane Fensterseifer – CNPI, CGA e consultora CVM Instagram: @crisinveste Twitter: @crisinveste WhatsApp: 51 992017563 www.investe10.com.br

  • O mapa da mina: As melhores e piores ações do All In One

    Este é um estudo feito para termos uma dimensão de como está cada ação indicada no portfólio sob ponto de vista de indicadores de saúde financeira. A ideia é que mostrar quais as melhor empresas em cada um dos aspectos medidos. Sabemos que não há empresa perfeita, mas temos as mais fortes em potencial de valorização, temos as melhores em dividendos e assim por diante... Passaremos por indicadores de rentabilidade, por múltiplos, por avaliação do mercado. Nesta primeira edição focarei nas dívidas, assunto tão pertinente após o caso Americanas e a alta de juros. Fiz o estudo em gráficos para ficar mais agradável. Isso nos ajudará a mapear riscos, apontando aquelas empresas que estão deixando a desejar em alguma métrica de saúde financeira e sob a qual devemos ficar de olhos bem abertos. As estimativas usadas aqui são as de mercado, justamente pois a ideia é entender o que o mercado vê e o que espera das empresas indicadas na carteira. Bom proveito! Endividamento: O maior medo dos investidores hoje em dia Primeiro quero destacar que boa parte das empresas indicadas não tem dívida líquida, mas sim, caixa líquido. Isso quer dizer que quando pegamos o total de dívidas destas empresas e reduzimos o valor que ela tem em caixa, em disponibilidades financeiras, temos mais caixa do que dividas ! Em um cenário de Selic tão alta, ter mais caixa do que dívidas significa tirar proveito de altas receitas financeiras em vez se sofrer pagando juros altos. Esta é a lista de empresas com caixa liquido na carteira: Além disso temos na tabela acima os bancos, nos quais o conceito de dívida líquida/Ebitda não se aplica pela sua atividade ser basicamente captar e emprestar recursos e não tem nem dívida líquida nem Ebitda como métricas utilizadas comumente na sua avaliação. Agora, vamos analisar as empresas que tem endividamento. E já começo esclarecendo que não há nada de errado em ter dívidas e inclusive elas melhoram a estrutura de capital da empresa, quando custo de capital de terceiros é menor que o custo do capital próprio. Em um exemplo prático, se você tem uma ótima empresa e consegue ter um bom retorno nas atividades dela, vale a pena pegar crédito para crescer e ampliar seu ganho. O problema é o excesso de endividamento, que poderia fazer uma empresas quebrar e os juros muito altos, que tornam o custo da dívida maior que o retorno da empresa, não valendo a pena. A maior parte das empresas com dívida possui menos de 1 vez o Ebitda de um ano estimado em dívida. Ou seja, com o resultado que elas geram em um ano elas pagariam as dívidas, o que é uma condição em geral bem tranquila. Agora vamos olhar uma por uma das quatro mais endividadas. Coelce (COCE5) Dentre as companhias com maior dívida líquida/ Ebitda da carteira recomendada, a maior é a Coelce com 2,56 vezes. A Companhia encerrou 2022 com o custo médio da dívida no período de 13,33% a.a. Com R$269 milhões em caixa no 4T22 e cerca de R$1,4 bi em pagamentos a fazer em 2023 a empresa possui um colchão de liquidez na forma de limite de mútuo com partes relacionadas. Devido uma maior necessidade de financiamento para realização de investimentos e cobertura de capital de giro da companhia, a Aneel aprovou a ampliação dos limites de mútuos total para R$ 2,1 bilhões. Como podemos ver pelos mútuos a Coelce tem um forte vínculo com a sua controladora chilena com histórico de recebimento de substanciais empréstimos intercompanhias. Considerando que a empresa possui uma atividade estável e regulada, que é a distribuição de energia elétrica, com um Ebitda em 2022 de R$1,6 bilhões, deve ser capaz de honrar seus pagamentos e continuar pagando proventos. O melhor cenário hídrico devem favorecer seus resultados. Pela característica do seu setor, de geração de caixa, a Coelce paga historicamente bons proventos e tem um dividend yield de 4% nos últimos 12 meses Em setembro de 2022, a agência classificadora de risco de crédito corporativo Fitch Ratings reafirmou o rating de crédito corporativo da Companhia de longo prazo na Escala Nacional Brasil em ‘AAA (bra)’, com perspectiva estável. Em janeiro de 2023 a Fitch atribuiu Rating AAA(bra) para a 9ª emissão de debentures da Coelce destinados exclusivamente para reforço de caixa. O rating da Enel Brasil se beneficia dos incentivos legais, estratégicos e operacionais que a sua controladora, a chilena Enel Américas teria para suportá-la, caso necessário. Motivos para o investimento em Coelce Por fim, o investimento nela deve-se ao fato de estar à venda e provavelmente esta ocorrer por valor superior ao negociado em bolsa. A ideia é tentar capturar o prêmio na operação de venda, já que ela negocia com desconto de EV/Base de ativos e EV/Ebitda em relação a outras empresas do setor. Camil (CAML3) O endividamento total da CAML3 atingiu R$3,6 bilhões no último trimestre divulgado, em função de captações no internacional. A liquidez total (caixa e equivalentes de caixa e aplicações financeiras de curto e longo prazo) atingiu R$812 milhões. O endividamento líquido (dívida bruta excluindo liquidez total) totalizou R$2,8 bilhões com um endividamento líquido/EBITDA UDM de 2,8x A Camil tem cerca de R$1 bi de dívidas vencendo em 2023 e cerca de R$800 milhões em caixa, o que juntamente com seu Ebitda bastante estável de cerca de R$800 milhões por ano parecem dar conta do recado. Por ser uma boa geradora de caixa, a empresa costuma pagar juros sobre o capital próprio e tem um dividend yield médio de 4% ao ano. Ambipar (AMBP3) A alavancagem de 2,98 vezes o EBITDA anualizado no 4T22 cai para 2,5 vezes considerando os recursos primários da combinação de negócios com a HPX no 1T23. A administração da Ambipar estás segura com o nível de alavancagem atual em razão da forte posição de disponibilidades e expectativas de geração de caixa. O caixa da Ambipar mais os recursos de R$651 que entraram com a operação no 1T23 somam R$3,5 bilhões e são suficientes para o pagamento da dívida dela que vende em 2023, 2024 e 2025 e boa parte da dívida de 2026. Se considerarmos a geração de caixa da empresa, com um Ebitda de R$1,4 bi estimado em 2023, podemos ficar tranquilos com a capacidade da empresa de honrar dívidas por enquanto. Braskem (BRKM5) A alavancagem corporativa da BRKM5, medida pela relação dívida líquida ajustada/EBITDA Recorrente em dólares, se manteve saudável encerrando o ano em 2,42x. No fim do 4T22 apenas 4% do endividamento da Braskem era de curto prazo (vencimento dentro de um ano) e 57% têm vencimento apenas após 2030. Com 87% da dívida em moeda estrangeira a empresa, cujas receitas também são ligadas ao dólar, tem uma dívida mais barata que nossa Selic, com custo médio de variação cambial + 5,7% ao ano. Aqui você já deve ter pensado que com o dólar caindo frente ao real, temos uma melhora do resultado financeiro dela (ainda que um impacto oposto nas receitas no exterior) O caixa da empresa no 4T22 garante o pagamento de 60 meses de dívidas Desta forma, a Braskem mostra uma boa capacidade de pagamento da dívida e por isso é uma empresa com grau de investimento pela S&P e Fitch, acima do rating soberano (do país) pelas 3 empresas de rating. No próximo relatório do Mapa das empresas analisarei outros indicadores de negócios das indicadas ! Abraços, Cristiane Fensterseifer CNPI, CGA e Consultora CVM 20/04/2023 Leia Disclaimer aqui

  • 3R (RRRP3): mais uma frustração. Melhorar a estrutura de capital ok, mas nesse momento?

    A 3R anunciou no domingo um follow on, ou seja, uma emissão de ações, para melhorar seu balanço ampliando caixa e reduzindo dívida. Não achei uma boa notícia, pois o preço da ação está bem baixo para fazer isso na minha opinião. O mercado também não gostou e temos a empresa caindo fortemente hoje: Os detalhes da operação e a diluição estimada Com uma emissão de no máximo R$899,9 milhões, temos uma diluição possível de cerca de 13% frente ao valor de mercado ada empresa no fechamento de sexta feira. As ações caem hoje cerca de 13%, precificando em boa parte, tal diluição no caso de um acionista que decida não acompanhar o follow on, ou seja, não coloque dinheiro novo na empresa para comprar as novas ações emitidas. motivos para o follow on O que a empresa escreveu sobre os motivos para o follow on é uma busca por adequar estrutura de capital, o que me parece fazer sentido diante do alto custo de dívida com os juros subindo. Melhorar a estrutura de capital é ok, mas o momento não. minha opinião e o que fazer se você é acionista: O que, na minha opinião, não faz sentido, é o momento para isso, e o mercado deve bater no papel mesmo por conta disso, acredito eu. Ou seja, será que não faria sentido esperar uma conclusão de Potiguar e um possível preço melhor para anunciar esta capitalização ? Para mim faria mais sentido. Com o preço defasado no mercado, não achei uma boa notícia a capitalização, pois o preço da ação está bem baixo para fazer isso na minha opinião. De qualquer maneira, eu não gosto de especular com possibilidades não explicitas como "um indicativo de falha na operação e provável queima de caixa maior do que o esperado" pois não temos essa informação ou um fato concreto para isso. Por enquanto, dado o alto desconto da ação - o que é justamente o que me incomoda com o momento da operação - minha sugestão é acompanhar a capitalização desde que o percentual não ultrapasse o valor indicado dela na carteira All In One, que você encontra sempre atualizada aqui : https://www.investe10.com.br/carteira-all-in-one. No follow on recomendado, a proporção nas ações sugerida é aquela que acompanha a posição para fazer evitar a diluição. Cada ação de emissão da Companhia terá direito de subscrever 0,18125089468 ação Prazo para Exercício do Direito de Preferência: Os acionistas da Companhia terão direito de preferência para subscrever as novas ações emitidas, no âmbito do Aumento de Capital, pelo prazo de 30 (trinta) dias, iniciando-se no dia 20 de abril de 2023, e encerrando-se no dia 22 de maio de 2023 (“Período do Direito de Preferência”). A nova emissão vem com preço convidativo Além disso, o preço da nova emissão é de R$ 24,45 , abaixo da cotação atual, de forma que vale a pena aos atuais acionistas participarem, para evitar uma diluição a um preço menor, na minha opinião. Além disso, no comunicado no qual a 3R anunciou o follow on, ou seja, uma emissão de ações os motivos são para melhorar seu balanço ampliando caixa e reduzindo dívida, o que, no fim do dia, vai sim melhorar o resultado futuro da empresa se for efetivado. Estou anexando o comunicado abaixo para quem quiser ler todos os detalhes. Por fim, estou tentando conversar com a empresa para compreender melhor o porque de emitir ações com um preço tão defasado e em um momento de tanta apreensão com a questão de Potiguar e assim que tiver retorno deixo vocês a par. Abraços Cristiane Fensterseifer CNPI, CGA, consultora CVM 17/04/2023 Leia Disclaimer no rodapé deste relatório e no site Reprodução PROIBIDA, APENAS PARA CLIENTES

  • UMA COMPARAÇÃO ENTRE OS BANCOS E OS MEUS PREFERIDOS

    Baseado no questionamento de um assinante, mostro aqui uma comparação de resultados, fundamentos e perspectivas entre os bancos listados. A ênfase deste sucinto estudo está nos maiores bancos e naqueles que eu recomendo na carteira. Eu gosto muito do banco ABC (ABCB4) e do Banco Inter (INBR32 e INTR) para complementar o Banco do Brasil (BBAS3) na carteira de investimentos... Enquanto o primeiro é uma small cap, e ao mesmo tempo um banco tradicional, de histórico invejável e super consistente nos resultados, com crescimento de mais de 10% ao ano na média histórica, e planos para crescer e ganhar market share... O segundo, o Inter, é um player muito disruptivo, com uma solução completa de serviços nos Super App e crescimento astronômico nos últimos anos. Por fim, o bancão escolhido para complementar este trio foi o BB. Porque Banco do Brasil e não Santander, Itaú ou Bradesco? Eu prefiro e recomendo o Banco do Brasil (BBAS3) no lugar do Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11), quando estamos pensando nos bancões maiores. Apesar da alta de 28% este ano , ele está com um enorme desconto em relação a múltiplos. Veja no gráfico de bolhas abaixo como o BB tem o maior ROE (retorno sobre o patrimônio) dentre os bancões, no eixo x. Ao mesmo tempo, ele tem um dos menores P/L (preço sobre o lucro), como mostra o eixo y. O tamanho da bolha indica o upside médio esperado pelo consenso de analistas de mercado e está até superior que o se Santander e parecido com o do Itau. O vencedor no caso do Upside é o ABC, que também está indicado na nossa carteira. O P/L do BBAS3 está em apenas 4 vezes enquanto o do Itau e Bradesco está em cerca de 7 vezes. O P/L do BBAS também está muito inferior a sua própria média histórica como você pode ver abaixo. Múltiplos tão baixos não condizem com retorno alto Historicamente. players com controle governamental tem desconto de múltiplos, mas entendo que o atual está muito defasado, ainda mais se considerarmos que ele tem o melhor retorno ROE e esta pagando ótimos proventos nos últimos anos. Já estamos ganhando, mas espero mais pela frente Já capturamos uma boa alta desde o inicio da indicação, como mostro na tabela abaixo, de 27% desde a indicação, mas continuo com um upside bastante interessante para as ações. Quando olhamos o conjunto de indicadores do BBAS, ele parece muito interessante para mim, e dessa forma eu mantenho a indicação dele. Com um retorno de dividendos de 10% ao ano, um P/L de apenas 4 vezes e um retorno sobre o patrimônio ROE de 19%, o BBAS está muito interessante para ignorar. Além disso, perceba acima que quando comparamos com a estimativa da média dos analistas, o preço atual do BBAS em bolsa, de R$42,7 por ação está muito próximo do preço alvo mínimo estimado pelos especialistas de mercado, de R$40 por ação. A cotação atual está longe do preço máximo estimado, pelo analista mais otimista, de R$80 por ação, deixando mais espaço para subir do que para cair. Riscos Claro que os riscos existem e não temos certeza do comportamento do banco. Dentre os maiores riscos estão interferências governamentais e também piora na economia, com uma maior inadimplência e menor crescimento do crédito ,por exemplo. Ainda assim, considerando os riscos e o potencial , reafirmo minha posição de COMPRA PARA BANCO DO BRASIL - BBAS3 Abraços, Cristiane Fensterseifer, CNPI, CGA, consultora CVM 13/04/2023 Ler Disclaimer no site www.investe10.com.br e abaixo

  • É HORA DE VENDER ESTA VAREJISTA? NA MINHA OPINIÃO, É HORA DE COMPRAR

    Diante das notícias de mudanças na tributação para aumentar arrecadação pelo governo, muitos investidores estão questionando se é hora de vender as ações possivelmente impactadas. Isso deve ser analisado caso a caso. Aqui, eu dou a minha opinião sobre um player de varejo que tenho indicação na carteira recomendada, considerando estas notícias de mudanças tributárias. Contexto: entenda a questão que derrubou as varejistas em bolsa nos últimos dias! Diante da necessidade de aumentar receitas para reduzir o déficit fiscal, está é a mudança nas subvenções de ICMS, que poderia render até R$90 bilhões de imposto a mais para o governo. Para entender isso, precisamos voltar ao passado. Em outubro de 2022 o STF decidiu favoravelmente aos contribuintes (empresas) em detrimento do entendimento da fazenda. Ou seja, se uma empresa recebeu incentivos e benefícios de ICMS, ele é considerado subvenção para investimento e fica de fora da base de cálculo para IRPJ e CSLL. O governo quer voltar ao entendimento anterior... ...quando apenas incentivos para investimentos podiam ser excluídos da base de calculo do IR. Os incentivos classificados como "para custeio" voltariam para a base de calculo de IR das empesas, aumentando naturalmente o IR pago por elas. Segundo Haddad "Subvenção ao custeio não é praticada em nenhum país desenvolvido Segundo estimativas, o incentivo fiscal parte relevante do lucro de algumas varejistas, veja no gráfico: Quanto as subvenções de ICMS representaram do lucro: As empresas até podem REPASSAR aos consumidores, nos preços dos produtos, o aumento de imposto, mas isso não é fácil no atual cenário de inflação alta e baixo crescimento da economia. o que fazer com as ações impactadas Cada caso é um caso. Não recomendo a venda das ações recomendadas na carteira que podem ser afetadas. Primeiro que estas propostas e rumores já derrubaram demais as ações e não necessariamente serão integralmente realizados. Mas o motivo principal é que estas empresas, no meu entendimento, estão muito baratas em múltiplos e tem potencial de alta relevante de longo prazo. Vamos pegar Renner (LREN3) como exemplo. A relação de preço/lucro da Renner está na mínima histórico e a empresa sempre negociou a múltiplos elevados, devido a sua enorme qualidade de execução e resultados. Neste gráfico, veja como ela mantem uma receita crescente ao longo dos anos (linha amarela) de R$4 bi para R$13 bi em 10 anos Enquanto o valor da firma caiu muito, hoje a LREN3 está negociada a R$14 bi, praticamente o mesmo que valia em 2016, apesar da receita continuar crescendo fortemente em todos estes anos. Com isso , temos a Renner hoje negociando a um P/L que hoje está no menor patamar histórico em apenas 11,5 vezes, muito inferior ao histórico e no nível mais baixo de 10 anos. Veja no gráfico abaixo como o preço dela em bolsa está abaixo da menor cotação esperada (preço alvo) pelos analistas Conclusão Eu vejo estas quedas recentes da LREN3 mais como uma oportunidade de reforçar a posição nesta empresa do que de vender. Os motivos para isso são sua excelente qualidade de entregas históricas (é a varejista de vestuário com melhores resultados históricos do Brasil) e pelo seu balanço forte atual (com mais caixa do que dividas). Abraços, Cristiane Fensterseifer, CNPI, CGA e consultora CVM 11/04/2023 Disclaimer no rodapé do site www.investe10.com.br

  • ATENÇÃO! RECOMENDAÇÃO DE COMPRA! NUNCA IMAGINEI RECOMENDAR ESTA "TECH/GROWTH" PELOS SEUS PROVENTOS

    Esta é uma recomendação estratégica, tática e pontual de montagem de posição, para aproveitar um possível pagamento de proventos excepcionais. Este é um conteúdo exclusivo para assinantes do all in one, small caps e renda! clique abaixo e conheça nossos planos! Ações que vem com cashback: Nascida para crescer, esta deve ser uma das top pagadoras de dividendos de 2023 Uma empresa tech que veio a mercado com tese de crescimento, mas que agora eu recomendo pontualmente pela chance do acionista de receber uma “boladinha” em proventos. A empresa, tal como as outras techs, caiu muito e negocia hoje na bacia das almas, com cotação baixíssima. Bem, eu estou falando da Méliuz (CASH3), cujas ações cairam nada menos que 92% desd eo pico em julho de 2021, veja no gráfico: O que trouxe essa possibilidade de dividendo ? Para quem não conhece a Méliuz é uma empresa que nasceu com programas de cashback para compras online e desenvolveu-se para a oferta de serviços financeiros. Ocorre que diante da venda do Bankly, sua operação financeira e de cartões, para o BV, surge a possibilidade de: Comprar a ação da Méliuz (CASH3) e receber Cashback! O fato é que a venda destas operações pode render um dividendo muito interessante na minha projeção. A venda ao Banco Votorantim (Banco BV) da totalidade das ações que a Méliuz detém no Bankly e Acessopar ocorrerá por um Valor da Firma (EV, enterprise value) de R$210 milhões. Com a venda do Bankly, a Méliuz assinou um acordo comercial com o BV e será remunerada por conta e cartões de crédito ativados, além de um percentual atrelado ao volume total de pagamentos (TPV) do cartão. Ao mesmo tempo a empresa se livra dos custos de manutenção da conta digital gratuita, confecção do plástico do cartão, kit de entrega e logística de distribuição... além do risco de crédito e serviço de call center. Valor de mercado quase igual ao valor em caixa! No valor de mercado atual, a CASH3 está negociando a um valor de mercado praticamente igual ao que terá de caixa líquido (dívidas – caixa) com a venda do Bankly. A controladora no fim de 2022 estava com R$418 milhões de caixa líquido (caixa + títulos e valores mobiliários – dívidas). Com a venda do Bankly ao BV a Méliuz ficará com um caixa líquido de R$210 milhões + R$418 milhões = R$628 milhões. Atualmente, o valor de mercado da CASH3 é de R$771 milhões. Percebe que com a venda e recebimento a companhia tem, em caixa liquido, quase o total do que vale na bolsa? É como se você estivesse comprando R$628 milhões de caixa + a operação da empresa Meliuz , de cashback, por R$771 milhões. Ou seja, vc estaria pagando cerca de R$ 150 milhões pela operação de shopping online/ cashback da Méliuz Se você pensar no retorno desse caixa, em tempos de Selic nas alturas isso pode fazer muito sentido. Só o retorno em receita financeira já paga uma boa parte. Além disso, há grande chance de o valor da operação, ou cerca de R$ 210 milhões, ser distribuído em proventos para os seus acionistas segundo a própria . Se ocorrer o pagamento da venda do ativo em proventos nesta magnitude, teríamos um retorno em dividendos de 27%! Nem tudo é tão simples no mundo dos investimentos. Não é a primeira vez que uma empesa negocia com um valor de mercado menor que o de seu caixa líquido. Vale menos que o caixa liquido, mas vale a pena investir em Méliuz (CASH3)? Em geral, o que justificaria uma empresa valer menos assim seria o fato de a operação consumir muito caixa em vez de gerar resultado para os acionistas. De que adianta afinal, ter muito caixa, porque vendeu ativos, ou fez um IPO, se a operação for deficitária e apenas consumir caixa, sem perspectivas de geração de valor? Neste caso, talvez não valesse a pena comprar caixa por menos, pois logo adiante o caixa seria consumido em um negócio ruim. Mas afinal, qual é a situação da Meliuz em geração de caixa? Como vimos acima, o que nos importa é se a empresa gera caixa ou consome , para ver se ela "tem jeito". A verdade é que a Méliuz consome caixa. No ultimo tri (4T22) a empresa consumiu R$1 milhão de caixa, o que fez com que a própria escrevesse no release: “que está no caminho certo para tornar a empresa geradora de caixa no curto prazo.” Aparentemente, a saída do Bankly vai inclusive ajudar aos resultados ficarem melhores nos próximos trimestres, veja o trecho abaixo do release: Conclusão: Recomendo uma posição PONTUAL em Méliuz (CASH3) na carteira de Microcaps, dividendos e All In One, em até 3% do patrimônio do cliente. Os motivos são: 1. o fato de que a empresa está consumindo pouquíssimo caixa e disse que pode se tornar uma geradora de caixa no curto prazo, no release, + 2. o fato de estar negociando a um valor de mercado SUBSTANCIALMENTE menor do que terá de caixa liquido considerando a venda de ativos e + 3. o fato de poder pagar dividendos altíssimos, de mais de 20%, caso distribua o valor da venda do Bankly. Além disso, cash3 negocia hoje a um preço muito menor do que o bv pagou aos donos O BV, por meio de seu fundo de Corporate Venture Capital (CVC), adquiriu 3,85% do capital da Méliuz detidas pelos fundadores/ diretores da empresa por R$ 1,5354472 por ação, um valor que é 72% a mais do que o valor negociado em bolsa hoje, dia 06/04/2023, de R$0,89 . O BV tem uma opção de compra da mais 20% da Méliuz detidas pelos acionistas fundadores por um prazo de dois anos. O preço da opção de compra do BV é de R$ 1,50 por ação ajustado pelo CDI nos primeiros 6 meses após o acordo. Após os 6 primeiros meses, o preço sobe para o valor mais alto entre R$ 1,50 por ação ajustada pelo CDI ou um desconto de 10% do preço de fechamento do papel nas últimas 30 sessões. Ou seja, na minha opinião, podemos concluir que os fundadores e diretores da empresa entendem que R$1,5 por ação + CDI é um preço razoável para venderem suas partes e saírem do negócio. Este é um valor 72% maior do que o valor negociado em bolsa hoje, dia 06/04/2023, de R$0,89. Riscos da tese: Para otimismo de longo prazo preciso ver mais Como expliquei acima, estou recomendando uma posição tática, ou seja, baseada neste possível evento de distribuição de proventos excepcionais. Isso porque a empresa ainda consome caixa e para ficar mais otimista com a tese de longo prazo da empresa precisamos ver a geração de caixa chegar. De fato, podemos ver uma melhora substancial nos resultados do 4T22 com o 4T21 na tabela abaixo. Ainda assim a Méliuz ainda teve Ebitda negativo (ex-Bankly) de R$2 milhões no 4T22, ainda que bem menor que os R$52 milhões negativos do 4T21. Dado que a empresa escreveu abaixo que 2023 será um ano de otimização, é isto que espero ver nos próximos trimestres se irá se realizar de fato. A operação de Shopping no 4T22, veio positiva, com um net take rate de 2,6%, o maior valor registrado na história da empresa e 2,2 p.p. maior que no 4T21, o que me torna mais otimista com esta divisão, que volta a ser a principal com a venda do Bankly De qualquer maneira, uma perspectiva de geração de caixa aliada a um ótima chance de receber proventos altos , me faz ficar otimista com a montagem de uma posição em CASH3 Conclusão: Recomendo uma posição PONTUAL em Méliuz (CASH3) na carteira de Microcaps, dividendos e All In One, em até 3% do patrimônio do cliente. Abraços , Cristiane Fensterseifer, CNPI, CGA, consultora CVM 06/04/2023

  • Produção da 3R sai de 49 mil barris em 2023 para 96 mil em 2027!

    Ontem à noite a 3R saiu a certificação de reservas da 3R (RRRP3) atualizada: aqui eu conto o que temos de novo, comparo com outras as empresas de petróleo da B3 e reafirmo a minha preferida. O relatório de certificação de reservas atualizado mostra 516 milhões de barris óleo equivalente de reservas provadas mais prováveis (2P), 71% reservas provadas (1P), ou seja, um alto percentual de reservas “firmes”. O valor diminuiu 2%, frente a certificação de 2022 devido a reclassificação do campo de Malombe de 2P para 2C o que deve volta para 2P após aprovação da declaração de comercialidade pela ANP. Considerando Malombe como 2P a queda de reservas seria de 1% passando tendo como motivo a própria produção e consumo de reservas. O gráfico abaixo mostra isso: Fonte: 3R Para entender melhor, veja abaixo como são avaliadas as reservas, em uma escala de probabilidade de recuperação (de extrair o petróleo e vender em condições de mercado, tendo lucro) Fonte: 3R Outros detalhes são que 88% das reservas da 3R são de óleo e 12% gás, o que é positivo pois óleo tem maior valor. 79% das reservas da 3R estão em projetos óleo em terra (onshore) ou águas rasas e 21% em mar (offshore), o que é positivo pois a facilidade de extração e logística em terra é maior. Produção da 3R sai de 49 mil barris em 2023 para 96 mil em 2027! A vida útil das reservas calculado pelas reservas 2P divididas pela reservas produzidas, é de 32 anos, ou 15 anos considerando o pico de produção esperado para 2027 como mostra o gráfico abaixo. Fonte: 3R Valor presente (VPL) das reservas muito maior que o valor da firma de 3R na bolsa, em cenário mais conservador: Positivo O valor presente lí0quido das reservas da 3R, avaliado com uma taxa de desconto de 10% é de US$6,3 bilhões, muito maior quando se compara com um valor da firma atual da empresa de US$1,2 bilhões. O Valor presente liquido (VPL) caiu 4% frente ao calculado na certificação de reservas de 2022, devido ao aumento de 8% nos investimentos e postergação na expectativa de produção pelo atraso na conclusão de compras de ativos da Petrobras, como Potiguar, que espera-se ocorra no 2T22. Premissas mais conservadoras no preço do petróleo: positivo! O cálculo do VPL (valor presente líquido) da certificadora usa uma curva de preço de petróleo mais baixo que o da média de analistas da Bloomberg. Isso é positivo, pois o cenário mais conservador deixa espaço para melhora, caso os preços de petróleo fiquem mais altos. Os preços de petróleo esperados podem ser vistos abaixo: Fonte: 3R Conclusão: Continua a mais barata em EV/Reservas 1P Na divisão do valor da firma pelas reservas provadas vemos que a 3R segue a mais barata em comparação aos pares na B3. Fonte: Investe10 Cristiane Fensterseifer CNPI 06/04/2023 Leia disclaimer no rodape e site

  • Estas duas empresas vão pagar mais em proventos do que você ganha com a Selic nos próximos 2 meses.

    Olá! Este é um lembrete para os assinantes de que duas ações que já estão recomendadas na nossa carteira de dividendos e na carteira All In One em breve vão pagar excelentes proventos. Este é um material exclusivo para assinantes. Ainda não é assinante? Aproveite para fazer sua assinatura clicando abaixo Quem são as duas “proventeiras” do momento? As duas ações estão na tabela abaixo, bem como a data de pagamento de proventos e a data ex. A data ex é a última data para ter direito ao recebimento de dividendos, ou seja, quem comprar as ações a partir desta data já não terá mais direito aos dividendos A carteira de Renda (dividendos + FIIs) completa você encontra clicando aqui A carteira All In One completa você encontra clicando aqui E se você quiser relembrar as teses e ler os últimos relatórios de cada uma destas empresas, estão relacionados abaixo ! Abraços Cristiane Fensterseifer, CNPI, CGA, consultora CVM

  • Vale a pena comprar Natura após a venda da Aesop?

    A NTCO3 anunciou a venda da Aesop para a L’Oreal, por US$2,5 bilhões. A Natura havia comprado a marca de luxo australiana por apenas US$100 milhões em 2013. Belo trade não? Assumindo o imposto sobre o ganho de capital, estimo uma entrada de caixa de cerca de R$8 bilhões para a companhia. Com isso, a NTCO3 poderia pagar boa parte de sua dívida bruta de R$ 14 bilhões no fim de 2022 A empresa sairia de uma alavancagem atual alta, de 3,5x o EBITDA, para ficar praticamente sem dívidas, uma vez que sua dívida líquida (dívida bruta menos caixa) é de R$8 bilhões no 4T22. Com a venda, a Natura NTCO cai para um valor da firma de R$18 bi, bem menor que os atuais R$26 bi. Mas o que sobra vale a pena? Agora, vamos pensar no que sobra em termos de Ebitda, em uma abordagem simplificada. A tabela abaixo mostra o Ebitda da Natura por divisão, e logo podemos ver que a Aesop tinha a melhor margem A Receita dos demais negócios somou R$33,6 bilhões em 2022, com margem Ebitda de 9%, ou R$3 bilhões de Ebitda. Logo, considerando o Valor da firma após pagamento da dívida e com a venda da Aesop, teríamos um EV/Ebitda de 6 vezes. Isso parece barato quando compara-se por exemplo a um EV/Ebitda de 26 vezes da L’Oréal e de 15 vezes da Coty Além disso, o EV/Ebitda da Natura provavelmente deve ficar abaixo da média histórica de 10x EV/EBITDA uma vez concluída a transação. Diante da crise no mercado brasileiro, no entanto, os múltiplos não são uma pechincha. Quando comparamos com players que tem caixa liquido e operações de fazer inveja, como a Renner (LREN3), que negocia atualmente a apenas 11 vezes P/L estimado para 2023, o P/L estimado para a Natura de mais de 25 vezes não me parece tão atraente assim. O ponto positivo da transação. portanto. é uma Natura muito mais saudável em termos de balanço, desalavancada e sem dívidas. O ponto negativo é que ela vendeu a joia da coroa, o negócio que mais cresceu e entregava maiores margens. O que resta agora é concluir a difícil integração da Avon e tocar um negócio cujo modelo de vendas diretas minguou nos últimos anos, com uma concorrência brutal das importações e maquiagens chinesas, cada vez mais populares e baratas. Não parece um trabalho fácil. Ficarei observando de fora, por enquanto. Abraços Cristiane Fensterseifer, CNPI, CGA e consultora CVM 04/04/2023 Inscreva-se para receber nossas analises ! Disclosure abaixo.

  • Nova recomendação e fundo imobiliário (FII) de Shopping, com grande desconto

    Com a queda nos mercados de risco devido as altas da taxa de juros, que abalou tanto ações como fundos imobiliários (FIIs), muitos FIIs negociam hoje a um valor de cota menor que o valor patrimonial, sem que isso faça sentido em alguns casos. O segundo fundo recomendado para nossa carteira portanto, visa aproveitar esse desconto para comprar um fundo imobiliário de shopping centers. O escolhido da vez possui um PVPA (Preço sobre o valor patrimonial) de 0,8 vezes apenas, um pagamento de proventos esperado em 9% em 2023 e resultados consistentes ao longo dos anos. Veja abaixo que enquanto o valor patrimonial por cota é de R$120,44, a cota está em R$97. Considerando que os resultados os seus shoppings cresçam em linha com a inflação, temos, portanto uma excelente rentabilidade na combinação de retorno e crescimento de dividendos O escolhido é o Malls Brasil Plural (MALL11) O MALL11 é um fundo imobiliário de tijolo, que investe principalmente em empreendimentos imobiliários físicos, o qual fez IPO em 18/12/2017 O fundo é do tipo ANBIMA FII Renda Gestão Ativa Segmento Shopping Center e mais de dois terços do seu patrimônio líquido está investido em empreendimentos imobiliários construídos, para fins de geração de renda com locação ou arrendamento. Além do objetivo de promover renda imobiliária aos cotistas, por meio do recebimento de aluguéis e da administração e gestão de shoppings, a ele tem gestão ativa. Ou seja, também busca ganho de capital na compra e venda de shoppings e maior eficiência e rentabilização do portfólio. A equipe de gestão em conjunto com o Consultor Especializado do Fundo, contratado em julho de 2019, conduz ativamente um processo de prospecção para mais aquisições pelo Fundo mirando: Ativos Estratégicos com cap rates na ordem de 7-10% a.a., com dominância regional e com gestão profissional e consolidação do Setor de shoppings que é altamente competitivo e fragmentado A One Bridge Capital é consultora especializado no fundo, representada por Henrique Cordeiro Guerra, que foi Diretor Executivo e RI por mais de 10 anos da Aliansce Shopping Centers (ALSO3); O fundo tem como público-alvo investidores em Geral, é administrado pelo Genial Investimentos Corretora de Valores Mobiliários S.A, um dos maiores grupos de gestão do país. O gestor do MALL11 é o BRPP Gestão de Produtos Estruturados, uma empresa do Grupo Brasil Plural. O MALL11 tem a menor Taxa de Administração dos FIIs de Gestão Ativa de Shoppings, de 0,5% ao ano sobre patrimônio líquido ou valor de se o fundo fizer parte de índice IFIX Além disso sua vasta base de mais de 110 mil cotistas leva a uma liquidez diária de cerca de R$ 2 milhões de negociação ao mês. Muitas aquisições feitas desde o IPO Com o IPO em Dez/17, captou R$ 186 milhões a uma cota de R$100, maior que a atual, de R$97,42. Em Dez/18 adquiriu 54,2% do Maceió Shopping e fez o 1º Follow-on com captação de R$75 milhões. Em Set/19 comprou 6,67% do Shopping Tacaruna e em Out/19 fez o 2º Follow-on com captação de R$ 480 milhões. Em nov/19, comprou 25% do Suzano Shopping e em Dez/19 comprou 8% do Shopping Taboão, 40% do Shopping Park Lagos e 40% do Shopping Park Sul e 28% do Boulevard Shopping Feira, incluindo 48,83% da Loja C&A Feira, com 2.100 m², mais um terreno. Em Mar/21 comprou1.8% adicional do Boulevard Shopping Feira e em Dez/21 comprou 100% do Shopping Madureira. Atualmente possui participação em 9 shoppings, em 5 estados com um total de 102 mil m² de ABL própria. O Madureira Shopping, no Rio de Janeiro/RJ, é o ativo mais importante do fundo com 32% da receita operacional líquida (NOI) seguido pelo Maceió Shopping com 20% de participação na receita liquida (NOI). O gráfico abaixo mostra esta divisão de receita liquida (NOI) por shopping: Fonte: Malls brasil plural fundo de investimento imobiliário Aqui você encontra mais detalhes sobre cada um destes ativos: Resultados consistentes O gráfico abaixo mostra a consistência no resultado do findo ao longo dos últimos meses. Em janeiro de 2020, por exemplo, temos R$1,4 por cota basicamente de aluguéis recebidos pelos shoppings descontados por despesas operacionais dos mesmos, proporcional à participação do Fundo no ativo.. E R$0,16 por cota em Despesas operacionais como taxa de administração, laudo de avaliação, taxa CVM, taxa SELIC, taxa CETIP, além das despesas financeiras do CRI. O MALL11 tem uma das maiores taxas de ocupação dos FIIs de Gestão Ativa de Shoppings com vacância de apenas 4% e taxa média de ocupação de 96%. Além disso, a taxa de inadimplência está baixa, em 5%. As vendas dos shoppings apresentaram o valor de R$ 2420/m² em dezembro/2022 e vem numa crescente como você pode ver no gráfico: O ativos apresentaram receita liquida operacional (NOI) de R$ 109/m² em dez/2022, contra R$ 99/m² em dez/2021. Com isso o fundo tem conseguido pagar bons e consistentes dividendos, como mostra o gráfico abaixo. Na data de 31/01/2023, foi divulgado a mercado a distribuição de rendimentos referente ao mês de janeiro, com pagamento no dia 14/02/2023. O Fundo gerou um resultado no mês equivalente a R$ 1,27/cota e distribuiu R$ 0,78/cota. A base acumulada de resultados a distribuir totaliza R$ 7,2 milhões ou R$ 0,79/cota no final de janeiro. Tal base poderá ser utilizada em futuras distribuições permitindo maior previsibilidade na distribuição de rendimentos mensais. Veja abaixo que nos últimos meses o pagamento de proventos ficou estável, mas como as cotas tiveram desvalorização pela conjuntura econômica do Brasil e alta de juros, o retorno em dividendos, isto é o valor de dividendo por cota, aumentou (segundo gráfico). A expectativa é de um pagamento anualizado de 10% em proventos. Endividamento do Fundo Após a aquisição do Madureira Shopping, o Fundo passou a ter obrigações a prazo, devido a emissão de um CRI no valor total de R$ 250 milhões. Em out/22, o FII realizou a amortização extraordinária de R$ 73 milhões com recursos captados e em janeiro/23, o montante atualizado destas obrigações totalizava R$ 194 milhões, representando 16% do valor total dos ativos do fundo. A receita operacional liquida (NOI) dos seus ativos é superior ao valor dos pagamentos futuros ao CRI. Por exemplo: O NOI do fundo foi de R$ 13 milhões e valor do pagamento mensal seria de R$ 2 milhões, suficiente para realizar o pagamento da dívida e ainda distribuir dividendos bons Resultados recorde em 2023 Em janeiro de 2023 o MALL11 atingiu o maior valor histórico de receita operacional, em R$ 13 milhões. Além disso divulgou estimativa de NOI (receita operacional líquida) de R$ 106 milhões , além de despesa com investimento de R$ 16 milhões para 2023 As vendas totais/m² apresentaram um crescimento de 9,3% quando comparadas com o mesmo mês do ano anterior, A receita operacional liquida (NOI) caixa/m² apresentou um crescimento de 10,2% quando comparado ao mesmo mês do ano anterior A vacância ficou em 4% em relação a sua ABL própria. O Fundo conta com garantia de renda mínima em, aproximadamente, 22% da ABL do portfólio, dando uma maior garantia para enfrentar turbulências no curto prazo. Risco do investimento A tributação dos FIIS pode mudar com a reforma tributária, caindo por exemplo a isenção de rendimentos pagos ao cotista pessoa física, hoje isentos de IR. O fundo tem liquidez razoável mas isto pode mudar conforme condições do mercado de capitais, além de o fundo estar exposto a economia e mercados mobiliários e suas flutuações, crises. O setor imobiliário e de shoppings tem regulamentação que também afeta os ativos do FII, além do risco de vacância por crises econômicas. O fundo emite CRIs e tem, portanto, um grau de endividamento sujeito a flutuações nos juro. Alem disso possui riscos de crédito, de receber os contratos de locação. Impacto Lojas Americanas Apesar de todos os shoppings investidos locarem espaços para a Americanas, isto é apenas aproximadamente 1% no NOI e não deve ter impacto relevante. Conclusão: Recomendo compra do fundo de investimento mall11 com até 3% do patrimônio total do investidor, considerando os riscos e oportunidades da tese e o retorno satisfatório em dividendos! Abraços, Cristiane Fensterseifer CNPI, CGA e Consultora APIMEC

  • Até o Bolsonaro veio ver de perto. o novo arcabouço fiscal e o impacto nos seus investimentos

    Alguma regra é melhor que nenhuma regra e é bem provável que a curva de juros ceda com a redução da incerteza fiscal, melhorando os mercados. Antes mesmo do início da apresentação, o dólar caia e as ações brasileiras subiam. Isso tende a se manter se o arcabouço for aprovado e o mercado decidir acreditar na sua execução. Caso tenhamos sucesso na implementação, podemos ter redução da taxa de juros antecipada e maior, levando a alta nas ações e ativos de risco. Mais um grande dia para o Brasil: Um divisor de aguas No dia da volta do Bolsonaro após longa temporada nos EUA (em avião pintado de Harry Potter), o novo governo apresentou o que, para mim, pode ser o maior divisor de águas do mandato: Se aprovado pelo Congresso, o novo arcabouço vai substituir o teto de gastos, que já estava muito esburacado, uma vez que desde 2017 foi furado em praticamente todos os anos de sua existência. O novo arcabouço fiscal, que mostra o compromisso fiscal do governo petista e pauta as decisões de juros do Banco Central. Vamos as novidades apresentadas! Principais resultados estimados do novo arcabouço O novo arcabouço opera com uma banda de resultado primário (diferença da arrecadação e gasto sem considerar juros da dívida) entre 0,6% a 2,5% ao ano, conforme a imagem. O cenário base, a linha grossa no gráfico, é de déficit zero em 2024, superávit de 0,5% do PIB em 2025 e de 1% em 2026. No cenário base, temos uma possivel trajetória de dívida/PIBestável entre 2023 e 2026, em 75% do PIB, como mostra o gráfico abaixo, já considerando uma queda nos juros. Como o novo arcabouço pretende chegar nisso: O NOVO ARCABOUÇO LIMITA O CRESCIMENTO DAS DESPESAS A 70% DE ALTA DAS RECEITAS. As despesas e gastos públicos cresceriam, assim, em percentual menor que as receitas. Ele substitui o teto dos gastos, que atrelava o crescimento das despesas do governo à inflação; O novo arcabouço permite gastar mais se o país crescer mais, portanto. Importante notar que os gastos com saúde e educação, podem crescer 100% da receita corrente liquida segundo a Constituição (o arcabouço é lei complementar e não muda a CF). Se despesas de saúde e educação crescem 100% da receita, outros gastos tem que crescer menos para atingir os 70%. Punição para descumprimento, um bom ponto Em caso de descumprimento da meta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), no ano seguinte o percentual de gastos cairia de 70% para 50% da receita e depois para 30%. Um resultado primário acima do teto da banda permitiria usar o excedente em investimentos. Aliás, há um piso para investimentos no arcabouço, em torno de R$75 bilhões, corrigido pela inflação. Isso é para evitar que os ajustes sejam feitos cortando investimentos públicos, que é considerado o pior corte de gastos em termos estratégicos para o país e algo que sofreu muito com o Teto dos gastos. Isso gera crescimento dos investimentos em relação a despesa, como mostrado no gráfico. Despesas baseadas no ano anterior, outro bom ponto A regra também basearia o cálculo do crescimento da despesa na arrecadação real do ano anterior para evitar aquele ímpeto de superestimar receitas para poder gastar mais. E como fica o movimento anticíclico pregado pelo PT? Do jeito que está, mais arrecadação aumenta os gastos... Como ficaria em um momento de crise, onde a arrecadação caísse, mas os gastos tivessem que ser aumentados para compensar a fraqueza na economia? O movimento anticíclico é bandeira do PT (quem lembra da marolinha em 2008?) e isso não está claro. Críticas iniciais e limitações... Os cenários do novo arcabouço parecem otimistas uma vez que a estimativa é que o governo feche 2023 com déficit na casa dos RS 100 bilhões. Além disso, nestes cenários não temos trajetória de queda da dívida pública/PIB. Para reduzir a dívida/PIB precisaríamos um superavit primário maior, um esforço quase que impensável no cenário e governo atual. Faltou uma meta de endividamento, com o argumento de que a dívida tem variáveis não controladas pelo governo e com isso o arcabouço deixa espaço para a expansão da dívida/PIB. Também não ficou claro o tratamento das receitas extraordinárias, aquelas que não se repetem, para cálculo das despesas do ano seguinte. O projeto menciona trava no aumento de gastos desenfreado em caso de alta expansão na arrecadação, mas isso não ficou bem claro como ocorrerá. Se você quer ver no Youtube a apresentação do governo completa, clique aqui Gostou deste artigo? Inscreva-se para receber a melhor newsletter gratuita de investimentos! Assine nossas séries com carteiras recomendadas de investimentos e relatórios! Abraços, Cristiane Fensterseifer, CNPI, CGA e consultora CVM 30/03/2023 Agente uma consultoria individual de investimentos ! Veja o que os clientes falam dos nossos serviços: Disclaimer aqui

  • Klabin (KLBN11) apenas para quem tem visão de longo alcance

    Líder em embalagens de papelão ondulado e sacos industriais, a KLBN é a única empresa brasileira do setor que atua em celulose de fibra curta, longa e fluff. Super verticalizada, ela vai desde as sementes que planta em cerca de 300 mil hectares de florestas até a produção de embalagens. Versátil, vende tanto a celulose - dependendo do preço da commodity no mercado internacional - como a utiliza para fazer papel, papelão, embalagens de papel-cartão, sacos de cimento e outros. Cerca de metade do resultado (Ebitda) em 2022 foi de papel e embalagens e metade da venda de celulose. O que joga a favor da Klabin A empresa tem diversas vantagens competitivas: 1. Custos baixos de produção de madeira e celulose no Brasil frente ao de outras nações. 2. Liderança nos mercados de atuação. 3. Diversificação, com atuação em vários tipos de fibras de celulose. 4. Diversificação geográfica em muitos mercados de exportações. 5. Exposição em mercados resilientes como é o caso de embalagens para alimentos. 6. O ROIC (retorno sobre o capital investido) da Klabin foi 19% no 4T22 e vem aumentando beneficiado pelo dólar valorizado e pelo preço alto da celulose em 2022. 7. Pagamento de dividendos alto, que pode ficar na casa de 7% como foi em 2022. 8. A empresa está negociada com desconto sobre seu múltiplo histórico de EV/Ebitda como você pode var no gráfico abaixo: Mais diversificada que a Suzano (SUZB3) A Klabin produz três tipos de celulose, ao contrário da concorrente Suzano (SUZB3) que faz apenas a de eucalipto. 1. Celulose de fibra curta (do eucalipto) é utilizada para fazer papéis frágeis como papel higiênico e guardanapos e para a qual a Klabin vende cerca de 70% da celulose produzida. 2. Celulose fibra longa (do pinus) é resistente e usada para embalagens como papel-cartão. 3. Celulose tipo fluff derivada da fibra longa usada para fraldas. Muito provavelmente esta diversificação pesa, por exemplo, para ela negociar com prêmio em relação a concorrente Suzano em EV/EBITDA. Outro ponto para a Suzano negociar com múltiplos menores são os preços da celulose esperados para 2023. A maior parte da oferta adicional de celulose que vai entrar no mercado em 2023 é de fibra curta. Por isso, o preço da celulose de fibra curta tende a ficar mais pressionado que o da fibra longa, afetando mais a Suzano que é menos diversificada que a Klabin. Se você ficou animado com o case, antes, leia os riscos envolvidos, já que nem tudo são flores. Primeiro, vamos falar de preços da celulose: Preços da celulose em queda: Risco número 1 do case A celulose é uma comodity com preços internacionais, como o petróleo, e tem como principal comprador a China. Em 2022 o preço médio da fibra curta muito em relação a 2021, como você pode ver no gráfico. Dentre os motivos para a alta do preço da celulose em 2022 estão: · A proibição pela Rússia da exportação de madeira, prejudicando a produção de celulose com madeira importada pela Suécia e Finlândia, quinto e sexto maiores produtores no mundo. · Greves em fabricas da finlandesa UPM · Seca paralisando produção da espanhola Ence · Incêndios florestais no Chile prejudicando a produção da Arauco · As paradas das fabricas levaram a baixos estoques globais de celulose. Espera-se forte queda no preço da celulose em 2023 Mais de 3,6 milhões de toneladas de celulose de fibra curta devem entrar no mercado em 2023. Veja um compilado de projetos novos feito pelo Portal Celulose: · A UPM Paso de los Toros, nova fábrica de celulose de eucalipto no Uruguai, entrou nas fases finais do projeto e está previsto para o final do primeiro trimestre de 2023. A produção de celulose da nova unidade será exportada por meio do novo terminal portuário especializado em celulose, localizado em Montevidéu. · O Projeto Mapa, da Arauco no Chile, teve investimento de US$ 2,35 bilhões e deve alcançar capacidade de 2,1 milhões de toneladas anuais em 2023. Em 2022 o grupo chileno também anunciou o projeto Sucuriú com investimento de R$ 15 bilhões. · O Projeto Cerrado, da Suzano, com investimento de R$ 19 bilhões e produção de 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano, deve entrar em operação em 2024. Com isso, analistas estimam que o preço médio da commodity caia do atual patamar próximo a US$800 para US$650 por tonelada em 2023, ou até menos. Na China, os preços de fibra curta e fibra longa, atingiram cotação média de US$ 858/t e US$ 919/t no 4T22, respectivamente. Bom lembrar que em 2020, o preço da celulose encerrou o ciclo de queda em US$ 440/t; em 2021, em US$ 550/t. A matéria do Brazil Journal que você acessa clicando aqui fala bastante sobre perspectivas de preço. Como a inflação de custos de madeiras, frete e químicos pega toda a indústria, pode ser que os preços da celulose estabilizem num patamar maior que os de 2020 e 2021. Não se sabe em que patamar o preço da celulose vai se estabilizar nem a demanda global com tantas altas de juros e novas capacidades de produção. Os preços, portanto, são o PRINCIPAL RISCO DO CASE DE INVESTIMENTOS na minha opinião. Papel e embalagens depende do PIB: Risco número 2 do case Com a economia brasileira e internacional fraca pela alta de juros, fica difícil ficar otimista tanto na demanda de papel como preço de celulose este ano. Para o longo prazo, a substituição de embalagens de plástico por papel e papelão deve impulsionar este segmento. O Ebitda da KLBN é metade em celulose e metade papel, mas o segmento de papel deve crescer para 70% de participação em 2025. O polêmico projeto Figueira: Risco número 3 do case Em 2022 a Klabin anunciou um investimento de R$ 1,5 bilhão em uma nova unidade com capacidade de produção de 240 mil toneladas de papelão ondulado em Piracicaba (SP). A fábrica iniciaria produção no 2S24, aumentando a participação de mercado de 23% da Klabin nesse mercado, que cresceu muito na pandemia, com o varejo online. Ocorre que dois conselheiros da empresa votaram contra o projeto pelo alto investimento e baixo retorno projetado. O episódio mostrou um desalinhamento entre os executivos e o Conselho de Administração da Klabin. Alguns analistas de mercado estimam que seria mais interessante para a empresa comprar um rival, por exemplo. A aquisição do negócio de papelão ondulado da International Papel (IP), por exemplo, foi mais barato do que este investimento. Já o CFO da Klabin, diz que a taxa de retorno do projeto é atrativa e acima do custo de capital da Klabin. 4T22 com sinais de fraqueza: Risco número 4 O volume total de produção foi de 1.009 mil toneladas no 4T22 4% menor frente ao 4T21, com a parada de manutenção programada realizada na Unidade de Otacílio Costa prejudicando a produção de papeis. O volume de vendas no 4T22, de 928 mil toneladas, foi 5% menor do que no 4T21. A receita líquida de R$ 5 bilhões no 4T22 aumentou 11% na comparação com 4T21 com os reajustes de preços ao longo dos trimestres compensando volumes mais fracos. O Ebitda de R$1,9 bilhão no 4T22, aumentou apenas 1% em relação ao 4T21 e a margem Ebitda ajustada de 37% caiu 4 p.p. frente a do 4T21. O lucro líquido foi 25% menor no 4T22, em R$ 790 milhões no 4T22. A parte boa foi a diminuição da alavancagem e o endividamento líquido da empresa ficou em R$21 bilhões, com dívida líquida/Ebitda de 2,7 vezes. /Os investimentos de R$ 1,6 bilhões no 4T22 foram 37% maiores e a KLBN anunciou dividendos complementares de R$ 0,3135 por unit KLBN11. Conclusão: Klabin (KLBN11) está interessante diante das quedas? Klabin parece interessante, com um EV/Ebitda abaixo da média histórica. Porém, o curto prazo deve ser desafiador pois é esperado que o preço da celulose caia, com entrada em operação de muita capacidade nova de produção este ano + crescimento mundial de Pib fraco pelas altas de juros. Além disso, o projeto Figueira ficou muito mal visto no mercado com alguns conselheiros e analistas dizendo que o retorno dele não era bom. Nesse momento de juros altos, talvez o pagamento em dividendos e preservação do capital fosse mais negócio. Ainda assim, para quem tem visão de longo prazo, Klabin começa a ficar interessante. Em 2022 a empresa pagou R$ 1,6 bilhão em proventos, um retorno (dividend yield) de 7% aos acionistas e seu CFO disse que a ideia é pagar um valor proporcionalmente semelhante em 2023 mantendo a política de dividendos, de pagar 20% do Ebitda. Diante de um curto prazo desafiador e de outras alternativas mais interessantes de investimento, eu não vou adicionar as ações da empresa nas carteiras recomendadas e seguirei acompanhando o desenvolvimento dos preços da celulose. Cristiane Fensterseifer CNPI , CGA e consultora 29/03/2023 Leia Disclaimer aqui

  • PÂNICO NO MERCADO: BASTIDORES DA GUERRA ENTRE GOVERNO E BANCO CENTRAL!

    Enquanto nós todos SANGRAMOS OS JUROS ALTOS a espera do novo arcabouço fiscal...o que viralizou esta semana foi uma entrevista do Lula falando em F*der os inimigos. Após a PEC da transição fazer mais um furo no já esburacado teto de gastos e precisamos urgentemente de uma nova regra fiscal para poder baixar os juros e salvar nossa economia! O COBERTOR DO BRASIL É MUITO CURTO! Fazer um superávit primário sem cortar gastos e aumentar impostos é tarefa para mágico. Com um clima belicoso então, é mais difícil ainda, afinal um governo em guerra com os poderes não aprova nada fácil. Convenhamos, um clima de guerra não é muito construtivo no cenário atual. O presidente da Câmara, Arthur Lira deixou claro, na minha opinião, o seu lado no campo de batalha: O Copom não pode "ficar longe da meta de inflação e que não pode fazer análise com base em texto que nem foi apresentado, ao se referir ao arcabouço fiscal." Pânico nos mercados hoje ! Hoje o Ibovespa caiu abaixo dos 99 mil pontos, após oito meses negociando acima disso. O dólar, para onde os investidores correm quando o risco aumenta, subiu para perto de R$ 5,30 e os juros futuros também avançam. Mas afinal, o que está acontecendo? O mercado estava otimista para uma possível redução da Selic na reunião de maio. Ontem mesmo a ministra Simone Tebet falou que o arcabouço fiscal poderia levar a uma queda de juros em 45 dias. Acontece que o tal arcabouço fiscal, que seria apresentado esta semana, ficou para depois da visita do Lula e Haddad à China. Além disso Ontem o Copom manteve nossa Selic em 13,75% e nos EUA, o FED aumentou em 0,25 bps os juros. As decisões de juros no Brasil e EUA já eram esperados O que pegou então? O que piorou a situação foi o que foi falado após as decisões, aqui e lá. Ambos os bancos centrais falaram que podem aumentar MAIS a taxa de juros dependendo de como andar a inflação. O mercado esperava que a crise bancária ficasse mais ameno o discurso de altas futuras de juros. Lembre-se da quebra iminente do Credit Suisse que foi salvo com uma aquisição pelo UBS no último fim de semana, após a quebra do Silicon Valley Bank no EUA. MAS NÃO FOI O QUE ACONTECEU. Hoje, o Banco da Inglaterra também elevou sua taxa básica 25 pontos-base, e reafirmou que pode haver mais aperto. Acalme-se, nunca foi fácil Mas estamos cheios de oportunidades e com uma carteira muito sólida A Selic mais alta pega principalmente nas empresas mais alavancadas e tech, como a Magazine Luiza que hoje caía mais de 10%. Muita gente correu para me perguntar o que fazer ! Eu, como uma investidora e profissional com mais de 17 anos no mercado trago uma palavra de tranquilidade para você. SEJA A RAINHA ELIZABETH! Neste dias como hoje, o melhor – e mais difícil - é NÃO FAZER NADA. Isso mesmo, espere a poeira baixa, desligue o Home Broker... A bolsa brasileira sempre foi muito volátil e também já deixou muita gente rica (mas deixou outros pobres, os que não souberam diversificar e alocar corretamente entre diferentes classes de risco). A carteira indicada All In One, tem esse nome pois ESTÁ DIVERSIFICADA EM TODOS OS MERCADOS, NÃO APENAS EM AÇÕES A CARTEIRA ALL IN ONE está exposta em TODOS os riscos de ativos, com preponderância pelos menos arriscados: Renda fixa, dólar, ouro, boas pagadoras de dividendos e empresas sem dividas. Ao mesmo tempo, temos cerca de 20% em small caps e microcaps, que são empresas pequenas que podem dobrar de valor, ou mais. Mas as nossas ações recomendadas tem uma característica essencial para o momento NÃO ESTÃO ALAVANCADAS, NÃO TEM DÍVIDAS EXCESSIVAS Isso para mim é chave e o meu maior conselho. Fuja da alavancagem no cenário atual ! Temos muitas muitas oportunidades excelentes de procurar retornos exponencial sem correr risco de alavancagem excessiva nas ações que investimos, pegando ótimas empresas que tem mais caixa do que dívidas e até ganham receitas financeiras maiores com a Selic alta ! É para isso que serve a e minha orientação e recomendações após tantos estudos que faço para vocês. Vamos atravessar as turbulências com bastante confiança e aproveitar as oportunidades que surgem das crises. E POR ULTIMO, VOU INSISTIR NOVAMENTE: DIVERSIFIQUE, DIVERSIFIQUE, DIVERSIFIQUE ABRAÇOS CRISTIANE FENSTERSEIFER, CNPI, CGA E CONSULTORA CVM 23/03/2023 WWW.INVESTE10.COM.BR CLIQUE AQUI PARA CADASTRO NA NEWSLETTER GRATUITA CLIQUE AQUI PARA LER DISCLAIMER

  • Recomendo Compra para o fundo imobiliário mais queridinho da Faria Lima

    Este fundo é com certeza um dos mais recomendados por analistas de investimentos e isso por si só é um motivo para recomendação de compra, mas nesse caso, o consenso está correto. Hoje, eu me junto a este time de analistas que o recomendam. A combinação de preço da cota baixo após quedas aumentando o retorno dos títulos investidos e pagamento de dividendos subindo, com potencial de ganho maior que a Selic me conquistou. Por isso, ele é o meu primeiro fundo imobiliário divulgado para compor a carteira de fundos imobiliários Investe10. Ao longo das próximas publicações, vou divulgar um fundo imobiliário por semana , ate completar a carteira de FIIs indicada, que vai compor nosso portfolio diversificado, com foco em ampliar a renda recebida mensalmente. Afinal, quem é o queridinho? O fundo de investimento imobiliário em questão é o RBR High Grade. Negociado com o código RBRR11 e voltado a investidores em geral, seu objetivo é gerar aos cotistas rendimentos e ganhos de capital na aquisição de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e outros ativos líquidos ligados ao mercado imobiliário. CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) é um título de renda fixa cujo detentor recebe juros sobre o valor investido, além da devolução deste após o prazo estabelecido. As empresas emitem estes títulos por sua vez para financiarem projetos imobiliários como construir um galpão logístico ou um prédio de escritórios, por exemplo. Ou seja, o RBRR11 é basicamente um veículo de obtenção de renda para os cotistas por meio da compra de CRIs. A taxa de administração do fundo é baixa, em apenas 0,2% a.a. sobre o patrimônio líquido. A taxa de gestão é de 0,8%, uma vez que ele tem gestão ativa na procura de oportunidades de mercado. Além disso o fundo cobra 20% de taxa de performance sobre a rentabilidade que exceder a taxa DI. Aos que tem preconceito com taxa de performance, na minha opinião isso é uma bobagem, de forma que considero adequada a cobrança de taxas dele. Eu prefiro pagar uma baixíssima taxa de administração e uma taxa de performance que alinhe os interesses do gestor ao meu objetivo, que no caso é o de superar o CDI. O fundo é administrado pelo BTG e gerido pela RBR Gestão de Recursos. Que tipo de fundo imobiliário é o RBR O RBR High Grade é um fundo imobiliário do segmento títulos e valores mobiliários, ou seja, que basicamente investe em recebíveis. Do seu patrimônio atual, 94% está em CRIs - Certificados de Recebíveis Imobiliários. Com relação a taxas recebidas destes CRIs que compões o patrimônio do fundo, 62% da rentabilidade acompanha o IPCA, 20% o CDI, 12% o IGPM, como mostro abaixo. Note que o fundo tem grande diversificação em 42 CRIs, com um prazo médio que um investidor leva para recuperar um investimento realizado destes de 4,2 anos (é o que se chama de duration). Com relação a estratégia do fundo, ele tem 89% dos ativos em CRI High grade, ou seja, de melhor avaliação de risco, principalmente comprando CRIs que eles mesmo originaram e estruturaram. Os investimentos nestes títulos ocorrem fora do mercado, e são títulos que os investidores pessoa física não teriam acesso diretamente. Nas pizzas abaixo vemos que 84% dos CRIs que compõe o patrimônio do fundo são do tipo Ancoragem RBR (primeira pizza), ou seja, o fundo adquiriu tais CRIs de operações que foram originadas, estruturadas pela própria gestora, a RBR e/ou investidas em mais de 50% da emissão. Importante destacar que a quando a RBR estrutura as operações, 100% da taxa de estruturação é destinada pra o fundo. Os devedores destes títulos são em geral empresas pois 83% dos CRIs tem risco corporativo Na distribuição por tipo de imóvel 43% dos CRIs detidos pelo fundo são de lajes corporativas (prédios comerciais), 28% de galpões logísticos e 25% de prédios residenciais. Sobre as garantias, 85% são do estado de São Paulo e 48% localizadas em regiões prime de São Paulo como Faria Lima, Pinheiros e Jardins. Para tornar mais facil seu entendimento, aqui estão dois dos principais CRIs que compõe o fundo – mas lembre que são mais de 40 CRIs e nenhum tem mais de 10% do patrimônio do fundo, para pulverizar o risco de inadimplência. Caso você deseje ver todos os ativos do fundo, clique aqui. Fundos imobiliários variam! A maior parte dos fundos imobiliários sofreu com a alta de juros no Brasil, como você pode ver o IFIX, o índice que mede o retorno dos fundos imobiliários, que cai 7,5% desde o pico no final de 2022. O RBRR11, por ser um fundo que investe em recebíveis imobiliários, sofreu especialmente com o aumento do risco de inadimplência, também ocasionado pela alta taxa de juros e potencializado com eventos como erros no balanço das Americanas (AMER3). Tais eventos fez investidores fugirem de investimentos com risco de inadimplência e acabou ampliando a queda no RBR. Com isso, o Fundo RBR11 cai mais que o IFIX, 15,6% em aproximadamente um ano, fazendo com que hoje o valor da sua cota seja menor que o valor do seu Patrimônio liquido por cota, negociando em um PVPA (preço/ valor patrimonial) de 0,9 vezes. Apensar da queda no preço das cotas em um ano, os rendimentos tem aumentado, após caírem com deflação nos meses finais de 2022 quando ocorreu a isenção de tributos sobre os combustíveis – como vimos 62% dos CRIs do fundo tem rendimento ligado ao IPCA Com a queda no preço da cota e a elevação recente nos pagamentos de dividendos, o dividend yield (Dividendo distribuído/valor da cota em uma determinada data), ou o retorno em dividendo por cota do ultimo pagamento to foi de 1,12% que é R$0,95 pagos dividido pelo preço da cota hoje em 22/3/2023, de R$84,3 O retorno em dividendos aumentou com o fenômeno de alta de dividendos pagos e queda do preço da cota e nos últimos 12 meses totalizou 14%. Se anualizarmos o último dividendo pago, temos um retorno de 13,5%, liquido de IR, o que se compara a um retorno liquido de 10,3% do Tesouro Selic prefixado para 2026. Repare que a deflação – artificial – no Brasil causada pela isenção de tributos ao combustível fez com que o retorno em dividendos do fundo ficasse menor que o CDI de agosto a novembro. A isenção de tributos nos preços dos combustíveis já foi parcialmente revertida, e com isso em fevereiro o rendimento do fundo foi de enormes CRI+4,5% Com a volta da cobrança dos tributos federais em março, teremos novamente um repique no IPCA que deve ampliar os dividendos do fundo, uma vez que 60% Lembrando que o RBRR11 deve distribuir aos cotistas, no mínimo, 95% dos resultados auferidos, apurados segundo o regime de caixa. Quando se considera a recuperação no pagamento de proventos, junto com a queda na cota, temos uma taxa anualizada de 14%, como mostra o gráfico abaixo. Risco de inadimplência O maior risco deste tipo de fundo de recebíveis é a inadimplência, que pode ser mitigada por: 1. Análise de crédito feita pelo gestor 2. Garantias 3. Diversificação/pulverização dos títulos que o fundo tem em seu patrimônio. Sobre a qualidade do crédito a RBR ela usa uma metodologia própria e informa que mais de 80% dos CRIs são avaliados como de alta qualidade/ alta nota de crédito. Sobre as garantias, a RBR informa em seus relatórios que é extremamente criteriosa na avaliação das garantias imobiliárias das transações, faz visita aos ativos, diligencias técnicas, jurídicas e ambientais e tem equipe especializada. Sobre as garantias, 85% dos imóveis que servem como garantia dos CRIs são do estado de São Paulo e 48% são localizados em regiões prime de São Paulo como Faria Lima, Pinheiros e Jardins. Ainda assim, não há como garantir que não ocorram devedores inadimplentes que afetem o pagamento de dividendos pelo fundo. Os fundos imobiliários não contam com garantia do Administrador ou do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Sobre a diversificação, acredito que o fundo seja bem diversificado com mais de 42 CRIs e nenhum com mais de 10% do patrimônio do fundo. Liquidez é ótimo e risco de mercado é o preço disso Uma das vantagens de investir no fundo é poder vender as cotas do fundo e resgatar seu dinheiro a qualquer dia, pois estes fundos são negociados em bolsa. O RBRR11 tem um volume negociado de R$65 milhões por mês, e suas cotas podem sofrer desvalorização, tal como ocorre com as ações, reflexo da oferta e demanda por compra de suas cotas na bolsa. Outro risco está em alguma mudança na reforma tributária em discussão que possa tributar os dividendos. Uma das grandes vantagens de se investir em fundos imobiliários é que os dividendos são isentos de imposto de renda para pessoas fiscais, o que eventualmente pode mudar numa reforma tributária. Importante destacar que apenas os dividendos recebidos são isentos, o ganho de capital na venda de cotas não e sobre este incide 15% de imposto de renda. Porque vale a pena investir no RRBR11? Ao comprar RBRR11 você vai estar comprando indiretamente CRIs com taxas muito boas e com uma diversificação bem maior do que conseguiria comprando um por um diretamente no mercado, com poucos recursos financeiros. Como o fundo é pulverizado em vários CRIs estará mitigando o risco de crédito destes veículos individualmente. Veja abaixo que nenhum CRI tem mais de 10% de participação no fundo e ele é bem pulverizado. O RBRR11 está pagando um dividend yield anualizado de cerca de 14% (superior ao rendimento líquido obtido no Tesouro). Uma das grandes vantagens na minha opinião é a liquidez. Você eventualmente pode conseguir títulos privados com boas taxas, mas além da dificuldade de diversificar com menos dinheiro, você provavelmente terá de esperar até o vencimento do título, a não ser que venda com grande deságio. No fundo imobiliario, você tem liquidez diária para vender suas cotas (ainda que a cota pode estar negociando abaixo do preço de compra momento da venda) e o RBR conta com um volume negociado em bolsa alto, de mais de R$60 milhões por mês. ! Compre CRIs com desconto ! Considerando o preço da cota atual e os títulos dentro do fundo, estamos falando que a carteira de CRI do fundo com rendimentos ligados a inflação está rendendo o equivalente a IPCA+9,3% , já descontada a taxa de administração do fundo. Com relação aos CRIs que rendem CDI mais uma taxa, estamos falando no equivalente a CI+2,68% , já descontada a taxa de administração do fundo. Esta tabela serve de referência para o cotista balizar sua expectativa de resultado para a carteira de CRIs com a compra de cotas do fundo a um determinado preço. A tabela indica a rentabilidade equivalente, no cenário hipotético em que o investidor adquire a carteira de CRIs do fundo, com o mesmo ágio/deságio observado na cota a mercado, e carrega todos os papéis adquiridos até o vencimento de cada um deles. Tem mais - > A gestão ativa captura oportunidades do momento Segundo o último relatório de gestão do fundo, o entendimento é que o atual cenário desafiador de mercado, com alta Selic e baixa liquidez disponível, abre ótimas possibilidades de comprar ativos com taxas mais atrativas, o que eles fazem por meio de uma gestão ativa do portfólio. No mês de fev/23 a recuperação judicial das Americanas causou grande impacto no mercado de crédito com aumento do spreads exigidos. Spread é a diferença da taxa cobrada de uma operação e a referência, por exemplo em um título público semelhante. Veja no gráfico abaixo, na linha verde, o que a crise Americanas (AMER3) fez com o spread exigido dos títulos de renda fixa no dia do estouro da notícia. CONCLUSÃO: COMPRAR RBRR11 em até 2% do patrimônio líquido, com o objetivo de buscar a obtenção de renda mensal superior à de títulos públicos, ótima liquidez e gestão ativa. Ao longo das próximas semanas a carteira de fundos imobiliários vai crescer, este é só o primeiro ! Abraços Cristiane Fensterseifer, CNPI , CGA, consultora CVM 22/3/2023

  • Nova ação indicada: Boa, resiliente e barata.

    Diante do stress de mercado, ações do setor de energia elétrica são considerados por muitos analistas como opções com menor risco. São ativos mais defensivos por suas características de bem essencial – ninguém pode deixar de usar a luz em casa – e por serem regulados e terem repasse pelo menos de parte da inflação nas tarifas. As distribuidoras de energia são uma atividade com equilíbrio econômico-financeiros definida pela reguladora Aneel, que tem um histórico longo e confiável no Brasil nestes ajustes. Barata, defensiva e com um evento possível de valorização. Conheça mais sobre empresa escolhida: A Coelce é uma small cap com valor de mercado de apenas R$ 4 bilhões e por isso passa longe dos holofotes dos grandes fundos de investimentos, um dos motivos para ela negociar com grande desconto de múltiplos para as pares. A empresa fornece energia elétrica aos 184 municípios do estado do Ceará para mais de 4 milhões de unidades. Qual é o evento que pode destravar valor? A Coelce está a venda! O evento portanto fica por conta de uma possível VENDA PARA OUTRA EMPRESA e uma possível uma oferta para fechamento de capital subsequente, que pode destravar valor mais rapidamente. Veja por exemplo o que ocorreu com o recém fechamento de capital da Energias do Brasil, cm alta de mais de 20% das ações. A Coelce é controlada pela Enel Brasil, que detém 74% das ações e faz parte de um grupo italiano que também tem investimentos em diversos países como Rússia, Chile, Colômbia, Argentina e Peru. No plano estratégico para 2023-25 a Enel no intuito de reduzir seu endividamento anunciou a venda de bilhões em ativos, saindo da Argentina e do Peru...e a Coelce também foi colocada à venda. A Enel inclusive recentemente concluiu a venda da distribuidora de Goiás A controladora pretende aumentar em 6% os investimentos, para 210 bilhões de euros, com foco em descarbonização e geração de energia limpa, o que não é o foco da Coelce, que é uma distribuidora e não uma geradora. Tentativas frustradas de fechar o capital tinham múltiplos maiores que os atuais A controladora já tentou fechar o capital da Enel Distribuição Ceará (COCE5) sem sucesso em 2014. Não faz muito sentido manter a Coelce listada com uma liquidez tão baixa e os preços atuais bastante descontados pela crise poderiam facilitar sua venda. Como mostro no gráfico abaixo, a cotação da empresa também sofreu a crise, apesar de menos que outras companhias mais voláteis. Na época da tentativa de fechamento de capital o múltiplo que poderia ser pago era superior a 2 vezes o valor da firma sobre a base de ativos regulatórios (EV/RAB), hoje a Coelce negocia a menos de 1 vez. Quem pode comprar a Coelce No caso da venda para outra empresa, a Equatorial que tem longa historia em compras de empresas na região poderia ser uma das interessadas. Além dela a gigante CPFL e eventualmente a Energisa e Neoenergia. O negócio de distribuição ganha mais conforme a escala e por isso a consolidação e compras entre elas faz muito sentido. Segundo fontes, players estratégicos estão mais interessados que fundos, o aumenta as chances de uma OPA (oferta pública de aquisição) para deslistar a empresa. Se o fechamento não acontecer, a empresa é barata em múltiplos Olhando para os múltiplos de empresas comparáveis listadas em Bolsa a Coelce parece muito descontada. A média do setor é de 1,8 vezes EV/RAB enquanto a Coelce está negociada a 1,1 vezes EV/RAB. Se trouxéssemos o múltiplo para a média setorial, teríamos, portanto, um potencial de 55% de valorização nas suas ações Ótimos dividendos trazem retorno apesar de eventos O pagamento de dividendos garante um carrego mais fácil das ações na carteira. A Coelce (COCE5) possui resultados sólidos e tem potencial de pagar 5% de dividend yield anual segundo minhas estimativas, em linha com o retorno em dividendos de 5% nos últimos 12 meses. Múltiplos baixos frente aos pares A Coelce negocia atualmente a um P/L de apenas 5 vezes nos últimos 12 meses e tem um histórico consistente de crescimento de lucro como você pode ver abaixo. Além da Coelce ser uma concessão eficiente e com números sólidos, tem direito ao benefício fiscal da Sudene, o que amplia os seus lucros. O endividamento de 2,7 vezes dívida líquida/Ebitda da empresa está dentro dos covenants (clausulas limites com os credores) e não há problema com relação a isso. Conclusão: Recomendo COMPRA DE COELCE COM UPSIDE ESTIMADO DE 55% E PREÇO ALVO DE R$67 por ação O percentual a ser alocado é de até 2% do Patrimônio total do cliente e de 7% na carteira de ações. A tese de Coelce (COCE5) se resume em 4 pilares: 1. Múltiplos baixos 2. Retorno de 5% em dividendos 3. Chance de fechamento de capital com prêmio oferecido 4. Setor regulado e resiliente a crises, com repasse de inflação Riscos: Os principais riscos da tese estão ligados a economia, com a área de atuação da empresa, Nordeste sofrendo crise econômica, a inadimplência piorou e em alguns momentos como na pandemia a empresa ficou proibida de cortar a energia para o consumidor. Importante ressaltar que a maior parte das unidades consumidoras da Coelce é de baixa renda. Além disso, temos os riscos clássicos de mercado de capitais, como a volatilidade das ações e o risco de liquidez. Clique aqui para ver como fica a carteira All in One Clique aqui para ver como fica a carteira Small Caps Clique aqui para ver como fica a carteira Dividendos Abraços, Cristiane Fensterseifer, CNPI, CGA, consultora CVM 15/3/2023 Leia clicando aqui o Disclaimer

  • Banco Inter – lucro acima do esperado pelo mercado no 4T22, mas um ponto do resultado levanta dúvida

    A Inter &Co listada na Nasdaq nos Estados Unidos com o código INTR, e que controla o Banco Inter (INBR32 na B3) divulgou bons resultados ontem a noite. O lucro líquido ajustado pelo IPCA foi de R$ 29 milhões no 4T22, boa parte devido ao imposto de renda positivo, que ajudou o banco a reverter o prejuízo de R$56 milhões no 4T21. O lucro do 4T22 também foi maior que o lucro ajustado pelo IPCA de R$ 23 milhões no 3T22. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) foi de 1,6% e ainda é muito baixo e distante da meta traçada de 30% em cerca de 5 anos, mas mostra um caminho nesse sentido após alguns trimestres no prejuízo. Seu CEO disse que o banco trabalha minuciosamente para otimizar nossos modelos de crédito, minimizar o risco e otimizar o consumo de capital A receita total cresceu fortemente em 2022, em 90%, para R$ 6 bilhões com grande expansão da receita de serviços vendidos pelo super app do banco. + Serviços = Maior qualidade de resultado A maior receita de serviços é uma boa notícia, mitigando o risco de receitas de concessão crédito. Lembrando que no SuperApp o Inter trabalha para expandir os segmentos de investimentos, seguros e marketplace, com a Inter Invest, Inter Seguros e Inter Shop. A receita média bruta mensal por cliente ativo (ARPAC) cresceu para R$ 47, uma expansão anual de 4,4% e a receita de serviços cresceu 87%, para R$ 1,2 bilhão. O número de clientes ativos subiu 8%, para 13 milhões no trimestre. No total são 25 milhões de contas abertas no Inter. O banco teve recorde de abertura de novas contas em 2022, com 8 milhões de novos clientes. O crédito também cresceu fortemente. Carteira de crédito com forte crescimento anual A carteira de crédito totalizou R$ 24,5 bilhões, 40% maior que em 2021. O destaque é o crescimento de crédito de menor duration, ou seja, prazos mais curtos, como destacado no gráfico abaixo. O índice de Basileia, que mede a proporção de capital próprio em relação ao que o banco empresa, ou seja, a capitalização dos bancos, caiu para 24%, de 44% em 2021, mas está bem acima do mínimo exigido pelo Banco Central, de 11%. Ponto de atenção é a inadimplência O ponto de atenção é o já esperado aumento da taxa de inadimplência em 40bps para 4,4% enquanto as despesas com provisões ficaram estáveis. A taxa de cobertura, ou seja, a provisão para perda esperada dividido sobre o saldo vencido maior que 90 dias é de 132%. O custo de funding, ou seja, o custo do dinheiro que o Inter concede em crédito é de 8,1% ante um retorno de 13,7% nos empréstimos, e ocorreu uma melhora na diferença entre eles. A melhora no spread do gráfico acima ocorreu em virtude da queda no custo de funding, que é de menos de 60% do CDI pelo crescimento dos depósitos a vista e do número de clientes - veja no gráfico abaixo. O banco continua a melhorar sua rentabilidade enquanto mantém um forte crescimento, mas Este ponto do resultado levanta dúvida: O que o mercado não gostou no resultado ? As ações caíam 5% hoje a tarde após a divulgação A receita média por cliente ativo liquido (ARPAC) de R$31 (barra laranja no primeiro gráfico) está praticamente igual ao custo de aquisição do cliente (CAC) de R$ 31 no segundo gráfico. Isso porque a receita por cliente caiu fortemente -19,8% a/a, passando de R$35 no 4T21 para R$31 no 4T22 e isso traz preocupação. Dessa forma, embora o custo de aquisição de clientes (com marketing, por exemplo) seja baixo, a receita gerada por cliente tem que melhorar para que o Inter atinja seu objetivo de ROE de 30% em 5 anos Isso tende a acontecer, pois os clientes vão consumindo mais serviços com o passar do tempo, como mostra o gráfico abaixo, mas o investidor e o mercado devem ficar atentos a isso para uma melhor performance das ações. Para ver minha recomendação para as ações do Inter, clique na tese de investimento nos links relacionados abaixo, se você não é assinante, ASSINE AQUI A CARTEIRA ALL IN ONE para ter acesso as recomendações de ações, CLICANDO AQUI Abraços Cristiane Fensterseifer 14/3/2023 Clique aqui para ler o Disclaimer

  • COMO VOCÊ AINDA PODE GANHAR COM A CRISE DOS BANCOS AMERICANOS E Do SVB - Silicon Valley Bank

    Atualização da crise no banco SVB dos EUA Tesouro dos EUA disse que há outras instituições com problemas semelhantes ao Silicon Valley Bank, MAS... O Fed disponibilizará financiamento adicional para instituições depositárias elegíveis e se mostra pronto e disposto a usar toda a sua gama de ferramentas para apoiar famílias e empresas e EVITAR CRISE SISTEMICA A QUALQUER CUSTO O Fed criou as pressas um Programa de Financiamento Bancário a Prazo, de US$ 25 bilhões, para proteger instituições afetadas pela quebra do SVB. Os depositantes do Silicone Valley Bank (SVB) já terão acesso a TODO o seu dinheiro depositado lá HOJE. O SVB era o 16º maior banco dos EUA e é a maior instituição financeira a quebrar nos EUA desde a crise das hipotecas americanas (subprime) em 2008. Outro banco fechado - o Signature Bank (DE CRIPTOMOEDAS) foi fechado por reguladores em NY, e todos os depositantes serão integralizados também. O governo do Reino Unido também diz que está estudando uma linha de emergência para socorrer o caixa de empresas de tecnologia afetadas e reiterou que não há risco sistêmico para o sistema financeiro britânico. E COMO TUDO NA VIDA TEM UM LADO BOM O banco Goldman Sachs hoje já diz que: À luz do estresse no sistema bancário, não esperam mais aumento de juros nos EUA em 22 de março e agora espera uma taxa terminal de 5,25-5,5% por lá. A tendência é que essa crise limite a alta de juros nos EUA e isso pode ser bom para algumas ações, principalmente de países emergentes. Os rendimentos dos yields já despencaram na sequência dos anúncios do fim de semana, com os investidores reduzindo suas apostas de aumento das taxas de juros pelo FOMC (Comitê de Política Monetároia do FED) após o colapso do Silicon Valley Bank. Minha opinião sobre o Brasil Nossos bancos grandes tem convivido a anos com um país de altos juros e alta inadimplência e não estão com as mesmas condições de riscos alavancagem destes gringos. Aqui, eles podem sofrer alguns dias na bolsa pelas notícias mas no caso dos bancos indicados por mim não vejo risco de contágio ou quebra ou algo semelhante ao SVB em suas operações. Acho que se as taxas de juros dos EUA pararem de subir pode inclusive ser marginalmente positivo por aqui e tudo isso aumenta a narrativa de necessidade queda nos juros CLIQUE E ASSINE A CARTEIRA RECOMENDADA ALL IN ONE MINHAS AÇÕES PREFERIDAS E DE MAIOR POTENCIAL ANÁLISE DE INVESTIMENTO INDEPENDENTE E SEM CONFLITOS MONTE A MELHOR CARTEIRA DE INVESTIMENTOS PARA VOCÊ! Nem tudo são flores ! Os bancos americanos têm cerca de US$ 620 bilhões em perdas não realizadas. Este valor é cerca 28% do patrimônio total de US$ 2 trilhões dos bancos , somando gigantes como JPM ou Citi, que tem menos perdas desse tipo na proporção é muito menor, como você pode ver no gráfico abaixo. Para os bancos menores, a proporção de perdas não realizadas chega próxima a 50% em alguns casos e sua situação é mais complexa. RISCO MORAL EM ALTA? Toda essa histórica lembrou da crise do subprime em 2008 quando o governo dos EUA salvou bancos, a custa (sempre) do dinheiro do contribuinte, que é no fim das contas o dinheiro do governo. Isso gerou o chamado risco moral. Dessa vez o governo não planeja resgate do SVB segundo a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen. Segundo ela, vão ajudar os depositantes, mas enfatizou que a situação é bem diferente da crise financeira de 2008 e que "Não vamos fazer isso de novo" POR FIM.. ESSA HISTÓRIA AINDA NÃO ACABOU... O Fed convocou uma reunião extraordinária HOJE às 11h30 de Washington (12h30 de Brasília). Mantenho vocês informados! Abraços Cristiane Fensterseifer 13/03/2023 CNPI CGA CONSULTORA CVM Leia o disclaimer clicando aqui

  • O QUE A 3R (RRRP3) FALOU SOBRE A COMPRA DE POTIGUAR DA PETROBRAS NO CALL DE RESULTADOS. VAI SAIR?

    A 3R me pareceu otimista com a compra de Potiguar na sua teleconferência de resultados, que acabou de acontecer. A empresa disse que não recebeu nada formal da Petrobras (PETR4) com relação à uma eventual suspensão do contrato de compra de Potiguar e segue o processo para conclusão o quanto antes. O entendimento deles é que estão muito avançados para a conclusão da transação (na fase finalíssima para usar as palavras dos executivos). A 3R já obteve chancelas e aprovações relevantes, como é o caso das transferências de concessões, da aprovação do CADE e de outros órgãos. A transferência está agora na fase de aprovação ambiental e o processo no Ibama segue andando normalmente e até o momento. A 3R não sente nenhuma paralisação no andamento e todos processos de licença continuam caminhando de maneira normal. Desde que a Petrobras (PETR4) recebeu o oficio do Ministério das Minas e Energia (MME) e comunicou ao mercado sobre o pedido do ministério de suspender as vendas da Petrobras, a 3R inclusive afirmou que houve avanço em algumas frentes e condições precedentes para a conclusão da compra de Potiguar. A visão da 3R, por tudo isso, é que estão bem próximos do cumprimento de todas condições precedentes para conclusão do negócio. Por ter um contrato que endereça o fechamento da operação sem uma opção de saída unilateral da Petrobras, a 3R não imagina que o contrato possa ser cancelado. E a 3R também não tem, até o momento, qualquer evidência no momento de que a Petrobras não cumpra o contrato. Em termos de contratação de equipes e subcontratados estão já próximos de 100% para iniciar operação de Potiguar em breve. A refinaria que vem junto com a aquisição de Potiguar é um problema para o fechamento da operação diante dos planos atuais do governo para este segmento? A 3R reforçou no call que tem um contrato em vigor com o perímetro da transação bem específico de compra de Potiguar. Qualquer mudança teria um impacto muito grande regulatório, nas licenças, nas chancelas dos órgãos anuentes, grande parte já emitidas em nome da 3R. A 3R já enviou todas documentações e respondeu a todos questionamentos de forma célere de forma que acreditam que estão próximos de cumprir todas as obrigações para conclusão do negócio. Quer saber minha recomendação para as ações da 3R? Assine a carteira All In One para conhecer as ações de maior potencial Abraços Cristiane Fensterseifer, CNPI, CGA e consultora CVM 09/03/2023 Leia aqui o Disclaimer

  • 3R (RRRP3): 2022 TOP, 4T FRACO. TODOS OS OLHOS NA COMPRA DE POTIGUAR E O CALL PODE CLARIFICAR ISSO

    Minha opinião sobre o resultado do 4T22 da 3R (RRRP3) é que ele foi mais fraco, impactado por ajustes do ativo de Camarão e por despesas financeiras da compra (agora em dúvida) de Potiguar. Acredito que a empresa pode dar alguma luz sobre Potiguar - que é o principal para valorização da ação da empresa, na minha visão - na Teleconferência às 14h e mantenho vocês a par! - Inscreva-se aqui para receber! A 3R (RRRP3) teve prejuízo de R$ 39 milhões no 4T22 comparado ao lucro de R$20 milhões no 4T21 e de R$ 470 milhões no 3T22. O resultado financeiro foi negativo em R$105 milhões no 4T22 devido a despesas de R$86 milhões de hedge do preço do petróleo e de R$37 milhões em dívidas contratadas para fazer o pagamento na compra de Potiguar que era esperada para o 1T23. O fechamento e consequente pagamento da compra do ativo de Potiguar era esperado para o 1T23 pela administração da 3R, mas agora está em dúvida pelo pedido do governo de postergação das vendas de ativos da Petrobras (PETR4). O ano de 2022 foi muito bom, principalmente pela incorporação de vários ativos adquiridos e pelo preço do petróleo alto! O lucro líquido de 2022 foi de R$ 128 milhões, 699% maior que em 2021! Indo para a receita líquida... ela foi de R$ 445 milhões no 4T, 78% maior que no 4T21 e -11% menor que no 3T22. A receita menor que no 3T22 foi pelo preço do petróleo Brent 12% mais baixo e pela menor produção no 4T22, em função das intervenções em curso no Polo Macau - o que já foi resolvido pela empresa segundo comunicado recente (ufa!). No ano de 2022 a receita, tal como o lucro, foi TOP e cresceu 136% pela incorporação de ativos adquiridos. O EBITDA Ajustado no 4T22 somou R$ 113 milhões, 36% maior que no 4T21. Sem ajustes, o Ebitda foi negativo em R$ 42 milhões no 4T22 Os ajustes do EBITDA do 4T22 foram principalmente por R$123 milhões em impairment do ativo de Camarão, baseado na reavaliação do reservatório dele e por condições comerciais (preço de petróleo) de monetização da produção. O EBITDA Ajustado no ano foi de R$709 milhões , alta de 99% frente a 2022. Vou assistir a Teleconferência às 14h procurando principalmente pelo maior evento de potencial de alta ou baixa nas ações da RRRP3, que é a compra de Potiguar, e mantenho vocês a par! - Inscreva-se aqui para receber! Abraços Cristiane Fensterseifer, CNPI, CGA e consultora CVM 9/3/23 Clique aqui para disclaimer

  • Cambuci (CAMB3): A dona da Penalty marcou um golaço e teve o melhor resultado da sua história

    Vamos ver aqui os destaques do resultado dessa empresa que é líder no mercado de bolas e chuteiras brasileiro e teve o melhor resultado histórico em 2022. Depois, vamos ver qual a recomendação do que fazer com as ações desta empresa. Comprar, vender ou manter as ações CAMB3 Para determinar isso, considero não só os resultados recentemente divulgados, mas também o preço da ação e sua movimentação desde o último relatório e claro, o seu valuation atualizado e os múltiplos. Como sempre, temos que comparar o potencial de investimento da ação com a de outras possibilidades de investimento. O que eu mais gostei no resultado da Cambuci · A empresa teve recorde de receita no 4T e no ano, sendo 40% maior que no 4T21 e 83% maior que em 2021. Enquanto muitos players se empenharam nos canais digitais, a Cambuci acertadamente privilegiou e expandiu sua base de 9 mil clientes varejistas. Além disso como produz localmente e com poucos insumos importados, ganhou vantagem ante concorrentes gringos em um ano de dólar alto. Fonte: Cambuci As margens cresceram no 4T22 A Cambuci teve aumento de 0,5 p.p na Margem Bruta para 46,2% e aumento de margem Ebitda de 0,8 p.p para 19,4% no 4T22 A maior escala e eficiência fez a margem Ebitda aumentar 4,6 p.p. para 22,6% em 2022, mais que compensando a inflação de custos. Com mais receita e margens maiores a empresa teve crescimento de 46% no Ebitda frente ao 4T21 para R$ 25 milhões e crescimento de 130% no Ebitda no ano, para R$ 99 milhões em 2022. O lucro cresceu 105% em 2022 para R$57 milhões e a empresa gerou R$ 43 milhões de caixa. E a empresa pode pagar R$8 milhões de juros sobre capital próprio (JCP) em 2022 ou um retorno de 3,3% em proventos. O prazo médio de estoque caiu de 84 dias em 2021 para 61 dias em 2022, o que se reflete em seu elevado retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 33% Com o crescimento forte, a dívida líquida/EBITDA caiu para 1x Ebitda Porque as ações caíram após o resultado? Desde que o resultado (excelente, como vimos acima nos destaques) saiu, no dia 1/3, as ações da Cambuci (CAMB3) caíram 10%, como mostro no gráfico abaixo. Fonte: Google Na minha opinião isso provavelmente é uma realização de lucros dado que a ação tem alta de 40% desde junho de 2022. Fonte: Google Outro motivo possível para a queda das ações Seria o fato de o Lucro Líquido de R$ 13 milhões no 4T22 foi menor que os R$ 19 milhões no 4T21 com margem liquida de 10,1% no 4T22 vs. 20,8% no 4T21. A redução do lucro no 4T22 foi por um motivo justo e que tende a melhorar os resultados futuros: No 4T22, a Cambuci compartilhou seu sucesso e premiou TODOS seus colaboradores, distribuindo R$ 6 milhões. Sem isso o lucro seria igual ao do ano anterior. É importante as empresas terem pensamento de longo prazo e valorizarem seus funcionários Lembrando que o lucro no ano de 2022 de R$ 57 milhões foi 105% do que no ano anterior e isso beneficiou aos acionistas! Mesmo com os R$ 5,5 milhões de premiação para os 100% de colaboradores da Companhia, o percentual de despesas gerais e administrativa registrou sobre receita líquida em 2022 foi inferior ao observado em 2021 Vale a pena investir em Cambuci (CAMB3)? Vamos ver isso agora: Este conteúdo está disponível para assinantes da série de Small Caps e All in one. se quiser assinar, clique aqui! Se você já é assinante, faça seu login Expectativas da Cambuci para 2023 A companhia informou que pretende crescer 10% em 2023 e que poderia crescer mais que isso se houver demanda, sem a necessidade de investimentos relevantes. A administração estima uma geração de caixa de cerca de R$ 60 milhões em 2023, recursos esses que poderão ser aplicados entre investimentos, amortização de compromissos financeiros e distribuição de resultados. Se o novo governo adotar políticas que estimulem o consumo das classes sociais mais baixas, a Cambuci tem uma gama completa de produtos para atender, com chuteiras, bolas e outros artigos relacionados. Além disso, o fortalecimento da relação Brasil-Argentina também pode melhorar as vendas lá. A empresa também pode crescer exportações, sendo uma alternativa para países que querem depender menos de importações da China como é o caso dos EUA. Em 2022 80% da receita dela veio do Brasil, 13% da Argentina (que reduziu dos 18% e 2021 pela crise nos Hermanos) e 6% apenas veio da exportação. Fonte: Cambuci Atualização do Valuation e Preço Alvo Considerando as expectativas da empresa acima e novas premissas da economia, bem como a cotação atual da CAMB3 eu chego num preço alvo de R$12, um potencial de alta de 109% Abaixo mostro a projeção de receita, que cresce 10% em 2023 e conservadoramente 5% depois. A margem bruta, de forma conservadora, projeto na média histórica de 44%, abaixo da atual. Fonte: Investe10 O endividamento continua se reduzindo frente ao Ebitda com a geração de caixa. Fonte: Investe10 A Cambuci tem incentivos fiscais que melhoram o lucro A Cambuci paga menos ICMS pois tem subvenções de investimentos concedidas pelos governos em que as fábricas estão localizadas, as quais expiram em 31 de dezembro de 2032. Além disso, a alíquota efetiva de imposto de renda é e deve continuar bem menor que 34% pelos impostos diferidos decorrentes de prejuízos passados no valor de R$17 milhões a ser reconhecido nos próximos anos. Considerando isso tudo estimo que os múltiplos de Preço/Lucro e EV/Ebitda da Cambuci (CAMB3) fiquem baixos conforme abaixo. Fonte: Investe10 Múltiplos mais baratos do segmento na bolsa O P/L estimado de 4 vezes apenas teoricamente informa o número de anos para o acionista ter o retorno. O P/L da Cambuci continua baixo e é o menor comparado com outras empresas do setor Fonte: Oceans14 Riscos A Cambuci não opera com a modalidade de crédito risco sacado - aquele crédito que deu problema na Americanas (AMER3). Os riscos consistem principalmente no desaquecimento da economia e/ou inflação que poderia afetar sua demanda. Conclusão – o que fazer com as ações: A Cambuci apresentou excelente crescimento e resultados, além de um bom pagamento de proventos em 2022. A empresa é a mais barata em múltiplos do seu setor e a administração pretende crescer 10% em 2023. Mantenho a recomendação de COMPRA e suas ações na carteira Small Caps e Microcaps e All In One, com potencial de valorização de 100%. Clique abaixo para baixar o Valuation Grande Abraço Cristiane Fensterseifer, CNPI, CGA e consultora CVM 07/03/2023 Clique aqui para ler o disclaimer

  • DUAS BOAS NOTÍCIAS PARA OS ACIONISTAS DA AMBIPAR (AMBP3)

    A Ambipar Participações (AMBP3) informou que em 3 de março foi concluída a combinação de negócios entre a Ambipar Response e a HPX Corp Vou explicar, rapidamente, porque temos duas boas notícias para a empresa com isso. Lembrando, antes de prosseguir, que a Ambipar tem dois segmentos: · Ambipar Response – que atenda a emergências ambientais, principalmente no EUA e Brasil - 40% do Ebitda · Ambipar Environment – que faz tratamento de resíduos de industrias - 60% do Ebitda Fonte: Ambipar Veja ABAIXO porque isso traz duas ótimas notícias para quem é investidor da Ambipar (AMBP3) - Conteúdo disponível para os assinantes All In One, Clube da Small Cap e Rapidinhas Boa notícia 1: Desalavancagem da Ambipar A transação capitaliza a Ambipar em US$ 174 milhões, ou R$900 bilhões e isso reduz a alavancagem da Ambipar, que detém 70,8% do capital e 96,0% dos direitos de voto da Ambipar Response. Antes desta operação, a Ambipar tinha uma dívida líquida (dívida total menos caixa) de R$3 bilhões como mostra o gráfico abaixo, e uma dívida/Ebitda de 2,8 vezes. Fonte: Ambipar Se reduzíssemos o valor recebido com venda da parte da Unipar Response, teríamos uma dívida de R$2 bilhões e uma desalavancagem para 1,9 vez Ebitda, um patamar bem mais confortável diante da atual taxa de juros alta. Boa notícia 2: A Response sozinha na NYSE vale mais que a Ambipar inteira na B3, indicando potencial de valorização A HPX – que virou a Ambipar Response negociada na NYSE hoje, negociava a US$15,75, levando a um valor de mercado para o segmento de Response da Ambipar de US$873 ou R$4,5 bilhões. A parcela que a Ambipar (AMBP3) tem na Response é de 71%, o que faria essa parcela valer R$3,2 bi, ou 37% a mais que a Ambipar inteira negociada na B3. Fonte: Investe10 O que é a Ambipar inteira Cris? É a Ambipar Response mais a Ambipar Environment, que é a parte de tratamento de resíduos da Ambipar, que é mais da metade do resultado do seu negócio conforme o último resultado divulgado pela empresa, veja no gráfico: Fonte: Ambipar Múltiplos em linha com as concorrentes nos EUA, mas baratos no Brasil Uma observação é que uma boa parte desse valor extra que negocia a Response nos EUA é pela forte alta após a concretização da operação. Veja só no gráfico abaixo. Fonte: Ambipar Ainda assim, no preço de U$15 por ação, a Ambipar Response negociada nos EUA tem EV/Ebitda de 9 vezes, menor que o das concorrentes listadas lá fora. Veja o múltiplo EV/Ebitda das pares setoriais estrangeiras: Waste Connections - 19x Waste Management e Republic Services 14x Clean Harbors - 9x Agora vamos ao EV/Ebitda anualizado da AMBP3 aqui no Brasil. A AMBP3 negocia hoje com EV/Ebitda de 6,2x abaixo das internacionais. Após a desalavancagem poderia cair para 4,7x o que é um múltiplo muito interessante dado que ficaria ainda menor e bastante inferior a pares internacionais, ainda mais considerando sua taxa de crescimento alta. Fonte: Investe10 Conclusão – Boa notícia para Ambipar !!! Reforço recomendação de COMPRA da ação e sua posição na carteira recomendada All in One CLIQUE AQUI PARA VER A CARTEIRA ALL IN ONE Veja aqui o comunicado da Ambipar: Fonte: Ambipar Veja aqui o vídeo explicando a recomendação: Clique aqui para Disclaimer

  • RAPIDINHAS: o que a OFERTA PELA (BRKM5)nos diz sobre o potencial da ação

    Segundo o jornal O Globo a empresa J&F, dos irmãos Batista, ofertou R$ 9 bilhões pela fatia de 50,1% que a Novonor (ex-Odebrecht). Segundo a matéria, a Braskem recusou a oferta, mas o que nos interessa aqui é o preço, que nos dá bom Insight sobre quando pode valer a Braskem a mais do que negocia hoje em bolsa. Veja só: A oferta era de R$ 30 por ação, um valor 47% maior que a cotação atual da Braskem (BRKM5) indicando que a análise que a ofertante fez é de que o negócio valia pelo menos isso. Veja mais detalhes no vídeo Clique aqui para ler Disclaimer

  • Essas ações deram show no 4T e justificam estar na carteira!!!

    Foram excelentes os resultados da C&A, Petrobras e Odontoprev C&A (CEAB3) = 4T22 melhor que o da líder de mercado! Veja aqui o que eu gostei no resultado: Considerando o macro desafiador e o resultado da concorrência, o resultado da C&A me impressionou positivamente! - Vendas em lojas já abertas há 12 meses subiu 1% no 4T22 , parece pouco mas foi melhor que a líder de mercado Renner (LREN3) que teve queda neste indicador no 4T - No ano as vendas em mesmas lojas subiram 16%, bem acima da inflação! A C&A abriu 17 lojas novas em 2022 A Receita de vendas online 55% maior no 4T - Cresceu venda com MARGEM BRUTA DE MERCADORIAS SUBINDO, 3 pontos para 51,2% - Despesas caíram 7% e Ebitda subiu 20% versus o 4T21 , com margem subindo 2 pontos para 19% - Lucro líquido de R$212 milhões no 4T22, ou 38% maior! - Investimentos normalizando e caindo 68% como esperado depois de grandes investimentos – que já mostram seus efeitos na melhoria dos resultados - Queda no endividamento/Ebitda para 0,9 vezes A Petrobras = 11% de retorno em dividendos anunciado A PETR4 anunciou um excelente resultado, ainda melhor que o esperado A empresa registrou, frente ao 4T21 - Lucro líquido recorrente 80% maior, para US$ 34 bilhões - Pagamento de dividendos anunciado de R$2,74 por ação Tem direito aos proventos acionistas na data de corte de 27/4/23 - Ebitda recorrente 21% maior, para US$ 67 bilhões - 73% de participação de óleos do pré-sal, que tem um dos menores custos de extração do mundo - Receita 18% maior - os resultados são fruto do preço do petróleo 11% maior e dos derivados 28% superior - Petrobras realizou a maior adição de reservas de sua história (2,0 bilhões de boe) e a relação entre as reservas provadas e a produção (R/P) aumentou para 12,2 anos. – espero uma reação positiva da ação ao resultado Odontoprev = Retorno sobre o Patrimônio de 39% Excelente resultado da Odontoprev (ODPV3) com lucro líquido 9% maior no 4T22 frente ao 4T21 e 19% maior em 2022 Com este lucro alto, o Retorno sobre o Patrimônio (ROE) atingiu 39% - melhor que todos os bancões listados na bolsa A ODPV3 anunciou dividendos no 4T22 de R$ 120 milhões – R$ 0.21 por ação ou 1,8% de retorno sobre o 4T22 e a remuneração a acionistas atinge R$412 milhões em 2022 A empresa continua com caixa líquido de R$795 milhões e zero dívidas A Receita consolidada cresceu 9% frente ao 4T21, com desempenho parecido de crescimento tanto dos planos Corporativos e PME (pequenas empresas) e individuais Mais uma vez, a Bradesco Dental é a marca mais vendida Tíquete médio (preço dos planos) atinge R$17 no Corporativo, R$27 em PME e R$39 nos planos individuais, crescendo em linha com a inflação A Sinistralidade consolidada de 41% no trimestre, veio em linha com 2021 e 2020 - No segmento Corporativo a sinistralidade é maior de 50%, PME 27% e planos individuais 29%; O ponto de atenção no resultado é a queda da margem Ebitda de 29,8% no 4T21 para 25% no 4T22, com ajuste de critério de reconhecimento de comissões e maiores provisões para devedores em atraso. Vou ficar atenta ao que a empresa explica sobre isso na teleconferência e informo aos assinantes. Abraços, Cristiane Fensterseifer 02/3/23 Leia Disclaimer aqui

  • ATENÇÃO - OPORTUNIDADE DE COMPRA !!!!!

    ATUALIZAÇÃO: 15H31 OPORTUNIDADE DE COMPRA !!!! ATENÇÃO PESSOAL !!!! ACABEI DE CONFIRMAR COM O DIRETOR DE RI DA 3R (RRRP3) E A COMPRA DE POTIGUAR ESTÁ CONFIRMADA COM A PETROBRAS, DE FORMA QUE SÓ FALTARIA A APROVAÇÃO DO IBAMA. POR ISSO, VEJO A QUEDA DE HOJE COMO UMA OPORTUNIDADE DE REFORÇAR A POSIÇÃO EM 3R (RRRP3) A QUAL JÁ ESTÁ INDICADA NA NOSSA CARTEIRA RECOMENDADA. Nas palavras do Diretor de RI (Relação com Investidores) da empresa, só resta o Ibama aprovar. Segundo ele, não dependem mais de Petrobras, ainda assim não conseguem afirmar se a empresa não vai tentar fazer algo após o comunicado do MME - Ministério das Minas e Energia (veja o print do comunicado abaixo). O RI disse que não consegue confirmar se o comunicado da Petrobras afeta a empresa ou não. De qualquer forma, VEJO UMA GRANDE PROBABILIDADE DA REVERSÃO DA QUEDA DE 15% DE HOJE A TARDE, QUE FOI MOTIVADA NA MINHA ANÁLISE E OPINIÃO PELO GRANDE RISCO DO CANCELAMENTO DE POTIGUAR (QUASE METADE DAS RESERVAS ATUAIS DA 3R) ACHO UMA BOA OPORTUNIDADE PARA QUEM CONSEGUIR COMPRAR AS AÇÕES DA EMPRESA DURANTE A QUEDA, E REFORÇAR A POSIÇÃO - DENTRO DA EXPOSIÇÃO MÁXIMA RECMENDADA DE ATÉ 3% DO PATRIMÔNIO. RESUMO DA SITUAÇÃO: 3R caía cerca de 15% hoje pela tarde, por conta desse pedido do ministério de minas e energia de suspensão de vendas de ativos  por 90 dias. A expectativa da 3R era do fechamento da venda da compra de Potiguar no 1T22 , o que agora talvez atrase mais (no pior cenário seria cancelado). Notícia ruim, sem dúvida. Acredito que se a  compra de Potiguar não sair, as implicações jurídicas para a Petro seriam relevantes e por isso meu cenário BASE é de conclusão da operação. Veja abaixo vídeo explicando e o comunicado da Petrobras sobre o pedido do Ministério: Cristiane Fensterseifer CNPI , CGA, consultora CVM 1/3/23 Consulte disclaimer aqui

  • RAPIDINHAS EM VÍDEO: PQ AURA minerals SOBE + DE 8% APÓS RESULTADO (aura33)

    Aura Minerals (Aura33) nossa protutora de ouro e cobre na bolsa sobe mais de 8%. Aqui eu explico porque e passo minha recomendação! A alta da BDR em reação aos resultados e principalmente a expectativa que a empresa passou para o ano que vem. Fonte: Google O Ebitda do 4T22 subiu 22% frente ao trimestre anterior, com a melhora na produção como você pode ver no gráfico abaixo, para 37 milhões de dólares, apesar de cair 34% frente ao 4T21 O lucro líquido de 12 milhões de dólares no 4T22, foi muito melhor que o do 3T22 (zero) apesar de ainda ser 45% menor que no 4T21. O que é a melhor notícia: A expectativa é de crescimento da produção para 2023: O projeto Almas entrando em operação esse ano deve ampliar para até 292 GEO (equivalente de ouro) o que seria uma produção 20% maior que em 2022, como mostra o gráfico abaixo: Fonte: Aura A empresa espera que os custos, que subiram no ano passado, caiam em 2023, o que deve ajudar as margens. Outro fator que ajuda os resultados é o preço alto do ouro atualmente, veja no gráfico abaixo. Fonte: Investing Outro ponto positivo foi o retorno do fluxo de caixa anualizado de 12% o que torna o carregamento dessa posição deveras interessante, considerando que ouro e dólar, são em geral considerados boas proteções de carteira (mas não pagam proventos, ao contrário da Aura) E os proventos podem continuar altos, ainda mais com a redução de 21% esperada dos investimentos em relação a 2022. Além disso o preço do ouro está bastante alto, acima das estimativas usadas pela empresa, o que pode levar a uma rentabilidade ainda melhor nos projetos. A Aura está negociando com preço/ lucro estimado entre 9-12 vezes considerando premissas de produção e preço do ouro, o que me parece um múltiplo que vale a exposição para buscar retorno em crescimento de produção e proventos. Abraços Cristiane Fensterseifer CNPI, CGA , consultora CVM 28/02/2023 Leia Disclaimer aqui

  • Com a Selic a 14%, cash is king: e esta é a varejista mais capitalizada da bolsa

    Em tempos de empresas endividadas, lucro e geração de fluxo de caixa valem ouro. E esta empresa teve os dois itens como destaques positivos nos seus resultados do último trimestre. Vá direto ao que você precisa saber, clicando no tópico: 2022 foi muito bom Margem Subindo, ainda pode voltar ao topo Alguns pontos de atenção no resultado As vendas no ano cresceram bem acima da inflação Pé no freio no crédito já mostra resultado! Vale a pena investir nas ações desta empresa?! Múltiplos muito mais baixos que o histórico Resultados comparados melhores que as concorrentes Recomendação e potencial de valorização da ação: Riscos de investir nas ações desta empresa Planilha de Valuation Avisos importantes: Nossa próxima mentoria ao vivo já está marcada! Clique aqui para ver a data e confirmar sua participação Novo canal para esclarecer qualquer dúvida que você tiver, quando você quiser e acessar facilmente suas respostas - Clique aqui! Agora vamos para o que interessa e no final, não deixe de avaliar este relatório abaixo, além de enviar seu comentário, dúvida, sugestão ou reclamação !!! 2022 foi muito bom, apesar da economia jogar contra A melhor parte do resultado da Renner foi o lucro líquido 16% maior que no 4T22 em R$ 482 milhões. A segunda melhor parte foi a geração de fluxo de caixa de R$ 310 milhões, 134% maior que no 4T21, fruto da boa negociação de prazos com fornecedores. Margem Subindo, ainda não está no topo A margem bruta de varejo, em 55,7%, também foi uma boa notícia pois melhorou frente ao ano anterior, ainda que tenha ficado abaixo dos níveis de 2019, antes da pandemia abater o setor. Fonte: Renner A Renner mostrou eficiência e cortou despesas, compensando os gastos com o novo CD. Além disso o pagamento menor de participação nos resultados aos funcionários dado que o resultado não veio no topo e a recuperação de créditos fiscais ajudaram o EBITDA ajustado a crescer 18% frente ao 4T22, para R$ 919 milhões e a margem EBITDA ajustada aumentar para 22,9%. Destaque para a alta do Ebitda de varejo no ano de 2022 que foi 62% maior que no ano anterior e superou o pré pandemia (2019) em 19% - veja no gráfico abaixo: Fonte: Renner Temos alguns pontos de atenção no resultado: As vendas em mesmas lojas (aquelas que já existiam há 12 meses) caíram 2,5% no 4T22, porém vários fatores jogaram contra o ritmo das vendas da Renner: · O mais importante é a economia: inflação e juros altos e condições restritivas de crédito e prazos de pagamento ao consumidor. · Tivemos eleições em outubro, o que coloca a pulga atrás da orelha dos consumidores, move sua atenção e freia os gastos. · A Copa do Mundo em novembro tirou o fluxo de público dos shoppings como é comum e migrou o consumo para bebidas. · Por fim, a região Sudeste (onde ficam a metade das lojas) teve La Ninã e o novembro mais frio em 60 anos, prejudicando as vendas da coleção de verão. Ainda assim as vendas em mesmas lojas no ano cresceram 18,5% - bem acima da inflação - como mostra o gráfico abaixo: Fonte: Renner A Receita líquida total, de R$ 4 bilhões aumentou 4% frente ao 4T22 e 26% frente ao 4T19 (antes da pandemia), impulsionada pela receita de serviços financeiros que aumentou 51% enquanto as vendas do varejo caíram 0,5% no 4T22 frente ao 4T21. No ano as receitas do varejo aumentaram 21%, com 40 lojas abertas em 2022 e as receitas de serviços financeiros aumentaram 70%. As lojas de moda jovem Youcom, tiveram vendas 12% maiores enquanto as de decoração da Camicado tiveram queda de 23% na receita. Pé no freio no crédito já mostra resultado! Outro ponto de atenção é a Realize, a financeira da Renner. Com a receita de serviços financeiro bombando em 2022, no 4T vimos a carteira de crédito mostrar uma inadimplência acima do histórico o que fez a empresa ficar mais restritiva na concessão de crédito e fazer renegociações com descontos. O resultado disso foi um resultado negativo para a Realize de R$ 35 milhões. Fonte: Renner A parte boa é que a empresa disse que já vê melhora na inadimplência das novas “safras” de concessão de crédito como mostra o segundo gráfico abaixo Fonte: Renner Agora vamos ao que nos interessa: Vale a pena investir em Renner ? Na minha avaliação, sim. Com um Preço/Lucro estimado para 2023 de 15 vezes a Renner negocia hoje muito abaixo da sua média histórica, de 20 vezes nos últimos 15 anos. Lembrando que quanto menor o P/L melhor (em teoria ele mostra o número de anos para retorno do investimento em lucros ao acionista) A Renner sempre negociou com P/L mais alto devido a sua qualidade de resultados frente as pares – observe o crescimento do lucro da Renner nos últimos anos, sempre positivo, enquanto pares como a Marisa e Hering lutavam para apresentar resultados melhores. Veja por exemplo a evolução do Lucro dela em azul no gráfico abaixo, frente ao das concorrentes. Ou então a margem bruta dela, frente ao das pares: Recomendação e potencial de valorização da ação: Quando projeto os resultados da Renner encontro um potencial de valorização de 44%, com um preço alvo de R$27 por ação. O meu preço alvo ainda é mais baixo que a da média de 15 analistas consolidada, de R$29 por ação, conforme abaixo. E atualmente a empresa negocia em uma cotação menor que a mais baixa expectativa dentre eles: Fonte: Yahoo Finance Reforço a recomendação de compra na Renner (LREN3), baseado nos múltiplos baixos, potencial de valorização, caixa maior que as dívidas rendendo a Selic altíssima e capacidade de execução ímpar, sendo a melhor em margens e lucro historicamente do setor. Riscos: Shein é o principal Sempre vale a ressalva de que que as projeções são baseadas em premissas que podem não se concretizar e dependem da economia brasileira e capacidade de gestão e entrega da empresa. Além dos famosos riscos da economia brasileira: juros e inflação alta limitando o crédito e poder de compra, além de ampliar a inadimplência da financeira, ganha destaque o risco da concorrência, principalmente da chinesa Shein. A Shein teve crescimento impressionante no Brasil e hoje já vende quase o mesmo que a Renner, atuando apenas no digital. O problema é que com muitas compras não caindo na tributação dos correios, a Shein não paga a mesma carga tributária que as nacionais e enquanto isso ocorrer a indústria local continuará afetada. Clique abaixo para acessar a planilha de Valuation atualizada da Renner Não deixe de avaliar este relatório abaixo, além de enviar seu comentário, dúvida, sugestão ou reclamação !!! Grande Abraço Cristiane Fensterseifer CNPI, CGA e consultora CVM 23/02/2023 Clique aqui para Disclaimer

  • Há convergência entre Lula e os deuses da Faria Lima!

    Os juros estão altos demais e a meta de inflação baixa demais. Se Lula fala dos juros altos, temos um problema, mas se três dos gestores mais conceituados concordam, temos uma solução? Sem tabu na meta de inflação! Engraçado não? Vamos lá: Quando os Big Boys falam, a Faria Lima escuta E hoje era tipo carnaval antecipado da Faria Lima, tamanha alegria de uns! Festa na qual Farialimers se amontoam em uma sala para ouvir alguns de seus deuses. Se você não mora no Condado, saiba que ele possui seus deuses próprios. Hoje foi a vez de Luis Stuhlberger, André Jakurski e Rogério Xavier falarem em evento do BTG. São gestores que carregam um desempenho histórico invejável e por isso destacam-se em uma indústria cuja maioria não bate o Benchmark (apesar de cobrar as mesmas taxas). Você a essa altura está pensando porque só investe em fundo merda e não nestes? Pode parar de se culpar, os fundos mais concorridos costumam ficar fechados para aportes. Se os fundos não estão acessíveis como gostaríamos, podemos pegar dicas de como eles estão investindo. Meta de Inflação sem Tabu ! Esta parece ser a opinião geral dos três maiores gestores que falaram no evento do BTG. A ideia é que a atual meta foi traçada em 2020, quando o cenário econômico era diferente. É difícil lembrar, mas antes da pandemia o desafio dos países desenvolvidos era a inflação baixa demais. Você lembra? E tinha teoria para tudo, de que a inflação nunca mais seria alta pela tecnologia, por exemplo. A pandemia emperrou a oferta, a injeção de grana dos bancos centrais impulsionou a demanda e a cereja do bolo de inflação foi a guerra na Ucrânia, quando o covid ia dar trégua. Se os tempos mudaram, não há porque não discutir se a nossa meta antiga de inflação é irrealista, baixa demais para o panorama. Indiretas mais que diretas A certa hora de sua apresentação um gestor diz: - Ninguém tem coragem de chegar ao ministro Haddad e falar: 'ministro, sabe qual o problema da meta de inflação? É porque as pessoas não têm confiança na execução fiscal. Acontece que Haddad estava sentado bem na frente do palestrante, no mesmo evento. Este parece ser outro consenso entre os gestores (e não poderia ser diferente). Tudo bem discutir uma meta da inflação um pouco mais alta, para permitir juros um pouco menores, MAS isso só poderá ser possível se a estratégia fiscal for bem conhecida e crível. Após a fala constrangedora desacreditando o plano do Ministro da Fazenda na sua cara tivemos, outras no mesmo sentido da importância fiscal: Jakurski disse que é mais importante, primeiro, discutir a regra fiscal que vai substituir o Teto. Primeiro o dever e depois o prazer diria minha mãe e então teríamos: Primeiro responsabilidade fiscal, depois afrouxo na meta de inflação, ou algo assim. Inflação a mais nos EUA também Em geral os gestores acham que a inflação dos EUA fica acima da meta de 2% e tem posição comprada em inflação e em juro nos EUA. Leia aqui minhas recomendações sobre como investir em juros nos EUA Independência ou Morte! Foi o que falou Dom Pedro, calma, ninguém falou isso no evento BTG. Mas o presidente da Câmara, Arthur Lira, disse que não há a menor possibilidade de mudar a independência do Banco Central no Congresso. Unidos da Reforma Quando entrou o bloquinho dos governadores - Tarcísio de Freitas (SP), á, Ratinho Júnior (PR) , Eduardo Leite( RS) vários deles foram simpáticos a Reforma Tributária e isso animou o mercado, que subia uns 1% no Brasil, ao contrário do exterior. Conclusão: Os juros reais no Brasil estão altos demais. E na minha opinião se não baixarem, muita empresa ainda pode quebrar. (Se você é meu cliente, calma, nossa carteira recomendada está sólida). Se você ainda não é cliente, não perca tempo e clique aqui Mas o fato é que tem várias empresas na bolsa que já negociam a cotações tão depreciadas como se colocassem chance disso ocorrer na minha opinião. O mercado panicou ultimamente com contratações de consultorias financeiras na Marisa (AMAR3) e Light (LIGT3). E tivemos o caso emblemático da dívida extra de mais de R$20 bilhões de Americanas (AMER3) piorando a confiança e do segundo pedido de Recuperação Judicial (RJ) de Oi (OIBR3) no últimos dias. Hoje mesmo tivemos mais algumas baleias boiando no mar, veja: Um último recado, agora positivo e útil: Se você tinha CDB ou renda fixa com garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) de alguma destas, deve entrar em contato com sua corretora para verificar como receber do FGC! Clique aqui para ler o disclaimer

  • BR Partners (BRBI11):Darwin teria orgulho de você!

    Darwin já diria que não é o maior nem o mais forte, mas sim aquele com maior capacidade de adaptação que sobrevive. A BR Partners é uma empresa que parece seguir bem esta lei da sobrevivência. Breve introdução para quem não a conhece, a BR Partners é chamada por alguns de um "mini BTG" fazendo assessoria para fusões e aquisições e estruturação e distribuição de dívida para empresas, entre outros. Com R$400 milhões no seu Patrimônio Liquido após a captação no IPO, ganhou musculatura para crescer. A questão é que para crescer, o mercado de capitais teria que ajudar, e o mercado virou completamente. A Selic pulou de 2% para 14%, e o dinheiro captado no IPO segue ajudando nos resultados da BR Partners. Mas tudo bem, pois a nossa empresa da vez mostra que não é a toa que já passou por períodos mais difíceis que esse e seguiu crescendo. Se a pujança das fusões e aquisições que a BR Partners assessorava para clientes que tinham captado muito nos seus IPOs arrefeceu, a empresa atua em novos mercados. A área de M&A, um dos carros chefes, abre alas para uma área de reestruturação de dívidas de empresas que estão agora muito endividadas. 2022 e 4T22: Crescimento apesar dos mercado ruim A empresa teve crescimento de receita e lucro em 2022, mesmo em um mercado de capitais muito mais fraco. O pagamento de proventos colocado para aprovação na assembleia de 17 de março de 2023 torna o carrego das ações da BR Partners mais fácil: Em 2022 a empresa pagará 7,5% de dividend yield, distribuindo 62% do lucro líquido (payout). O retorno sobre o patrimônio (ROE) anualizado foi de 19% uma remuneração acima da nossa alta Selic. Investment banking A área de destaque do negócio, que faz assessoria financeira para fusões e aquisições (M&A) teve queda de 13% na receita em 2022, para R$159 milhões, devido aos juros altos e incertezas políticas, que pararam alguns negócios. Ainda assim, a receita desta área caiu muito menos que o mercado, que encolheu 43% A BR Partners fez algumas transações icônicas e rentáveis em 2022 como assessoria ao Casino na venda do Assai e a assessoria a Fleury e Tupy em aquisições e ficou em 4 lugar no ranking na bloomberg em negócios anunciados. A novidade aqui é a reestruturação de empresas A independência da BR Partners traz um diferencial em reestruturação de empresas e isso deve crescer em 2023 com alguns setores em crise. Mercado de capitais É a área que faz originação, estruturação e distribuição de títulos de dívida para empresas. A BR Partners geralmente faz coinvestimento e retem parte da dívida estruturada no balanço para dar credibilidade e liquidez à emissão. O mercado ruim para IPOs de ações somada ao maior desenvolvimento do mercado de capitais, com mais alternativas para além do empréstimo bancário, abriu uma fase de captação de dívida pelas empresas. O apetite do investidor por produtos de renda fixa também aumentou muito com a Selic alta. E com isso o volume de emissões de dívida foi altíssimo, em R$ 457 bi segundo a Anbima. Para a BR Partners, 2022 foi o melhor ano em emissões de dívidas, com alta de 38% no volume. Foram R$6 bilhões em 46 operações entre CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários), CRA (Certificados de recebíveis do agronegócio), FII (Fundos imobiliários) e Fiagro (Fundo de Investimento do Agronegócio). A BR Partners fez 8 emissões de debêntures, um mercado que conseguiu entrar após a injeção de dinheiro do seu IPO. Assim, a receita da área de mercado de capitais da BR Partners cresceu 6% ano ano para R$97 milhões. Estiveram presentes em novos setores com maior presença em real state (mercado imobiliário) e sua grande capacidade de distribuição de CRI. No 4T22 a receita de Mercado de Capitais caiu pela deflação no Brasil com a desoneração de combustíveis prejudicando o carrego de notas ligadas a inflação. Além disso as eleições levou a uma volatilidade grande a copa tirou liquidez do mercado. Treasury Sales & Structuring Área com nome estranho, faz a prospecção, estruturação e execução de operações de gestão de risco para clientes em juros, moedas e commodities e derivativos fechamento de câmbio e prestação de fiança. A BR Partners não possui mesa proprietária, apenas oferta soluções aos clientes, não carregando o risco de posições proprietárias nas operações. Em 2022 e receita cresceu 19%, para R$63 milhões, fruto de ampliação de limites de contrapartes e com melhora de rating do banco. A Fitch e a Moodys elevaram o Rating do Banco BR Partners para ‘AA-, de ‘A+’, com perspectiva Estável. Selic maior = maior ganho As receitas de remuneração de capital da BR Partners cresceram 174% para R$89 milhões, com aumento de capital do banco pelo IPO e pela Selic maior em 2022. A receita de capital aplicado em CDI mostrou que o IPO compensou o crescimento mais desafiador do banco de investimentos. No fim das contas, as receitas originadas por cientes também aumentaram, ainda que pouco e o que mais contribuiu no resultado foi a remuneração do capital do IPO. A receita de serviços, mesmo com a entrada de 400 milhões no IPO em 2021 continua em 61% do resultado total o que mostra como o capital estimula o negócio de serviços junto aos clientes. Carteira de títulos privados e bridge loans cresce 26% no ano. Essa carteira é 100% composta por dividas que o BR Partners originam, estrutura e distribui e com ampla diligencia pela área de risco, sem qualquer credito inadimplente. A carteira é revista constantemente nas exposições e 77% tem colateral com garantia imobiliária, se considerar garantia fiduciária vai para mais de 90% sem exposição concentrada. O apetite para tomar crédito segue alto segundo a administração da empresa, apesar dos recentes acontecimentos, como o caso da Americanas (AMER3) mas sempre cautelosamente. A alavancagem (Carteira de Títulos Privados + Bridge Loans / Patrimônio Líquido do veículo BR Partners Banco de Investimentos) foi de 2,2 vezes em dez de 2022 e deixa espaço para crescimento de ativos. A Basileia (índice de saúde de instituições financeiras) de 24% é confortável, estável em relação ao trimestre anterior mesmo com o crescimento da carteira de crédito, devido a uma reciclagem de carteira de derivativos. A Basileia acima dos 11% mínimo exigido também deixa espaço para crescer e para comparação, a Basileia do BTG é de 15%. O Patrimônio Liquido do BR Partners era de R$ 804 milhões em dezembro de 2022 e o patrimônio do banco era de R$160 milhões. Todo pagamento de dividendos vem de veículos de fora do banco, o qual está sendo recapitalizado com amostra crescimento de 6% anual. O Funding de R$ 1,8 bi em dez de 2022 cresceu 108%¨em relação a 2021 e continuam mantendo níveis confortáveis de liquidez. Eficiência aumentou Os índices de eficiência e remuneração de 37% e 21% respectivamente, melhoraram mesmo com aumento no número de funcionários e de despesas para ampliar o negócio. O índice de remuneração da BR Partners caiu frente ao crescimento de receitas motivado pela redução de 13% na receita da area de banco de investimentos no ano. Na visão da empresa o mercado está mais frágil do ponto de vista de colocação das pessoas . alguns banco estrangeiros tem redução grande pessoal Tem aprovado um plano de opção de ações, mas decidiram não ativar este ano por julgar o preço a ação baixo atualmente o que torna a diluição não interessante, por isso, fizeram basicamente remuneração usando o caixa da empresa. Panorama para 2023 No investment banking tem um prolongamento de desaquecimento frente a 2022 com M&A de crescimento fomentados pelos IPOs escasso e oportunidades mais na consolidação de mercado de grandes players comprando ativos mais estressados pela crise. O pipeline de assessoria para reestruturações também ganha tração em momentos mais complexo No mercado de capitais o volume da indústria deve reduzir frente ao volume recorde de 2022 e com complexidade para liquidar operações dado o caso da dívida das Americanas A queda de volume do mercado de capitais deve ser em parte compensado com emissão de dividas com maior rentabilidade. Além do evento das Americanas outros tem afetado a precificação a mercado de títulos high grade o que atrapalha e afeta diretamente o volume de emissões, mas por outro lado ajuda colocar spreads de credito maiores e mai racionais e as emissões acabam com maior rentabilidade Em Treasury e Sales o maior capital permite ampliar o limite com clientes e crescer mesmo que em ambiente mais desafiador. Não vão crescer provavelmente como 2022 e serão mais seletivos, ativos que podem gerar mais arbitragem e o balanço leve da BR Partners, com ativos de boa qualidade ajuda. A receita de remuneração de capital segue beneficiada pela alta Selic e com isso o banco pretende manter a rentabilidade e ROE elevado Preço alvo e Valuation revisado ! Negociando a um P/L estimado de 7 vezes para 2023, com um retorno em dividendos de mais de 7% em 2022 e de cerca de 8% estimado, acredito que o BR Partners tem uma combinação boa de crescimento e resiliência para momentos de juros altos. Como vimos acima, o resultado de 2022 se beneficiou da Selic alta remunerando melhor seu Capital. O preço alvo atualizado é de R$15, um potencial de valorização de 40% e no atingimento deste valor o múltiplo P/L seria de 10 vezes, ainda baixo. REAFIRMO A RECOMENDAÇÃO DE COMPRA EM BR PARTNERS (BRBI11) E SUA MANUTENÇÃO NA CARTEIRA! 16/02/2023 Abraços, Cristiane Fensterseifer CNPI, CGA e consultora CVM Clique aqui para ler o disclaimer

  • O arroz e feijão de todo dia: Vale a pena investir em Camil (CAML3)?

    A Camil de hoje não quer mais ser apenas uma beneficiadora de produtos do agro e vemos ela cada vez mais virar uma plataforma completa de alimentos com marcas fortes na América Latina. Suas últimas aquisições vieram para isso. Em 2018 comprou a SLC Alimentos em 2021 a líder em massas em Minas Gerais com a marca Amalia, a antiga e famosa marca de café Seleto e Bom Dia e em 2022 lançou sua café premium com a mesma marca do açúcar União. A Camil ainda é a empresa familiar que nasceu no interior do Rio Grande do Sul em 1963 e foi pioneira em distribuir arroz embalado mas também é muito mais que isso hoje. Fonte: Camil O Brasil responde por 74% da receita líquida da Camil e outros países da América Latina pelos 26% restantes. Fonte: Camil O Uruguai tem cerca de 20% da receita total da empresa (61% da receita dela no exterior), com a marca Saman, que é líder no país em exportação de arroz, além de vender biscoitos de arroz, doces e salgados, óleo vegetal e subprodutos de arroz. O restante da receita vem do Chile, Peru e Equador, em ordem de representatividade. Plataforma de alimentos x empresa ligada ao agronegócio Neste mercado de atuação temos em uma ponta o agro, com as tradings, como a Cargill, que negociam a cerca de 5 vezes Ebitda na bolsa. Na outra ponta temos as plataformas de alimentos com marcas fortes como a Nestlé e Unilever, as quais tem múltiplos mais altos de negociação em bolsa. A Nestle negocia a 25 vezes Ebitda e a Unilever a 14 vezes Ebitda. Os múltiplos mais altos devem-se a uma maior rentabilidade. Enquanto a Camil tem margem liquida de 4% a Unilever tem de 10% e a Nestlé 17%. A Camil quer ser cada vez mais uma plataforma de alimentos, com o objetivo de melhorar suas margens negociar a múltiplos mais elevados na bolsa. Ou seja, ela tem como objetivo sair dos múltiplos de negociação mais baixos de uma empresa agrícola para múltiplos mais valorizados que negociam plataformas de alimentos como uma Nestlé, Unilever. A grande diferença entre uma empresa do agro e a Nestle, são as marcas fortes. Enquanto um grão é uma commodity e seu produtor não consegue ampliar margens, as plataformas globais de alimentos investem em marketing e produto há muito tempo, levando a maiores rentabilidades. Um portfólio cada vez mais completo Além do arroz em ordem de importância na receita da Camil temos o açúcar, depois o feijão, os pescados enlatados, massas e biscoitos e a mais recente entrada em café. As principais marcas de grãos da empresa, são a marca Camil, a Namorado (adquirida da SLC Alimentos em 2018), Pop, Príncipe, Carreteiro e Tchê. Em arroz a Camil é líder com mais que o dobro do segundo concorrente. O 2º player é a Josapar e tem muito menos de market share Em açúcar, a marca União se destaca. Em feijão a Camil é o 2º player. O 1º é a Broto legal e a Camil vê muita oportunidade de consolidação via aquisições no segmento. Em pescados sua marca forte é a Coqueiro e em massas a adquirida Amália. A Camil está com planos grandes para o café, produto no qual a empresa está dando seus primeiros passos com a marca Seleto e União. Perceba que todas estas são marcas de alto giro, muito presentes no carrinho do supermercado de todos nós. Além disso, é um segmento defensivo, pouco afetado nas crises por ser essencial. Abaixo você pode ver o portfólio completo de marcas da empresa em todos os produtos: Portfólio completo mitiga riscos O portfolio completo defende a Camil em cenários de stress econômico e sua exposição em itens básicos como arroz, feijão e açúcar faz com que sejam dos últimos cortados na cesta de consumo. Em cenários de queda de renda há uma migração de produtos premium para produtos de ocupação e a empresa possui marcas para isso, ainda que tenham margem menor. Mas como a Camil tem varias marcas e produtos, se aumentam a venda de marca de ocupação mais barata no arroz, compensam com altas no açúcar, pescados e feijão. Importância da marca O que faz o produto girar na gôndola é marca, e este é o motivo por exemplo pelo qual não adianta ir com marca Camil para uma região onde não conhecem a marca. Por isso a estratégia muito usada pela empresa para crescer são as aquisições. Depois de uma aquisição de uma marca conhecida, entram naquela geografia com marcas fortes e depois tem maior facilidade de colocar as demais categorias deles no local. A indústria é bastante fragmentada e a empresa pode tanto comprar um grande player ou 30 empresas pequenas de arroz, que prejudiquem eles em preço. Em Minas Gerais, por exemplo, conseguiram a cereja do bolo com a aquisição da Santa Amalia em 2021 por R$450 milhões, a qual tem a liderança em massas naquele estado, com R$150 milhões de faturamento e Ebitda de R$35 milhões na época da aquisição, avaliando o negócio a cerca de 10 vezes Ebitda. Depois de comprar uma marca forte local, aí sim partem para o trabalho de formiguinha do comercial, entendimento do varejo da região, entrando e otimizando os pontos de venda. A SLC Alimentos foi comprada por eles por 5 vezes Ebitda, se considerar aproveitamento de créditos fiscais. Além das massas, a Camil tem como grande ambição nos próximos anos entrar fortemente em café e para isso compraram o uso da marca da Seleto da JBS em 2021. O lançamento e início da operação do café se deu ao final de março de 2022, com produção estrategicamente localizada em Varginha (MG). Em 2022 a Camil entrou na categoria de biscoitos comprando a Mabel e o licenciamento da marca Toddy para cookies, que é 2° em Top of Mind do Cash & Carry em sua categoria. Uma empresa focada no beneficiamento e vendas Perceba que estamos falando muito em estratégia de marcas. Isso porque a Camil não tem verticalização e o negócio é focado em: 1. Estratégia e inteligência de suprimentos, para comprar a matéria prima 2. Repassar preços com marcas fortes, marketing, venda e distribuição Veja no esquema abaixo das marcas da empresa em cada categoria que ela nunca atua na agricultura apenas nas próximas etapas, da origem, passando pelo processamento e beneficiamento, empacotamento, distribuição e marketing. Fonte: Camil A Camil compra o açúcar refinado da Raizen e a Camil só embala, coloca a marca e distribui. Se a Raizen não entrega o volume acertado, o contrato é de take or pay, o que faz com que a fornecedora tenha que pagar multa e isso se sobressai à queda de volume. Em 2020, por exemplo, com o aumento do preço das commodities aumentando seu custo do produto vendido, conseguiram repassar para os preços de venda. Sobre a distribuição, a maior parte dos caminhões é de terceiros e a frota própria não é relevante. Margens muito estáveis Com marcas fortes e ótima capacidade de repassar preços, uma característica marcante do negócio é sua margem sempre estável entre 10%, mesmo dobrando de tamanho a cada 5 anos. Quando o preço da commodity sobe, rapidamente ela passa para os produtos, o que garante margens muitos estáveis para ela ao longo dos anos. Nos últimos dez anos, a margem de EBITDA da Camil variou entre, no mínimo, 8% e, no máximo, 11% como mostra a linha vermelha no gráfico abaixo. Fonte: Camil Os preços são discutidos semanalmente no comitê de pricing e equilibrados focando na margem Ebitda, em torno de 9%-10%. Importante notar que mesmo em momentos de queda da margem bruta, conseguiram manter o Ebitda com diluição de despesas dado o crescimento de vendas e receita. O principal custo é a compra das commodities agrícolas - arroz em casca, feijão, açúcar, pescados, trigo e café, cujos preços flutuações em função das políticas públicas de fomento agrícola, sazonalidade de safras e efeitos climáticos. No gráfico abaixo, a linha azul mostra o preço de mercado do arroz e a linha vermelha é curva de preço da Camil, mostrando a grande capacidade de repasse da empresa. Fonte: Camil No gráfico abaixo, a linha azul mostra o preço de mercado do feijão e a linha vermelha é curva de preço da Camil, mostrando a grande capacidade de repasse da empresa. Fonte: Camil No gráfico abaixo, a linha azul mostra o preço de mercado do açúcar e a linha vermelha é curva de preço da Camil, mostrando a grande capacidade de repasse da empresa. Fonte: Camil A margem bruta é de cerca de 22% no exterior e 19% no Brasil e a tendência de longo prazo passada pela empresa é que fique em cerca de 20% no Brasil e em cerca de 21-22% no consolidado. Para margem Ebitda o esperado é ficar entre 9% e 11% conforme a condição de mercado, melhorando com a estabilização em feijão e pescados mais o café e massas que tem margem acima de 10%, que é o que sempre operaram em grãos. Além disso a margem liquida é muito estável em 4%. Arroz é ainda o principal driver da ação Mesmo com estes planos e essa migração para outros produtos e marcas, a principal atividade da Camil ainda é o beneficiamento, distribuição e comercialização de arroz. O arroz representou aproximadamente 50% da receita total, sendo o grão mais relevante para a empresa, seguido por 34% do açúcar, e 8% do feijão. Perspectivas favoráveis para o preço do arroz O preço do arroz saiu de 40 reais para mais de 100 reais na pandemia e a perspectiva é de uma alta em 2023, contrária de outras commodities agrícolas, dado que o Brasil deve ver este ano sua menor produção de arroz dos últimos quatro anos. No gráfico abaixo, a linha azul mostra o preço de mercado do arroz e a linha vermelha é curva de preço da Camil, mostrando a grande capacidade de repasse da empresa. Fonte: Camil Já temos um aumento de 15% nos preços do arroz desde 30 de outubro de 2022, como você pode ver no gráfico acima, e alguns especialistas estimam que preço médio pode ficar em R$ 90 por saca em 2023, alinhado ao preço atual. A safra do arroz ocorre uma vez ao ano, entre fevereiro e maio e além da queda da produção no Brasil os estoques de arroz devem cair ainda mais em 2023. Fonte: Camil Lembrando que o cenário de aumento de preços é positivo pra Camil pois ela repassa nos preços, o que aumenta as vendas e a receita nominal e dilui custos e despesas, o que impulsiona seus lucros. Por isso, vemos que os resultados da Camil são bastante correlacionados aos preços do arroz. Perspectivas de volume Se expurgarmos as aquisições, a empresa cresce cerca de 4% de volumes em grãos ao ano. Em arroz e feijão e pescados, a empresa pode crescer cerca de 4% ao ano. Já no açúcar, o crescimento é menor, cerca de 1% ao ano nos volumes, pois já é uma indústria mais consolidada e madura. Como a empresa tem como prática realizar aquisições, se somarmos o crescimento orgânico + o crescimento de aquisições vemos que o crescimento tem sido muito maior. De 2017 para cá a receita dela cresceu 121% uma média de 10% de crescimento ao ano. Tributos e Incentivos fiscais A alíquota de IR da Camil é baixa, pelo reconhecimento de subvenção de ICMS e pagamento de Juros sob Capital Próprio, medida iniciada pela Companhia em dezembro de 2017. A alíquota contábil é de 34% no Brasil e de 25% no exterior, que levaria a uma alíquota total de 26% para a Camil, mas com a subvenção de ICMS e distribuição de JSCP a alíquota efetiva tem variado entre 6% e 14%. Fonte: Camil Com o advento da Lei Complementar 160 em 2017, os benefícios fiscais de ICMS concedidos pelos Estados ou pelo Distrito Federal passaram a ser considerados subvenções para investimentos, dedutíveis para o cálculo de IR e CS. Além disso a Camil tem um acúmulo de crédito de PIS e COFINS no balanço usado na operação de pescados e de outros produtos de valor agregado. Baixa necessidade de investir = altos proventos A Camil gera caixa e paga bons proventos já que a necessidade de investimento é baixa, em cerca de 100 milhões de reais por ano de manutenção e mais cerca de R$70 milhões em expansão, sem considera as aquisições. Além dos dividendos, a empresa paga juros sobre o capital próprio, para obter a vantagem tributária destes e faz recompras de ações, o que acaba sendo benéfico para os acionistas. Em um momento de ações depreciadas em 2019, por exemplo, a Camil fez uma recompra de ações do Warburg Pincus na qual pagou apenas R$ 6,25 por ação. Endividamento para crescer via aquisições A Camil hoje possui 2,8 vezes dívida líquida/Ebitda em linha com o histórico da empresa mostrado no gráfico e menor que o covenant (limite) de 3,5 vezes dívida líquida/ Ebitda da dívida emitida CRA. Fonte: Camil Quais as próximas aquisições A empresa provavelmente teria interesse em aquisições de segmentos de alimentos, em farinha, massas, biscoitos, moinhos, mercearia seca e Pet food – inclusive cancelaram uma aquisição no Chile no segmento de comida para animais por um recall na adquirida. Considerando o endividamento atual e a taxa de juros alta, temos um limitante para aquisições. Se considerarmos o Ebitda gerado por ano, no entanto, podemos estimar que há cerca de R$ 800 milhões disponíveis para aquisições, mantendo o endividamento. Além disso uma oferta de ações se o mercado melhorar não deve ser desconsiderada, para a empresa se capitalizar para comprar algo maior. Há espaço para diluição da família controladora em uma eventual emissão de ações, a qual poderia reduzir sua participação de mais de 60% para cerca de 40%. Riscos do case As aquisições sempre carregam risco. Cada empresa tem sua história e isso tem que ser levado em conta. Uma observação são os passivos fiscais e trabalhistas de empresas menores, por exemplo. Além disso uma falha na implementação da estratégia de negócios, na captura de sinergias de aquisições podem prejudicar sua estratégia de crescimento. Vejo um risco de execução dos novos negócios em que a Camil está entrando como café, massas e biscoitos, que são importantes para a tese de investimento migrar para múltiplos maiores de negociação e possibilitar uma alta maior das ações. Outro risco é a incapacidade de honrar obrigações financeira e eventuais alterações da legislação e tributação. E aqui reside o maior risco da empresa na minha opinião. Com uma reforma tributária batendo na porta, qualquer mudança como o cancelamento dos JSCP (juros sobre o capital próprio) pode fazer pressão na cotação das ações da Camil, que se beneficiam com isso. Conclusão: COMPRAR CAMIL (CAML3) A Camil está negociada hoje a R$8,13 o que é praticamente o mesmo preço do seu IPO em 2017, para uma empresa muito maior e mais diversificada. De 2017 para cá a receita dela cresceu 121% uma média de 10% de crescimento ao ano. O Ebitda desde o IPO aumentou 61%, uma média de 10% de crescimento ao ano. A ação pode realmente ter uma melhora nos resultado este ano pela alta estimada dos preços do arroz, que ainda são metade do seu EBITDA e o repasse da alta do preço para seus produtos, diluindo os custos fixos. Além disso os novos segmentos de cookies, massas e café tem margens maiores e podem levar a uma melhoria de múltiplos no longo prazo. A CAML3 está negociando a 5x o EBITDA estimado para 2023 e a um P/L de 8 vezes, considerando uma alíquota maior de imposto de renda pressupondo cautelosamente a extinção do JSCP (juros sobre o capital próprio) em uma reforma tributária. Se considerarmos a alíquota efetiva de imposto de renda que a empresa vem pagando, encontro um preço-alvo para sua ação estimado em R$ 13, um upside potencial de 60%. No entanto, em um cenário de alíquota de imposto de renda de 20% considerando um fim no JSCP (juros sobre o capital próprio) em 2023, encontro um preço alvo para a ação de R$11, o que leva a um upside de 36% ante o preço atual de negociação. Com os proventos estimados em cerca de 3% ao ano, temos quase 40% de upside na ação da empresa. Um dos riscos mais relevantes é a reforma tributária acabar com o juros sobre o capital próprio por exemplo , fazendo o imposto pago pela empresa aumentar e a margem liquida cair. Por isso meu cenário já considera uma extinção do JSCP este ano, e caso isto não ocorrer temos mais upside. Neste cenário estou sendo bastante conservadora e estou fazendo a alíquota de IR aumentando até 25% no último ano projetado que seria a alíquota combinada do Brasil e exterior. CONCLUSÃO: COMPRAR CAMIL (CAML3) EM UM PERCENTUAL DE 1% DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO, ENTRANDO NO LUGAR DA VENDA DE CURY3 ONTEM. Clicando aqui você encontra minha planilha de Valuation para a empresa: Abraços Cristiane Fensterseifer, CNPI, CGA e consultora financeira 02/02/2023 Clique aqui pra ler o Disclaimer

  • O melhor retorno sobre o patrimônio é de um Banco público -banco do Brasil (BBAs3)

    O Banco do Brasil divulgou um lucro líquido ajustado de R$ 9 bilhões no 4T22, 52% maior que no 4T21 e maior que a expectativa do mercado. No ano fechado, o lucro líquido de R$ 32 bi foi 51% maior que em 2021. BBAS3 sobe forte hoje (4%) após o excelente resultado ! O retorno sobre patrimônio líquido ajustado (ROAE) ficou em 23% no 4T23, ainda melhor que o alto ROE do Itaú, um dos bancos privados mais eficientes do Brasil. Em termos de comparação, o ROE do BTG foi de 21% no ano, o ROE do Itaú ficou em 19% e o do Bradesco em apenas 4% , fortemente impactado pelas provisões para possíveis perdas com as Americanas - clique aqui para ver mais: Bradesco o pior resultado dentre os bancões Inadimplência controlada e perfil baixo de risco A inadimplência ficou bem controlada no 4T22 e o banco provisionou 50% da exposição nas Americanas, com impacto estimado em cerca de R$400 milhões do total de provisionamento de R$ 788 milhões. Importante destacar que sua exposição relativa era uma das menores dentre os grandes bancões e por isso ele não foi tão afetado como Santander e Bradesco, por exemplo. O BB tem uma carteira de crédito com o perfil defensivo, devido a grande participação do segmento agro na sua composição de concessão de crédito. Com este perfil o BB tem a um índice de inadimplência abaixo dos demais bancos e a inadimplência ficou em 2,5% no 4T22 (ainda que tenha subido levemente na comparação trimestral, provavelmente pelo impacto das Americanas) . O crescimento da carteira de crédito ampliada foi de 15% frente ao 4T21, principalmente em empréstimos agrícolas refletindo nosso bom momento neste setor. Os spreads (diferença entre o custo do capital e taxas de empréstimos) mais altos levaram a um aumento de 10% na receita líquida de juros (NII) no 4T22, com elevação de 35% na margem financeira líquida. Proventos generosos O banco vai pagar R$ 0,239 por ação de dividendos e R$ 0,5826 por ação de juros sobre o capital próprio (JSCP) em 03/03/2023. As ações serão negociadas a "ex-direitos" a partir do dia 24/02, ou seja quem for da base acionária até la tem direito aos proventos. O pagamento destes proventos dá cerca de 3% de retorno em proventos frente a cotação atual (dividend yield), um bom provento que se anualizado daria 12% de retorno. Lembrando que recentemente o banco manteve sua política de 40% de payout (pagamento de proventos sobre o lucro liquido). O Banco do Brasil também informou que exercerá a opção de recompra total, de US$ 1,75 bilhão, do título de dívida subordinada de capital nível I emitido em 2012 em 15 de abril de 2023. Perspectivas para 2023 indicam mais um ano positivo Os números do 4T22 e a expectativa divulgada pelo BB mostram que este ano também deve ser bom para o banco. A expectativa é que o crédito cresça de 8% a 12% - levemente superior ao que estimam os grandes bancos, na média - com expansão da margem financeira líquida (NIM) e custo do risco sob controle. Deste crescimento de crédito, a estimativa é crescer de 7% a 11% no credito a pessoas físicas e empresas e de 11% a 15% para o agronegócio, o que mantém o perfil de atuação do Banco, que é forte neste segmento. As receita de serviços devem crescer de 7% a 11% e as despesas administrativas também. Na faixa superior das estimativas o BB lucraria R$ 37 bilhões em 2023 ou um crescimento de 16% em relação a 2022. Já no cenário pessimista divulgado, seriam R$ 33 bilhões de lucro, praticamente o mesmo de 2022. Em termos de provisões, devem ficar entre R$ 19 bilhões a R$ 23 bilhões este ano, segundo as estimativas do banco. Em caso de agravamento do caso das Americanas o impacto em provisão já estaria contemplado nas projeções para 2023. Múltiplos baixos Com o resultado, as ações do Banco do Brasil estão negociando a múltiplos muito baixos, em cerca de 3 vezes o Preço/Lucro esperado quando consideramos as estimativas para 2023 A média do guidance do Banco do Brasil indica R$ 35 bilhões em ganhos para 2023, um crescimento de 10% em relação ao forte ano que foi 2022 o que se traduziria em um retorno sobre o patrimônio liquido (ROE) de cerca de 21%. Se as expectativas passadas se concretizarem será mais um ótimo resultado do Banco do Brasil em 2023, acima da nossa já elevada Selic de 14%. Abraços Cristiane Fensterseifer, CNPI, CGA e consultora CVM 14/02/2023 Clique aqui para ler o disclaimer

  • 3R (RRRP3) on track! Crescimento de 50% na produção

    Estamos sempre de olho nas empresas e hoje saiu a produção de petróleo da 3R em janeiro. A parcela da empresa na produção média diária consolidada dos oito polos foi de 23.086 boe médios diários em janeiro, 50% maior que no 4T22 e 24% maior que no mês anterior. O Polo Macau, segue impactado pela calibração das plantas de separação óleo-água, e redução de vazão e fechamento temporário de alguns poços para substituição parcial do duto de escoamento e a produção deve normalizar ainda no 1T23. Já a produção do Cluster Offshore (em mãe) registrou crescimento de 205,7% comparado à média do 4T22 em função do primeiro mês integral de produção do Polo Papa Terra sob gestão da Companhia! Em geral a tese em 3R segue avançando conforme o esperado e empresa espera pro 1T23 a conclusão da compra de Potiguar, o ativo mais transformador da sua tese com grande expansão de produção e diversificação! Seguimos de olho na temporada de resultados das empresas que segue a todo vapor ! Abraço Cristiane Fensterseifer, CNPI, CGA, consultora CVM 14/02/2023 Clique aqui para ler o Disclaimer

  • Bradesco (BBDC4) o pior resultado entre os bancões privados

    O Bradesco ontem a noite apresentou um péssimo resultado para o 4T22, e não foi apenas por conta das Americanas... O próprio banco já tinha guiado o mercado para um 4T fraco, após o 3T não agradar muito aos analistas. Mas neste ultimo trimestre, não fosse a operação da corretora de seguros, o banco poderia ter apresentado prejuízo ... Perto do resultado espetacular que o Itaú (ITUB4) divulgou esta semana, então, o resultado do Bradesco ficou parecendo ainda pior. O Itaú é um bom comparável para o Bradesco, junto com o Santander. Juntos, são os três maiores e mais tradicionais bancões provados brasileiros e acumulam a maior parte do lucro deste setor do Brasil. No caso do Bradesco, o lucro caiu 76% no 4T22 frente ao ano anterior. Com isso, a métrica mais analisada nos bancos, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE ou ROAE) foi de 4% apenas., a menor rentabilidade sobre patrimônio desde 1987 segundo a Economática O resultado do 4T22 do Santander já tinha vindo fraco e decepcionado o mercado, com ROE de 8%, bastante impactado pelas provisões das dívidas das Americanas (que no caso do Santander, diferentemente do Itaú e do Bradesco, não foram 100% provisionadas, por sinal) Ainda assim,o Bradesco se superou. Claro que o fato de as provisões para devedores duvidosos subirem 104% com eles provisionado totalmente a exposição em Americanas prejudicou o lucro do trimestre. Mas o problema é que não foi só isso, o problema que 2023 também não será facil. O crescimento do crédito esperado para o ano que vem por ele é baixo, de 6,5% a 9,5%. Na verdade o crescimento esperado do crédito pelo Itau (ITUB4) também não é o mais forte... Aqui neste primeiro quadro estão as projeções divulgadas pelo Bradesco para 2023 e no segundo quadro a do Itau para você comparar: A qualidade da carteira de crédito em geral foi fraca e o cenário macro do Brasil não está jogando a favor da sua grande exposição em pequenas e medias empresas e ao varejo de baixa renda. Sem o efeito das Americanas (AMER3) no resultado do 4T o ROE do Bradesco seria 13%, ainda assim pior que a a Selic que está em níveis estratosféricos. Se a gente considerar o ponto médio das expectativas que o Bradesco passou para 2023, teríamos um lucro de cerca de R$20 bilhões e um ROE de 13% esperado para 2023, igualmente fraco... Com as quedas da ação, estamos falando de um P/L de cerca de 7 vezes, semelhante ao do Itaú ITUB4 , que apresentou resultados muito superiores e um ROE de 19%, mesmo contabilizando totalmente sua exposição à Americanas. Ao contrário do Bradesco e do Santander, o Itau conseguido manter boas rentabilidades e inadimplência usando tecnologia de concessão de crédito. ************************************ CLIQUE AQUI E ASSINE O ALL IN ONE ! UMA CARTEIRA RECOMENDADA DE INVESTIMENTOS QUE OFERECE UMA SOLUÇÃO COMPLETA E EM UM SÓ PRODUTO, INDO DA RENDA FIXA NO BRASIL E EXTERIOR ATÉ AS SMALL CAPS E MICROCAPS, AÇÕES DE DIVIDENDOS E TUDO O QUE EU , UMA PROFISSIONAL, USO PARA INVESTIR! ULTIMOS DIAS PARA ASSINAR ANTES DA REFORMULAÇÃO GERAL DE PREÇOS !!! ************************************ Os resultados fracos de bancos como o Bradesco e o Santander falam além de suas próprias operações e mostram por exemplo: 1) O impacto que a Selic muito alta está fazendo na inadimplência geral da economia 2) O impacto das Americanas em diversas empresas (Alpargatas provisiona R$ 6,7 milhões referentes a operações com Americanas) Como disse muito bem Dan Kawa no seu Tweet abaixo: Para Disclaimer clique aqui

  • Banco ABC (ABCB4): Bom, bonito e (barato?)

    A microcap do setor financeiro divulgou números muito positivos, ainda que tenham sido afetados pelo rombo das Americanas. Neste relatório vamos verificar se vale a pena o investimento! O ano passado foi um ano excelente para o ABC, com lucro líquido subindo 40% ao ano, para R$ 800 milhões e um Retorno sobre Patrimônio Anualizado (ROAE) de 16%. Mesmo com a redução de lucro pela provisão para as dívidas da Americanas, o retorno sobre o capital (ROE) foi acima da Selic, de 15,3% no quarto trimestre de 2022. Sem a provisão para perdas pelo provável não pagamento de algumas dívidas das Americanas o ROE seria próximo a 17%, como no trimestre anterior. E se desconsiderássemos a questão das Americanas, o lucro do ABC beiraria os R$870 milhões. Um 4T22 recorrente forte O ABC registrou um lucro líquido de R$197 milhões no 4T22, o qual representou uma alta de 21% frente ao ano anterior e queda de 10% frente ao trimestre anterior. Carteira de crédito cresceu 15% A carteira de crédito expandida era 15% maior em dezembro de 2022 frente a dezembro de 2021, com destaque para o crescimento de 40% no período de 12 meses do segmento Middle, que são os clientes menores, com faturamento anual entre R$30 milhões e R$300 milhões. A carteira do segmento de Corporate (clientes com faturamento anual entre R$300 milhões e R$4 bilhões) cresceu 20% e a carteira de C&IB (Clientes com faturamento anual acima de R$4 bilhões) foi a que menos cresceu com alta de 1,5%. Está nos planos da empresa a expansão maior nos clientes de tamanho menor, que tem em geral mais risco de crédito, mas pagam maiores juros e levam a um maior retorno do banco. Por outro lado, a diversificação em mais clientes menores mitiga parte deste risco, haja vista o episódio das Americanas um grande cliente que gerou um provável grande calote. Fonte: ABC Margem financeira maior A margem financeira gerencial (NIM) cresceu 3,6%, para de 4,8%, expansão de 70 pontos base em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Tanto a margem com o mercado quanto o patrimônio líquido que é remunerado pelo CDI (o qual segue a Selic) cresceram e contribuíram para este resultado robusto. Fonte: ABC A margem com clientes cresceu 27% em relação ao 4T21, mesmo com um crescimento mais tímido da carteira de crédito, devido a diversificação do mix de produtos e segmento de clientes com maior participação de empresas menores que pagam mais juros. Não apenas as receitas com margem com clientes e Selic impulsionaram os resultados Outro fator positivo a se destacar no resultado do ABC é o melhor mix de produtos e despesas operacionais mais baixas, mostrando que o banco continua fazendo seu bom trabalho em termos de eficiência. 40% de crescimento do lucro em 2022 No ano, o lucro líquido atingiu R$ 800 milhões, um crescimento de 40% em relação a 2021. Além da maior margem com clientes e remuneração do Patrimônio Líquido, a receita de serviços aumentou 18% no ano com receita recorde do banco de investimentos, de R$ 145 milhões. No 4T22 os ganhos com taxas foram mais fracos que no ano, uma vez que o mercado de capitais está menos potente que a um ano atras, quando muitos IPOs estavam sendo realizados. Além disso, as receitas com tarifas e corretagem de seguros cresceram 67% com incremento da base de clientes, que aumentou 29% frente ao 4T21, possibilitando uma maior diversificação com o crescimento da contribuição da corretora de seguros. Fonte: ABC Provisões e efeito Americanas (AMER3) As provisões foram de R$115 milhões, mais que o dobro do 3T22 devido as provisões realizadas para sua exposição à Americanas. Estimo que o banco provisionou de 30% a 40% de sua exposição nas Americanas, e por isso podemos continuar vendo provisões maiores por conta disso nos próximos trimestres. Fonte: ABC Se desconsiderarmos este efeito grande e não recorrente do rombo das Americanas, que já vem sendo chamado por alguns de a maior fraude da história das empresas abertas brasileiras e, portanto, pode ser considerado um impacto não recorrente, teríamos um resultado ainda melhor, com um ROE próximo a 17%. As provisões para perdas com empréstimos foram a notícia negativa deste resultado, não apenas para o ABC, mas para todo o setor bancário. Ainda assim como vimos, mesmo com isso o resultado foi de lucro crescente e retorno (ROE) superior ao da nossa alta taxa Selic. Para fins de comparação, o banco mais afetado pela dívida das Americanas, que já divulgou até o momento, foi o Santander com ROE de apenas 8%, enquanto o do ABC foi de 15%. O Itau (ITUB4), talvez o banco privado mais eficiente, entregou ROE de 19% no excelente resultado que divulgou no 4T22, o qual seria de 21% sem as provisões que fez por conta das Americanas. - O resultado do Itau foi muito forte e com seu P/L de 7 vezes estou estudando coloca-lo na carteira - Ainda assim, o P/L do Itau de 7 vezes é maior que os 4 vezes do ABC Avaliando o risco: O saldo de PDD (provisão para devedores duvidosos) amentou de 2,3% no 3T22 para 2,7% no 4T22, como pode ser visto no gráfico. Com isso o índice de cobertura, ou seja, o salto total provisionado sobre as operações com atraso de mais de 90 dias é de 543% um bom nível de cobertura . Fonte: ABC Portfólio diversificado Importante observar que o ABC tem uma grande diversificação do crédito entre setores o que mitiga o risco de uma crise setorial afetar o recebimento dos clientes. Fonte: ABC Projeções e avaliação revisitada A Estratégia de crescimento do ABC é de expandir o número de clientes e o volume de transações, principalmente oferecendo serviços aos fornecedores, colaboradores e clientes dos seus clientes, ampliando a sinergia entre as operações. O crescimento do número de produtos busca reduzir a dependência de linhas especificas de negócios e com isso minimizar a exposição ao risco além de alavancar a infraestrutura existente, diluindo o custo de aquisição e manutenção de clientes. Além disso o ABC pretende desenvolver novos canais de distribuição como usando canais de terceiros para distribuir produtos e serviços do banco e ao mesmo tempo distribuir produtos de terceiros nos seus canais e para seus clientes. O ABC Brasil divulgou as projeções de crescimento de carteira e despesas para 2023, os quais foram incorporados no Valuation, tal como o resultado do 4T22. Fonte: ABC Revisão do preço alvo Desde que indiquei ABC para a carteira All In One ele valorizou 24% e a pergunta a ser respondida é qual o potencial de alta a mais e vale a pena investir em ABCB4? É o que vamos ver agora: Mesmo com a alta, seus resultados crescentes fazem com que ele tenha um bom upside estimado. Fonte: Investe10 Com a atualização do modelo a recomendação para ABC continua sendo COMPRA com preço alvo de R$25 (ante R$22 antes) e upside de 50%! Fonte: Investe10 O ABC negocia com um dos menores múltiplos do setor, pra um banco que historicamente cresce 10% ao ano no mínimo e sempre teve consistência de resultados e lucro. O ano de 2022 mostra um excelente trabalho sendo feito e ainda temos opcionalidades como suas iniciativas em seguros, crescimento em empresas menores ampliando as margens e um crescimento satisfatórios da carteira de empréstimos. O crescimento entre 12% e 16% da carteira de crédito que o ABC espera para esse ano é maior que a do Bradesco, por exemplo, em 12%, impulsionado pelas pequenas e médias empresas (PMEs) crescendo de 35 a 45%. Além disso o ABC se beneficia da Selic mais alta por mais tempo, o que continua mantando um ROE alto e superior aos juros da economia. Negociando a apenas 4 vezes P/L estimado para 2023, ABC é muito barato para não performar em uma carteira de ações em minha opinião. Abraços Cristiane Fensterseifer, CNPI, CGA e consultora CVM Clique aqui para ler o disclaimer

  • ALERTA DE RENDA FIXA:

    AS TAXAS LONGAS (VENCIMENTOS DISTANTES) ATINGIRAM AS MÁXIMAS HOJE, com as falas de Lula. Afinal, a autonomia do Banco Central vai acabar? O presidente do BC será exonerado? Uma exoneração do presidente do BC precisaria da aprovação por maioria absoluta do Senado. Eu acho muito muito improvável isso acontecer e acho que este ruido abre oportunidade para as compras que sugiro neste relatório! Na minha opinião o ruido destas notícias é maior que o sinal: Com sua gritaria contra os juros e BC, marketeiro safo que é, Lula arruma a cama para deitar. Os juros vão cair + cedo ou + tarde, está no Focus. Agora, após as criticas, ele poderá clamar para si o mérito de algo que inevitavelmente aconteceria. Sabemos, todos nós, o Haddad, a Tebet, que a Selic é consequência e não causa, e sua queda depende de uma política fiscal adequada e não de ameaças a autonomia do BC, que aliás pioram a confiança no sistema e sobem os juros. Lula tbm sabe disso, mas a gritaria tem um objetivo claro, poder falar depois: Fui eu que fiz. Não se vira presidente sem saber fazer palanque para sua base, algo que o Bolsonaro sempre soube fazer muito bem também, por sinal. O Marketing e o engajamento está em tudo, afinal. Veja no gráfico abaixo como ficaram as TAXAS LONGAS (VENCIMENTOS DISTANTES) as quais ATINGIRAM AS MÁXIMAS HOJE, com as falas de Lula. Fonte: Anbima Eu acredito ser uma boa oportunidade de comprar Tesouro IPCA+ e aproveitar esta alta. Minha sugestão: Comprar NTN-B Longa, quando a curva acalmar podemos vender com ganho. Se a curva não acalmar, um ganho real em torno de 6,44% + IPCA que esta pagando o Tesouro no fechamento de hoje (figura abaixo) já é excelente para carregar para a vida. Ou seja, um trade com assimetria muito positiva de ganho em diferentes cenários, positivo e negativo, na minha opinião. Sugiro para esta compra os vencimentos mais longos como o tesouro IPCA 2045. A alocação sugerida é no percentual que você encontra na carteira sugerida neste relatório : clique aqui para ver carteira sugerida Fonte: https://www.tesourodireto.com.br/titulos/precos-e-taxas.htm Abraços Cristiane Fensterseifer, CNPI , CGA e consultora CVM 07/02/2023 Clique aqui para ler o disclaimer

  • acho que O índice Ibovespa inteiro é cliente desta empresa!

    Após cair mais de 50% desde as máximas, esta ação me parece barata demais para ignorar. É importante ressaltar que esta empresa mais de 50% não é nada trivial. Isso porque empresas com seu perfil costumam ter menor volatilidade. Pela sua característica de negócio, a empresa possui um resultado mais estável do que a média das empresas, independentemente do ciclo econômico, é uma boa geradora de caixa e pagadora de dividendos. Vamos lá: Este relatório traz alguns insights após uma conversa com Jose Roberto Pacheco, diretor financeiro e de relação com investidores da Odontoprev (ODPV3) e traz mais detalhes sobre os motivos pelo qual ela é a nova adição na carteira de dividendos e geral. Líder da área na América Latina em planos odontológicos A Odontoprev (ODPV3) é líder da área na América Latina em planos de saúde odontológicos. Observe que a ODPV3 caiu 52% desde a última máxima em julho de 2021. Fonte: Google A última vez que a empresa tinha apresentado uma queda de magnitude semelhante, foi lá por 2008, quando ocorreu a grande crise do suprime americano, como você pode ver no gráfico abaixo: Fonte: Google Negociada atualmente a R$8,76 por ação, a ODPV3 voltou a ter sua cotação de 2014, sendo que seus resultados, não apenas foram bastante resilientes durante estes anos todos como cresceram muito desde lá, como você pode verificar nos gráficos na sequência: A receita dobrou Primeiro, vemos que apesar da sua cotação atual estar no mesmo patamar de 2014, sua receita vem continuamente subindo e saiu da faixa de R$1 bilhão de reais naquele ano para quase R$2 bilhões nos últimos 12 meses. Fonte: Fundamentus As margens estão ainda mais altas Quando o assunto é margens e rentabilidade, temos uma companhia com margens elevadas, pela natureza do negócio, mas também pela maneira eficiente de atuar, que eu explico mais adiante. Sua Margem Bruta sempre ficou acima de 45% e atualmente roda a mais de 60%, como mostra o próximo gráfico. A sua margem Operacional (Ebit), depois de descontadas as despesas da operação, nunca foi negativa e sempre foi maior que 25%, estando atualmente em mais de 35%, uma margem bastante alta. Fonte: Fundamentus Os lucros mais do que dobraram E por fim, mas de jeito nenhum menos importante, temos uma empresa que saiu de um lucro líquido anualizado na faixa de R$200 milhões em 2014, quando sua cotação custava o mesmo que atualmente, para um lucro líquido anualizado que é mais que o dobro disso, em R$450 milhões, como pode ser visto no gráfico abaixo. Fonte: Fundamentus Como o gráfico acima também mostra, a Odontoprev sempre foi e provavelmente sempre será uma boa pagadora de dividendos! Com seu modelo diferenciado e baixo em necessidade de investimentos e ativos (chamamos isso de asset light no mercado), com baixíssima necessidade de caixa, distribui quase todo o lucro em dividendos há mais de 10 anos. Resumindo em uma tabela, o crescimento médio anual da Odontoprev (ODPV3) é de mais de 15% ao ano desde 2006 nas principais linhas da demonstração de resultado: Fonte: Odontoprev Com mais caixa que dívidas, se beneficia da Selic alta Em tempos de Selic nas alturas em cerca de 14% (e que deve ficar neste patamar por um bom tempo), estamos falando de uma empresa que tem um caixa líquido enorme. Fonte: Odontoprev Ou seja, a Odontoprev não tem dividas e tem caixa sobrando, o qual se beneficia, portanto, com as receitas financeiras altas oriundas da alta taxa de juros. Alta rentabilidade histórica e atual Como não poderia ser diferente, com um negócio que é excelente gerador de caixa e demanda relativamente baixo investimento, o ROIC (Retorno Sobre o Capital Investido) e o ROE (Retorno Sobre o Patrimônio Líquido) da Odontoprev são excelentes e maiores que o retorno da Selic, como mostram os próximos gráficos: Fonte: Fundamentus Fonte: Fundamentus E os múltiplos? Abaixo do histórico! Claro, uma empresa com tantas qualidades, costuma “cobrar o seu preço” ou seja , costuma ser mais cara no sentido de negociar com múltiplos (P/L, EV/EBITDA, PVPA, etc) mais altos que outras empresas com menor rentabilidade, resiliência e crescimento. Ocorre que, com as quedas do mercado, como mostrado no inicio do relatório, os múltiplos da Odontoprev estão bem menores que sua media histórica, abrindo uma excelente oportunidade de compra. Veja só: Na métrica Preço sobre Valor Patrimonial (PVPA) a empresa só esteve mais barata que agora na crise do subprime nos EUA, lá em 2008. Excluindo tal período, nunca a companhia esteve tão barata segundo esta métrica, como mostra o gráfico abaixo. Fonte: Oceans14 Quando olhamos seu P/L, ou seja o valor de mercado dividido pelos lucros de 12 meses, atualmente negociada a 11 vezes, a ODPV também está com um múltiplo tão baixo quanto na pior crise do mercado de capitais dos últimos tempos quando o P/L foi de 10 vezes. Fonte: Oceans14 Bom upside estimado! Com tudo isso, quando olhamos a expectativa do mercado para suas ações vemos um bom upside, como mostra a figura. Fonte: Yahoo Finance Quando olhamos a média das estimativas para preço alvo compiladas de 9 analistas, a média é de R$11,55 o que representa um potencial de alta de 31,8% frente a atual cotação. Mesmo o preço alvo mais baixo desta compilação é de R$9,50, um upside potencial de 8% sobre o atual preço. Quando olhamos o analista mais otimista, seu preço alvo de R$14 confere um potencial de alta estimado de quase 60% para as ações. Nossa conversa com a empresa Com 35 anos de existência, a Odontoprev foi Formada em 1980 por jovens dentistas, sempre vinculada a odontologia de qualidade e é operada por dentistas até hoje. Listada em bolsa por 16 anos, é controlada pelo Bradesco e tem 60 mil acionistas no Brasil. Fonte: Odontoprev Após a abertura de capital em 2006 o número de clientes de multiplicou por 5 passando de pouco mais de 1,5 milhões de brasileiros para mais de 8 milhões hoje, em todo o Brasil. A empresa tem ativos e credencia profissionais em 2.600 cidades e cobre a totalidade de municípios com mais de 50 mil habitantes, oferecendo soluções odontológicas através de planos desde a pequenas empresas até grandes, bem como os planos individuais (B2C) vendidos para as pessoas físicas diretamente. Um mercado grande a capturar O Brasil atualmente tem cerca de 50 milhões de pessoas com pano de saúde e 30 milhões com planos dentais. Mas enquanto os planos de saúde estão estagnados desde 2014, o dental cresce, pois, a penetração no Brasil ainda é muito baixa. Veja só: Nos EUA e Canada cerca de 80% da população tem plano de saúde e dental. No Brasil, quando a ODPV abriu capital só 4% dos brasileiros tinham planos dentais, hoje, são 14%, mas ainda é uma indústria jovem, que vem crescendo e tem muito espaço pela frente. Vias de crescimento Para crescer, a empresa tem que diversificar e buscar não só o grande empregador, mas ser pioneira em buscar o pequeno empresário. Com a marca Bradesco Dental a ODPV já tem 1 milhão de planos para as pequenas e medias empresas. As pequenas empresas tem um risco maior, por isso o preço é maior, mas o atendimento a rede credenciada é exatamente a mesma. Quanto menos participantes um contrato maior risco: Uma empresa de 20 mil funcionários tem um risco muito diluído, por outro lado o plano individual tem o maior risco. Por isso, os preços do plano sobem quanto menor for o número de participantes de um contrato. A empresa opera de forma única Com uma maneira bem brasileira, que nunca encontraram em empresa gringa, a Odontoprev funciona assim: Todos os dias, na sede da empresa em São Paulo, cerca de 20 mil tratamentos chegam para eles de forma digital. Desta forma, estão acompanhado desde a limpeza, passando pela carie e pelo tratamento de canal de todo Brasil de forma digital. Estas informações são recebidas do prestador de serviço credenciado, arquivadas e compreendidas, de forma que os dentistas da Odontoprev acompanham a qualidade de cada tratamento para aprovar o pagamento ao prestador do serviço. Este é um modelo de dupla garantia: Primeiro, pois você vê se o tratamento está sendo executado de acordo com as melhores práticas. Documentando, acompanhando, entendendo e depois dizendo este tratamento foi bem feito, conseguem atestar um bom nível de qualidade para os clientes. Vantagem da distribuição A Odontoprev tem o privilégio de estar liderando não apenas pela escala, mas pelas parcerias de distribuição. A parceria mais conhecida hoje é com o acionista controlador, o Bradesco, por meio do qual estão distribuindo a marca Bradesco Dental. Eles tem a rede de atendimento e isso permite um crescimento muito interessante e resiliente. Fato é que os planos de saúde e dentais sempre buscaram as grandes empresas, os grandes empregadores, aqueles que tem mais clientes. Agora, a Odontoprev está levando de um maneira estruturada os planos também para os pequenos empresários, e chegar nestes é difícil, mas conseguem isso com as agências bancárias, corretoras e meios digitais. Concorrência Há bastante concorrência no setor. São mais de 400 concorrentes, mas os principais concorrentes deles hoje dentre as cias abertas são a Sul América, que está em transição societária, a Amil que já foi listada e agora é controlada por um grande americano e a MetLife, mais uma americana líder mundial em seguros de vida. Estes acima são os concorrentes diretos no nicho de mercado de alta qualidade e posicionamento premium. O principal para se diferenciar destes concorrentes é a plataforma de tecnologia em que garante todos os tratamentos com o duplo acompanhamento de todos os casos. As empresas de medicina não fazem isso pois tem pouca receita originada do dental, enquanto a Odontoprev tem 90% da receita originada no dental. O gráfico abaixo mostra, que enquanto a maior parte das receitas vem da medicina nas demais empresas, na Odontoprev o foco é o dental, com a maioria das receitas: Custos – a Odontoprev tem a menor sinistralidade Certificando que todo tratamento foi acompanhado e inspecionado, a Odontoprev não apenas confere uma qualidade diferenciada, como reduz os custos e sinistralidade, praticamente zerando as fraudes. A sinistralidade da empresa vem caindo ao longo dos anos: Fonte: Odontoprev Veja no gráfico como a sinistralidade é menor que concorrentes: Nos últimos 10 anos, a Odontoprev conseguiu praticar preço de venda maior, com um custo mais baixo que muitos concorrentes, devido a combinação de maior qualidade percebida, larga distribuição do produto e controle de sinistralidade, com base no controle de custos e de fraude. Esta precificação maior com sinistralidade menor, leva a empresa a fazer o dobro de margem em relação a algumas concorrentes. Enquanto isso, o processo de controle e auditoria de qualidade minimiza a fraude já que acompanham muito no detalhe e de uma maneira digital. A fraude pode acontecer quando o dentista faz mais procedimentos que o necessário devido a assimetria de informação ente o funcionário e o profissional. Por isso a dupla checagem da Odontoprev, onde outro profissional confirma a necessidade do procedimento, por meio da certificação eletrônica Faltam dentistas? Não. O Brasil tem o maior número de dentistas do mundo. São quase 400 mil dentistas aqui, frente a 160 nos Estados Unidos, como você pode ver no gráfico abaixo. A Odontoprev tem menos de 10% deles na sua rede – cerca de 30 mil dentistas ou clinicas credenciadas - deixando bom espaço para expansão. Atualmente tem fila de profissionais procurando a Odontoprev para credenciar sua clínica pois isso confere uma grande previsibilidade de clientes e garante um grande fluxo de ocupação no consultório. Além disso, oferecem de graça os materiais pros dentistas e educação continuada online, afinal, quanto melhor a performance e qualidade de o dentista, melhor para a perpetuidade pro negócio da Odontoprev. Cerca de 200 dentistas da empresa são consultores de campo e constroem constantemente esta base de credenciados, medindo a performance de cada região e mantendo viva esta rede de diversos profissionais em diversos níveis diferentes. É verdade que a empresa precisa de profissionais de determinadas especialidades e quanto maior a cidade maior a diversidade. Para conquistar um cliente novo no interior do Rio Grande do Sul, por exemplo, precisa de cerca de 3 municípios atendidos e ter uma rede grande como eles faz uma enorme diferença. Por isso, o monitoramento e fidelização da rede credenciada é da maior importância para a Odontoprev. Receitas e margens Na pandemia, mais precisamente no 1S2020, ocorreu muito impacto no negócio com perda de clientes de pequenos empresários ou planos individuais que quebraram. Agora a Odontoprev vem numa trajetória de recuperação importante, com custos mais baixos. Nos próximos anos devem ter uma margem superior, pois estão mudando o perfil de cliente, antes era focada nas grandes corporações e hoje 40% da receita já é de pequenas empesas, com margem maior especialmente quando a venda é feita em canais grandes e eficientes como o Bradesco e Banco do Brasil que eles tem em caráter exclusivo. As margens fazem são da ordem de 25% e tem crescido porque os bancos tem uma ótima capacidade de precificação, cobrança e análise de crédito. A possibilidade de trabalhar em débito automático em cartão de credito, a plataforma digital dessas organizações é muto boa. Isso diferencia a ODPV e gera valor onde a indústria e concorrentes tem maior dificuldade em chegar. Riscos O maior risco deles é o de frequência de utilização. O que ocorre em momento de recessão: Se o cliente do plano tem medo de perder o emprego, ele usa o máximo que der antes de perder o benefício. Por isso, em momentos pre recessão aumenta muito a frequência e a margem cai e estão monitorando isso todo os dias. Atualmente não parece que vá ter recessão no Brasil, pois o PIB está positivo o emprego gerado com carteiras novas, o desemprego novo e mantido estabilidade. A empresa disse estar construtiva em manter o ciclo de inovação com produtos mais rentáveis e usando canais de distribuição grandes e líderes de mercado . A marca Bradesco Dental para pequenas empresas está cada vez mais escalando o mundo digital tem muito interesse futuro em disponibilizar ferramentas novas. Dividendos ! Por fim, a Odontoprev é fortíssima pagadora de dividendos. No IPO levantaram R$175 milhões e já devolveram mais de R$ 3 bi em dividendos ao mercado. Em saúde é muito raro falar em dividendos pois as empresas não tem sobra para distribuir, já pois precisam de muito capital para investir. Pelo menos metade do lucro, estatutariamente, é distribuído pela empresa no caso da ODPV. Todos os trimestres tem JSCP e além disso fazem distribuição de dividendos ou recompra de ações. O gráfico abaixo mostra a remuneração ao acionista em dividendos, juros sobre o capital próprio e recompras: A expectativa é que os dividendos pelo menos acompanhem a inflação nos próximos anos, com uma média de cerca de 4-5% ao ano. Grande Abraço, Cristiane Fensterseifer, CNPI, CGA - 13/10/2022 Disclaimer Exoneração de responsabilidade e informações importantes: Os conteúdos podem mencionar possibilidades de lucro financeiro decorrente de investimento, eximindo-se a analista de qualquer responsabilidade sobre eventuais prejuízos do cliente em decorrência da tomada de decisão deste. Recomendações de investimento mesmo quando são fundamentadas pela avaliação criteriosa de um analista certificado, podem não estar corretas e não antecipar o comportamento dos mercados com exatidão. Padrões, histórico e análise de retornos passados não garantem rentabilidade futura. Todo investimento financeiro, em maior ou menor grau, embute riscos que podem ser mitigados, mas não eliminados. Nunca devem ser alocados em renda variável recursos destinados a despesas imediatas ou de emergência, bem como valores que comprometam o patrimônio do cliente. A analista não realiza intermediações financeiras e não obtém nenhum tipo de receita advinda de comissões, corretagens ou emolumentos sobre montantes aplicados, cabe ao investidor a exclusiva responsabilidade pela execução de operações junto à respectiva instituição financeira na qual possua conta aberta. Os analistas têm, ou podem vir a ter, posições nos investimentos recomendados. O disclaimer não se sobrepõe à legislação e regulamentação vigentes. ATENÇÃO: Retornos passados não são garantia de retorno futuro. Investimentos envolvem riscos e podem causar perdas ao investidor. Cada investidor deve desenvolver suas próprias análises e estratégias, considerando seu nível de risco e perfil de investidor. Ao assinar, adquirir ou utilizar quaisquer de nossos produtos ou serviços, você concorda e sujeita-se ao Termo de Uso sem o qual não poderá contratar o serviço: TERMO DE USO: VOCÊ CONCORDA QUE INVESTIMENTOS ENVOLVEM RISCOS E QUE O MATERIAL DISPONIBILIZADO AQUI NÃO OFERECE GARANTIA DE RETORNO, EXPRESSA OU IMPLÍCITA, CABENDO AO CLIENTE POS SUA OPÇÃO, CONTA E RISCO COLOCAR EM PRÁTICA INVESTIMENTOS BASEADOS EM TAIS INFORMAÇÕES. Cada investidor deve desenvolver suas próprias análises e estratégias. Declaração do(s) analista(s) de valores mobiliários(de investimento), nos termos da CVM nº 20/2021 O analista de investimento, ou de valores mobiliários, envolvido na elaboração deste relatório declara que as recomendações contidas neste refletem exclusivamente suas opiniões pessoais sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma. 1. O(s) analista(s) de investimentos, envolvidos na elaboração deste relatório, não tem vínculo com pessoa natural que trabalha para o emissor objeto do relatório de análise. 2.O(s) analista(s) de investimentos, seus cônjuges ou companheiros, podem deter, direta ou indiretamente, em nome próprio ou de terceiros, ações e/ou outros valores mobiliários de emissão das companhias objeto de sua análise. 3.Os analistas de investimento, seus cônjuges ou companheiros, podem estar direta ou indiretamente envolvidos na aquisição, alienação ou intermediação dos valores mobiliários objeto deste relatório. 4.Os analistas de investimento, seus cônjuges ou companheiros, podem ter direta ou indiretamente, interesse financeiro em relação à companhia emissora dos valores mobiliários analisados neste relatório. 5.Os analistas de investimento, seus cônjuges ou companheiros, negociam com cotas de fundos de investimento que concentram seus investimentos na companhia analisada ou em seu setor da economia, ou em cuja administração ou gestão podem influenciar, direta ou indiretamente. 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O(s) Analista(s) de investimento podem see titulares de valores mobiliários objeto do presente relatório. Os relatórios específicos são de uso exclusivo dos adquirentes e não podem ser reproduzidos ou distribuídos. A reprodução indevida de relatórios ou trechos está sujeita a multa e demais punições cabíveis, de acordo com artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98. Cada investidor deve desenvolver suas próprias análises e estratégias.

  • Choque de realidade: A Rentabilidade sofrível do Santander (SANB11) com a dívida das Americanas

    O lucro do Santander caiu 56% no 4T22, para R$ 1,6 bilhão. A metade do que era esperado pelos analistas. Os analistas não erraram totalmente, o problema foi o cisne negro que atingiu o mercado chamado dívida extra nas Americanas. Nesse 4T22 o Santander já provisionou (tecla SAP: registrou uma despesa no seu balanço) pelo menos uma parte do podem ser as perdas com o dinheiro empresado para a varejista. A provisão para devedores duvidosos (PDD) – e vamos combinar que a Americanas hoje é uma devedora para lá de duvidosa - foi de R$ 7 bilhões no último trimestre. O Santander provisionou cerca de 30% do crédito das Americanas, que era de R$3,5 bilhões, pelo que deu para entender, apesar de não especificar completamente. Como a Americanas pediu recuperação judicial, a provisão pode aumentar para 50% a 70%. Ou seja: É bem provável que veremos mais provisões das Americanas do balanço do Santander nos próximos trimestres! O resultado não teve só coisa ruim e até por isso as ações subiram ontem depois da divulgação do resultado. Afinal de contas, a “culpa” do possível calote da Americanas não foi uma falha da gestão do banco, a dívida não era conhecida, para a surpresa do setor bancário (e do Brasil) inteiro e pode ser encarado como algo não recorrente. Nesse caso, o mercado entende que o futuro vai ser melhor e perdoa as ações. Lembre que o que interessa para o preço da ação é sempre o futuro. Além disso, desde que veio à tona a dívida de R$20 bilhões das Americanas, já se sabia que os bancos iam ter queda no lucro por provisionar possíveis perdas e as ações dos bancos já tinham sofrido. O Santander (SANB11) acumula queda de 13% nas ações desde o dia 11 de janeiro. Falando das partes boas do resultado, o banco mostrou maior eficiência, com as despesas subindo menos que o dissídio coletivo e inflação. No fim, o retorno sobre patrimônio médio (ROAE) foi de míseros 8,3% no último trimestre de 2022. No ano de 2022, o ROAE foi de 16,3%, menor que os mais de 20% em 2021. O retorno sobre patrimônio (ROE) é talvez a principal medida usada pelo mercado para ver se “vale a pena” comprar as ações de um banco. Bom, já sabemos que os resultados dos outros bancos devem mostrar os respingos das Americanas como o do Santander. Agora é aguardar. Com esse resultado o Santander negocia a 8 vezes P/L (Valor de mercado/lucro de 12 meses), frente a 4 vezes do Banco do Brasil (BBAS3), 5 vezes do ABC (ABCB4), 7 vezes do Bradesco (BBDC4) e do Itau (ITUB4). Quer saber qual o meu banco preferido para investir? Clica aqui e assine o All In One Além dos meus bancos favoritos (tem 3 indicados) você recebe uma solução COMPLETA de investimentos, com indicações de renda fixa, ações de dividendos, ações small caps e microcaps (as empresas menores com maior potencial de crescimento) e até investimentos no exterior e para proteção de carteira em dólar e ouro ! COMPRE AGORA E INVISTA MELHOR CLICANDO AQUI! Grande Abraço Cristiane Fensterseifer, CNPI, CGA e consultora financeira 03/02/2022 Clique aqui para Disclaimer

  • atenção ! venda de ação da carteira recomendada!

    Este relatório tem como objetivo recomendar o encerramento de posição em uma empresa que ja subiu muito desde que foi recomendada, atingindo seu potencial estimado. A recomendação é vender as ações desta empresa e deixar o dinheiro em caixa (disponibilidade financeira) em uma renda fixa com liquidez diária (D-0) como Tesouro Selic ou um fundo Selic com liquidez diária. Em breve, teremos nova sugestão para alocar tais recursos. A ação com recomendação de venda e que sai da carteira recomendada hoje é Cury (CURY3). A empresa continua excelente e a última previa operacional mostrou forte geração de caixa. No entanto as ações já subiram 128% desde que recomendei elas na carteira, em 14/06/2022. Com a alta, a Cury atingiu o preço alvo estimado. Veja abaixo a alta das ações desde a recomendação: Apesar de continuar sendo uma excelente empresa, na cotação atual eu vejo espaço limitado para sua valorização, dado que já está negociando a múltiplos superiores as pares setoriais. A Cury hoje negocia a P/L de 12 vezes, ante uma media de 9 vezes do setor. A empresa nos rendeu ótimos dividendos durante o período que esteve na carteira e mesmo com a venda das ações os acionistas anteriores ainda vão receber em sua conta no dia 16/02/2023 os últimos proventos anunciados pela empresa, dado que a data ex foi em 25/01/2023 Veja na nossa tabela abaixo que os últimos dividendos representaram 1,5% da atual cotação, e devido a forte a alta da cotação estimo que mesmo com uma ótima geração de caixa os próximos dividendos vão levar a um dividend yield (retorno em proventos) de cerca de 6% ao ano, o que é um provento menor que no ano anterior. CONCLUSÃO: VENDER TODA POSIÇÃO EM CURY3 E DEIXAR EM CAIXA (TESOURO OU FUNDO SELIC COM RESGATE IMEDIATO) ESPERANDO NOVA OPORTUNIDADE DE COMPRA DE AÇÃO. Com a venda de CURY3 e sua saída da carteira recomendada a carteira fica assim : GRANDE ABRAÇO CRISTIANE FENSTERSEIFER , CNPI, CGA , CONSULTORA FINANCEIRA CLIQUE AQUI PARA LER O DISCLAIMER

  • entendendo os preços alvo: aula e planilha de Valuation

    O trabalho do analista de ações vai além de comparar múltiplos e pensar no Macro. Na verdade, o analista pode sentir que vive trabalhando, uma vez que a observação do mundo também é algo que faz parte do entendimento das empresas. Uma da ferramentas de Valuation mais poderosas e mais utilizadas para estimar o possível desempenho das ações é o famoso Desconto de Fluxo de caixa. Eu vou ter a ousadia de tentar simplificar bastante esta metodologia para vocês, em apenas um vídeo, mas não se sintam amedrontados pois de fato esta é uma expertise que é desenvolvida e aprimorada ao longo dos anos. Mesmo que vocês não modelem empresas, é importante que vocês entendam de onde vem os preços estimados, que premissas são utilizadas e outros aspectos para que possam realizar uma análise crítica das recomendações, ou mesmo saber sobre a qualificação e sobre o trabalho de quem está indicando investimentos para vocês. Por isso, como prometido na descrição da assinatura, compartilho com vocês uma planilha exemplo de Valuation, da empresa Renner, cujo relatório compartilhei com vocês. Além disso, temos uma aulta em vídeo, de como usar esta planilha. Como o foco é no entendimento da tese e no Valuation , a próxima recomendação de ações ficará no próximo relatório, para não os sobrecarregar de conteúdo, para que possam aproveitar ao máximo cada publicação. Nos anexos deste relatório vocês encontrarão a planilha de Valuation e também o vídeo explicativo! Planilha modelo e considerações importantes A planilha modelo de Renner é uma planilha simplificada de como funciona uma estimativa de um fluxo de caixa, para dar uma ideia de como podem ser projetados os resultados futuros de uma companhia, e com isso estimar o quanto de potencial ela poderia ter. Tão importante quanto os cálculos, são as premissas utilizadas, as quais são a chave para o resultado obtido. Dados como: · O crescimento da demanda e das vendas, · o PIB do pais, · a evolução de inflação · o preço dos preços dos produtos da empresa · a estimativa da evolução dos custos · os impostos pagos, os benefícios fiscais e a tendencia futura destes · eventuais contingencias judiciais · a regulação setorial Como o Valuation é um exercício de tentar estimar comportamentos futuros, estará sempre sujeito à não concretização das premissas, o que pode fazer com que o resultado na bolsa seja diferente do estimado no Valuation Ainda assim, mesmo sujeito a erros, uma vez que tudo o que sabemos é que não sabemos o que acontecerá exatamente no futuro, o Valuation via fluxo de caixa é uma poderosa ferramenta, utilizada, por exemplo, para: · Cálculos de M&A (fusões e aquisições), para estimar quanto a empresa compradora pagará e por quando a empresa vendedora que vender · Cálculos de valor estimado de ações · Calculo de projetos para medir o valor estimado de retorno · Modelagem financeira de concessões A versão da planilha disponibilizada é simplificada, com o objetivo de que pessoas que não tem contato direto com este tópico possam entender como é o funcionamento básico de uma planilha de projeções e cálculo de potencias de empresas. Existem inúmeras variações desta técnica, com aprofundamento e detalhamentos maiores Outras técnicas também são largamente utilizadas para avaliar empresas, dentre as quais: · Análise de múltiplos, · análise de ROI (retorno sobre o investimento), · análise EVA (valor gerado acima do custo de capital investido) Para além das métricas quantitativas, uma das partes que eu considero mais importante é a parte qualitativa da análise. É importante que o investidor compreenda bem a tese de investimentos e estratégias das empresas em que está investindo, acompanhe os resultados e a economia em que a empresa está inserida, dentre outros fatores que impactam seus negócios. Instruções gerais para o preenchimento do Valuation: Aqui está a planilha de Valuation simplificada para você usar : As células em amarelo são dados estimados que você deve preencher com suas premissas próprias e individuais para cada empresa, bem como com dados já divulgados pela empresa. Demais instruções e explicações adicionais estão no vídeo, em anexo neste relatório, você também pode acessar o vídeo da aula sobre como usar a planilha e explicando o Valuation exemplo da Renner clicando neste link ou abaixo: Abraços Cristiane Fensterseifer CNPI , CGA e consultora de investimentos Clique aqui para ler o Disclaimer

  • Pão de Açúcar (PCAR3): Vale investir pela cisão da Éxito?

    Neste relatório, vou explorar os inúmeros acontecimentos e ativos do GPA - Grupo Pão de Açúcar, e no final você vai ver minha opinião para responder a pergunta: É hora de comprar ou vender as ações do Pão de Açúcar (PCAR3)? O Pão de Açúcar está passando por eventos que podem destravar valor e seus ativos vão muito além da rede de supermercados com o mesmo nome do grupo. Nos últimos anos as mudanças na empresa já foram muitas! Tivemos a cisão da operação de atacarejo Assaí, hoje negociada pelo código ASAI3 na B3. Também tivemos a venda de hipermercados Extra e descontinuidade da operação pelo GPA de hipermercados. Tudo isso faz parte de um plano encabeçado por novos líderes, que inclui monetizar melhor os ativos, zerar a dívida líquida até 2024 e focar nas bandeiras mais rentáveis como a marca Pão de Açúcar no Brasil. Agora mesmo, estamos no meio do processo de cisão da sua operação colombiana Éxito, com distribuição de suas ações para os acionistas de PCAR, que poderá destravar valor, como explicarei mais além. Além disso, temos no rol de possibilidades futuras uma venda ou outra operação da de participações do GPA na europeia Cnova. Cisões, listagens ou venda de unidades podem destravar valor para as ações de suas controladoras. É comum que empresas não estejam bem precificadas abaixo do guarda-chuva de um grupo grande, por fatores como liquidez limitada e falta de holofote/atenção em negócios secundários. Mas não são apenas os eventos societários que movimentam esta tese. As ações PCAR3 negociam com múltiplos projetados para 2023 descontados frente as comparáveis do setor, qual o motivo? O motivo provável a fraqueza dos resultados da operação brasileira após as vendas de hipermercados Extra e cisão da operação de atacarejo Assaí. Para além dos eventos societários com potencial de destravar valor, entendo que o varejo alimentar é um setor resiliente, a empresa está com múltiplos baixos no relativo aos pares e seu plano de zerar a dívida liquida é interessante. No entanto, as margens da operação brasileira são baixas e ela deu prejuízo nas operações continuadas no último trimestre. Ao longo desse relatório vou falar sobre cada uma das operações deste grupo gigante. Você vai se surpreender com as mais diversas lojas e bandeiras que são do GPA. Eu mesma já havia comprado em supermercados no exterior sem saber que eram do grupo. Além disso vou me aprofundar nas operações societárias em andamento e mostrar em cálculos e Valuation, se vale a pena ou não comprar as ações de PCAR3, segundo minha análise. Gigante de alimentos da América do Sul Para quem não está familiarizado com a rede, o Pão de Açúcar é o maior varejista de alimentos da América do Sul, com 1.301 lojas no 3T22. Suas unidades estão espalhadas no Brasil (699 lojas), Colômbia (483 lojas), Uruguai (90 lojas) e Argentina (29 lojas). O Pão de Açúcar é uma empresa controlada pelo grupo varejista francês Casino, que detém 41% de suas ações, enquanto o restante (59%) está disperso em negociação (free float) no segmento Novo Mercado, mais elevado nível de governança corporativa na B3. A empresa é líder em market share nos principais mercados de atuação, com aproximadamente 14% de participação no Brasil, 30% na Colômbia e 40% no Uruguai. As operações no Brasil correspondem a metade de sua receita e Ebitda, seguidas pelas operações da Colômbia, com 34% de sua receita, Uruguai, com 8% de participação das receitas, e Argentina, com 2%. No Brasil, o GPA opera diversos formatos de lojas nas bandeiras Compre Bem, Extra, Pão de Açúcar, além das marcas próprias Qualitá, Taeq, Club des Sommeliers e Finlandek. Na Colômbia, Uruguai e Argentina, atua por meio do Grupo Éxito, cuja participação de 97% foi adquirida por R$ 9,5 bilhões em 2019 – o que se compara ao valor de mercado de R$6 bilhões da PCAR hoje e ao Valor da Firma de R$9,5 bilhões. Além das operações no Brasil e na América Latina, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) detém 34% da Cnova, listada na Euronext com valor de mercado atual de 1 bilhão de Euros ou R$ 6 bilhões. Varejo Brasileiro é muito fragmentado De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o setor varejista brasileiro de alimentos é muito fragmentado e as cinco maiores redes têm menos de 40% de participação, sendo que o GPA responde por 15% das vendas do setor. A tendência de urbanização favorece o Pão de Açúcar, que tem suas atividades concentradas principalmente em grandes cidades. O maior mercado consumidor da rede está no Estado de São Paulo (que tem cerca de 22% da população brasileira), onde estão a maior parte de suas lojas, seguido pelo Estado do Rio de Janeiro. Alimentos tem alta recorrência e oportunidades no digital Vale lembrar que o mercado digital de alimentos possui uma alta recorrência, dado que os consumidores compram os itens muitas vezes ao longo do ano. Segundo estimativas da Euromonitor e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o atual mercado digital de alimentos no Brasil é estimado em R$ 7 bilhões, ou 5% de todo o mercado online. A expectativa é que as vendas online de alimentos cresçam até 20% ao ano até 2025, com a participação deste canal aumentando de 5% para 14%. Se isso ocorrer, o mercado digital de alimentos deve passar de R$ 7 bilhões para R$ 48 bilhões, 7 vezes maior. A operação do Pão de Açúcar deve seguir essa tendência e ganhar receita e market share nas vendas online, atualmente de cerca de 15%. A empresa pode oferecer a coleta, armazenagem e entrega de produtos dos fornecedores e ainda vender serviços financeiros e publicidade, cobrando uma comissão. Marcas próprias vendem bem Nas suas lojas, a empresa vende uma série de marcas próprias em alimentos e itens para o lar, com preços competitivos. As marcas próprias tiveram penetração de 23% nas vendas do grupo e 90% dos clientes que entram na loja consomem. GPA Brasil e estratégia de crescimento O foco do Pão de Açúcar está na operação brasileira e na bandeira Pão de Açúcar e foi nela que focou em seu último Investor Day em dezembro. No início de 2022 o pão de açúcar encontrava-se em uma situação de resultados fracos, com crescimento menor, atrasos nas aberturas de novas lojas, despesas operacionais altas e mais de 300 projetos em andamento. A partir daí, uma nova liderança foi colocada em campo com foco na geração de caixa, crescimento acima da inflação e retorno a um modelo rentável. Os esforços no Brasil serão no mercado premium e mais rentável nas bandeiras Pão de Açúcar e Minuto Pão de Açúcar além do mercado tradicional com as unidades Extra, Compre Bem e Minimercado, que devem passar de 238 para 508 lojas em 2024. Fonte: Pão de Açúcar Podemos sumarizar as iniciativas de melhorias do GPA no Brasil para melhorar seus resultados em: 1. Crescer em formatos de lojas premium com as marcas Pão de Açúcar e Minuto 2. Ampliar as vendas digitais 3. Expandir e desenvolver as marcas de atuação regional e de proximidade (Compre Bem e mini Extra) Mudanças buscam ampliar rentabilidade O objetivo do GPA foi focar em negócios de maior rentabilidade e segmentos premium e de proximidade, das bandeiras Pão de Açúcar, Minuto e Mercado Extra. Com tais medidas, o Pão de Açúcar está buscando uma melhoria de rentabilidade nas sua operação, e objetiva ampliar a margem Ebitda para 8% a 9% e m 2024, saindo de uma margem Ebitda de 6-7% em média nos últimos trimestres nas operações continuadas, após a venda das lojas Extra. Fonte: Pão de Açúcar Histórico de mudanças: Acho relevante falar um pouco dos últimos acontecimentos na operação, para entendermos para onde está indo o GPA. Cisão da Sendas e da bandeira Assaí Em fevereiro de 2021, ocorreu uma reorganização societária com a segregação da unidade de atacarejo, operada pela bandeira Assaí, que passou a ter administração separada dos negócios de multivarejo do GPA. O atacarejo, chamado também de atacado de autosserviço ou cash&carry são lojas criadas para atender clientes que não eram atendidos nem pelos mercados convencionais de auto serviço, nem pelo atacado. Cada ação PCAR3 em 26/02/2021 recebeu uma ação da Sendas (ASAI3), controladora do Assaí. Atualmente, o valor de mercado da Sendas (ASAI3) em Bolsa é de R$ 28 bilhões e o do GPA (PCAR3) é de R$ 6 bilhões. O ASAI3 negocia com múltiplo de 21 vezes comparado a 11 vezes da PCAR3, pois o mercado entende que o atacarejo cresce mais e paga um prêmio por isso. Venda de hipermercados Extra Em outubro de 2021 o GPA vendeu 71 lojas do Extra para o Assaí por R$5 bilhões dos quais R$ 4 bilhões estão sendo pagos pelo Assaí parceladamente de dezembro de 2021 a janeiro de 2024. Com isso o GPA deixou de operar o segmento de hipermercados e a bandeira Extra Hiper foi descontinuada. Das 32 lojas que ficaram de fora da venda para o Assaí, 28 foram convertidas paras as bandeiras Pão de Açúcar e Mercado Extra e 4 foram fechadas. No resultado do 1T22 a operação de multivarejo do GPA registrou um lucro das operações descontinuadas de R$1,5 bilhões por conta de parte do pagamento da operação, e nos trimestre seguintes registrou prejuízo nas operações continuadas no Brasil de R$166 milhões no 2T22 e R$255 milhões no 3T22. Próximas mudanças e cisão do Éxito: Grupo Éxito: líder na América Latina O Grupo Éxito é uma rede de varejo alimentar com forte presença na América Latina, líder no mercado varejista de alimentos na Colômbia e no Uruguai. A operação foi adquirida em 2019 pelo Pão de Açúcar por R$ 9,5 bilhões Fonte: Investing A Exito tem 28% de participação de mercado em supermercados na Colômbia, onde é o maior empregador privado, 43% de market share no Uruguai e 9% na Argentina. As receitas de US$4 bilhões do Éxito nos últimos 12 meses vieram 75% na Colômbia, 17% do Uruguai e 8% da Argentina. O Ebitda de US$ 340 milhões nos últimos 12 meses veio 76% da Colômbia, 20% do Uruguai e 4% da Argentina. Exito na Colômbia: Mercado e Shopping O Exito tem três modelos principais de mercados na Colômbia: O modelo de loja Éxito Wow tem 210 lojas e passa por um plano de ampliação com conversão de outras lojas para esse formato, as quais ampliam em 27 p.p as vendas 24 meses após a conversão. Já o modelo Carulla FreshMarket, que tem foco em alimentos frescos, tem 104 lojas e também mostra aumento de 12 p.p nas vendas 24 meses após a conversão de modelo. Além disso, o Éxito possui um formato de baixo custo, com 42 lojas da marca Surtimayorista. Além dos mercados, o Éxito tem uma operação imobiliário, com 758 mil m2 de área bruta locável, dona do shopping líder na Colômbia, o Viva Malls, com 568 mil m2 de área bruta locável, 96% ocupada, que representou 40% das receitas da Exito nos últimos 9 meses e 13% do Ebitda recorrente, com margem de 60%. Fonte: Pão de Açúcar Além disso um braço financeiro, Tuya, que é o maior emissor de cartões na Colômbia, com 2,5 milhões de cartões e uma carteira de empréstimos de COP $ 4,6 bilhoes. Éxito Uruguai e Argentina A Exito no Uruguai tem o maior market share no mercado mais sofisticado da américa latina, o Wiso, com 90 lojas e a operação rentável, com 10% de margem Ebitda. Na Argentina opera num modelo de real state mais varejo e além de 25 lojas tem 15 shoppings com 170 mil m2 de área bruta locável com 90% de ocupação. O Grupo Éxito é um ativo defensivo, com sólido posicionamento de mercado, com crescimento e rentabilidade. Os resultados do Éxito tem sido crescentes como mostram os gráficos abaixo, e com solido desempenho financeiro, o que tem favorecido a distribuição de dividendos para os acionistas e o GPA. Fonte: Pão de Açúcar Cisão do Éxito – próximas etapas Em fato relevante em setembro de 2022 anunciou a cisão do Grupo Éxito, até o 1° semestre de 2023. A segregação da Éxito proposta é por meio de uma redução de capital, no valor de R$ 7 bilhões com a entrega aos acionistas do GPA de ações ordinárias de emissão do Éxito de propriedade do GPA. Ou seja, o GPA distribuirá 83% das ações que detém na Éxito aos seus acionistas. Cada acionista do GPA (cada ação PCAR3) receberá 4 ações de emissão do Éxito ou recibos de ações (ADRs e BDRs). Por se tratar de ações emitidas por emissor estrangeiro, as ações do Éxito serão distribuídas na forma de BDRs e ADRs. As ações de Éxito entregues aos acionistas do GPA correspondem a 86% da participação do GPA no capital do Éxito (excluídas as ações em tesouraria). Após a conclusão da transação a participação do GPA na Éxito vai ir de 96% para 13%. A nova composição acionário do Éxito fica : 13% GPA, 34% Casino e 53% free float, ou seja os demais acionistas (basicamente acionistas atuais do PCAR3) Incluindo a participação de 13% que será mantida pelo GPA o grupo Casino deterá 47% do capital social do Éxito, sendo seu controlador. Por 30 dias depois da entrega dos ADRs e BDRs, os acionistas do GPA que quiserem converter os títulos recebidos na B3 para os da bolsa de Bogotá ou Nova York estará isento de taxas. Em 09/01/2023, o Conselho de Administração do GPA aprovou a proposta de redução do capital, bem como proposta de aumento de capital no montante de R$ 2 bilhões por capitalização de reservas, sem a emissão de novas ações, que será submetida a aprovação na AGE de fevereiro. O aumento do capital social pela incorporação de reservas será para obter capital suficiente para distribuir as ações da Éxito aos acionistas Após a transação, o GPA terá R$ 1,3 bilhão remanescente em capital e R$ 6,1 bilhões em reservas a partir do 3T22. A proposta vai ser submetida à aprovação dos acionistas em assembleia geral extraordinária (AGE) convocada para o dia 14 de fevereiro de 2023. Depois da AGE há um prazo de 60 dias para oposição dos credores à transação. Em seguida, o programa de BRD passará pelo crivo da B3, e o de ADR pela bolsa americana e a expectativa é que o registro dos BDRs na CVM e o das ADRs na SEC e distribuição aos acionistas de PCAR aconteça em abril. O fim da cisão será marcado pelo pagamento extraordinário dos dividendos do Grupo Éxito. Cisão do Éxito pode destravar valor Separando os ativos, esperamos permitir o mercado precificar melhor as companhias, tal como ocorreu com o Assai em 2021 Atualmente PCAR3 negocia com desconto significativo, com valor de mercado de R$ 5 bilhões, enquanto o Grupo Éxito tem valor de mercado de R$5 bi sendo que o GPA detém atualmente cerca de 97% do Éxito. E o Éxito tem sua liquidez aumentada e sua gestão passa a ser independente. Fonte: Pão de Açúcar Considerando o valor atual de mercado de R$5 bilhões da Éxito, teríamos cerca de R$19 por ação, quase o mesmo valor do PCAR3 na B3, ou seja, as ações precificam praticamente zero valor para as operações brasileiras e para a Cnova. O aumento de liquidez das ações do Éxito, listadas na Colômbia, pode favorecer a precificação do ativo, ainda que ADRs/BDRs de Éxito devem ter um desconto de liquidez, uma vez que o total de ações em circulação seria basicamente composto por acionistas de GPA. Observe a movimentação das ações da Éxito que hoje operam com apenas 3% de free float e baixíssima liquidez na bolsa colombiana: Fonte: Yahoo Finance Os múltiplos descontados do Éxito na bolsa colombiana, onde negocia com um P/L de 13 vezes tendem a reduzir os riscos de queda brusca após a operação. Cnova: uma participação em e-commerce Após a cisão do Éxito, a operação mais esperada pelos investidores passa a ser a venda da participação de 34% que o Pão de Açúcar tem na Cnova, empresa de e-commerce líder na França, listada na EuroNext. A Cnova negocia com valor de mercado de cerca de 1 bilhão de euros na Euronext (Bolsa em Paris), o que é cerca de 6 bilhões de reais, após queda expressiva como mostrado no gráfico, acompanhando o que ocorreu com empresas tech. Fonte: Google Considerando o valor de mercado atual da Cnova em reais, a participação de PCAR3 na empresa é de R$2 bilhões, ou 37% do valor de mercado a que negocia o Grupo Pão de Açúcar em Bolsa hoje, conforme a tabela abaixo: Fonte: www.investe10.com.br Valuation do Pão de Açúcar (PCAR3) Uma forma que acredito fazer sentido é avaliar o negócio é somar o valor de suas operações. O valuation considera as operações do GPA Brasil (multivarejo) e as do Grupo Éxito (Colômbia, Uruguai e Argentina) e a participação de 34% no e-commerce europeu Cnova, listada na Euronext Paris. Como resultado da soma das partes, ou seja, do valor de mercado justo calculado com base no fluxo de caixa projetado da operação de multivarejo somado ao da operação da Éxito chego o preço alvo de potencial mostrado na tabela abaixo: Fonte: www.investe10.com.br Este preço alvo que eu encontro está dentro do range de preço estimado compilado com 14 analistas pelo Yahoo Finance, mostrado abaixo: Fonte: Yahoo finance Na soma das partes o Éxito está estimado em R$8 bilhões após a cisão, conforme valuation via fluxo de caixa descontado, um valor semelhante ao da sua aquisição em 2019 pelo GPA, de R$9 bilhões, e considerando já uma reprecificação dos atuais R$5 bilhões de valor de mercado, com melhora na liquidez. Esta valorização implicaria em uma expansão de múltiplos da Exito do atual EV/EBITDA de 4x 2023 passando pra 6x. ...Já a Cnova está avaliada pelo preço atual na bolsa. E a operação do GPA no Brasil está entrando na soma das partes com valor negativo de R$3 bilhões na soma das partes e eu explico o motivo: Primeiro, quando analisamos a operação restante no Brasil, após a cisão do Assaí e também a venda dos hipermercados Extra, temos um resultado das operações continuadas negativo no Brasil, com queda de margens, conforme mostro nos gráficos abaixo: Fonte: Pão de Açúcar Em segundo lugar, a operação de multivarejo do Pão de Açúcar do Brasil tem cerca de R$4 bilhões de dívida líquida, o que acaba pesando contra no seu valuation. Fonte: Pão de Açúcar Meta de zerar a dívida do GPA Além da cisão do Éxito, o Pão de Açúcar pretende sair dos R$ 4 bilhões de dívida liquida atualmente para R$ 1 bilhão de dívida líquida no fim de 2023 e zerar dívida líquida em 2024. O plano pode contemplar: 1. Recebimento da última parcela da venda dos hipermercados Extra 2. Dividendos ordinários do Grupo Éxito Plano de venda de ativos imobiliários e postos que não são o foco da empresa 3. Venda da participação de 13% restantes do GPA no Éxito 4. Venda da fatia que o GPA tem na Cnova Além da rede de supermercados Pão de Açúcar outras empresas e marcas do grupo, como o CompreBem, James Delivery, Stix, Cnova poderiam ser cindida ou listadas e com isso obter uma melhor precificação pelo mercado e monetização ou venda destas operações. Conclusão: Risco da operação no Brasil pesa contra Apesar do destravamento de valor que pode ocorrer nas operações no exterior com a Cisão do Éxito, que acredito realmente estar precificado abaixo do potencial, entendo que a operação Brasileira restante precisa mostrar melhorias importantes. A empresa passou a expectativa e meta de ampliar as margens por meio das melhorias anunciadas, o que em minha opinião é muito importante e necessário para destravar maior valor do papel. Além disso, colocou como meta zerar a dívida liquida de R$4 bilhões até 2024, o que é importantíssimo para conseguir uma melhor rentabilidade liquida na operação brasileira, que está com uma despesa financeira liquida trimestral de R$186 milhões no 3T22, comendo o lucro dessa operação. Considerando o resultado consolidado da empresa no 3T22, tivemos R$ 313 despesa financeira liquida de R$313 e um lucro líquido das operações continuadas de R$196 milhões. Dessa forma, boa parte da explicação dos múltiplos históricos da PCAR3 comprimidos perto das pares brasileiras, como pode ser visto no gráfico abaixo, deve-se a venda de ativos, além das operações do Éxito. Fonte: Oceans14 Após muito estudar e refletir, buscado por uma oportunidade de investimento que talvez se apresente pela cisão da Éxito, decidi que, por enquanto não vou adicionar as ações dado o potencial limitado de alta, em contraposição com os riscos de resultados abaixo do esperado da operação local. Continuarei acompanhando os resultados do Pão de Açúcar, principalmente com o objetivo de avaliar a melhoria de margens da operação brasileira, mas nesse momento sem sugerir compra da ação. Riscos do case Nunca devemos desconsiderar os riscos ao investir em ações. Dentre os riscos, acredito que uma inflação acentuada no Brasil, que piore o poder de compra da população, bem como uma maior deterioração econômica são os fatores que mais prejudicariam a empresa. Rumores negados pela empresa sobre o interesse do empresário Abílio Diniz em comprar os ativos detidos pelo Casino, controlador do GPA. Além disso a melhoria nas margens da operação brasileira pode não ocorrer conforme o planejado, e com isso prejudicar uma valorização das ações. Por fim, a operação de cisão pode ser cancelada por algum motivo, como negativa dos credores, e isso faria as ações sofrerem com a falta deste gatilho. Abraços Cristiane Fensterseifer, CNPI e CGA 26/01/2023 Link para Disclaimer: aqui

  • O otimismo audacioso do Banco Inter (INTR/ INBR32) merece sua atenção!

    Um dos bancos mais baratos da bolsa pela métrica preço sobre valor patrimonial fez seu investor day hoje e trouxe novidades interessantíssimas que conto para vocês aqui. Para se ter uma ideia, o Inter planeja chegar a 60 milhões de clientes em 5 anos, um numero parecido com os dos maiores bancos do país. Mas antes de continuar a contar os destaques do evento, eu acho interessante falar do case do banco para entendermos bem sua estrutura atual. É bom também lembrar do motivos que o fizeram ficar com sua cotação tão depreciada (queda de mais de 80% do pico), o que para mim se explica pela sequência - até um pouco azarada - de dois eventos: 1) Migração da listagem das ações para os EUA bem no momento que iniciaram as quedas fortes da Nasdaq por lá, com o início da alta de juros... 2) Após já ter sofrido muito com as altas de juros no Brasil, que pegou em cheio empresas de tecnologia e de menor capitalização. Com preço sobre valor patrimonial (PVPA) de apenas 0,7 vezes atualmente, o Inter negocia parecido com o PVPA do Banco do Brasil (BBAS3) de 0,8 vezes, mas muito mais barato nessa métrica que o Itaú (ITUB4) com PVPA de 1,6 vezes, por exemplo ou BTG (BPAC11) a 2 vezes, ou Santander (SANB11) a 1,4 vezes. Nem tanto ao céu, nem tanto a terra – Banco Inter A expressão do título “Nem tanto ao céu, nem tanto a terra” indica que não devemos ser radicalmente estritos em um sentido, nem radicalmente no sentido oposto. O Banco Inter (INTR na Nasdaq e INBR32, o BDR na B3) já negociou a preços de “céu” com um valor de mercado que talvez não fosse condizente com os riscos e desafios do negócio. Após cair mais de 80%, podemos dizer que os preços negociam na bacia das almas? Como diria Warren Buffet, o senhor mercado é maníaco depressivo, bipolar, e quem um dia era queridinho no outro ninguém quer. O fato é que o Banco Inter é um dos bancos de maior crescimento no Brasil, junto com o Nubank (que ganhou o dinheiro do famoso investidor Warren Buffet, esse sim, não o IRB, hehe). Migração para a Nasdaq O banco migrou suas ações para a Nasdaq, e hoje para investir nela ou você pode comprar as ações na bolsa de tecnologia americana, onde negociam pelo ticker INTR ou adquirindo os BDRs, ou seja, recibos lastrados nas ações, negociados na B3, pelo código INBR32. O Inter decidiu migrar a negociação de suas ações para a bolsa de tecnologia dos EUA, com o intuito de ganhar melhor visibilidade, maior exposição ao capital estrangeiro e ter uma avaliação mais comparável com pares internacionais. Além disso, o banco mira uma internacionalização das suas operações, o que é bem vindo para mitigar o risco Brasil. Tal movimento de migrar para o exterior já foi feito por várias empresas brasileiras, como o concorrente Nu Bank, para negociar em bolsas de maior capitalização, número de investidores e volume negociado. A operação deixou os acionistas do Inter decidirem se queriam solicitar receber em dinheiro o que detinham em ações negociadas na B3, ou então migrar para BDRs (recibos de ações estrangeiras), caso não solicitassem nada. Stocks ou BDRs – você sabe o que escolher? Antes de mais nada, um BDR (INBR32) equivale a um Class A Share (INTR). Os BDRs tem sua cotação em reais, e um BDR (INBR32) negocia a R$13,12 na B3 enquanto escrevo, enquanto uma Class A Share (INTR) custa US$2,52 na Nasdaq. A diferença, naturalmente, está no câmbio dólar/real. A escolha entre comprar ações ou BDRs fica a seu critério, a depender de onde você tem conta, mas a liquidez das ações listadas no exterior e a tributação são vantagens de comprar ações diretamente, como eu explico abaixo: Se você investe diretamente nas ações INTR, o patrimônio fica em dólar e é importante verificar o spread da conversão da moeda cobrado pela corretora que você utilizar, como Inter, Avenue, Nomad, etc, bem como a corretagem cobrada. Você pode ler a comparação completa das plataformas para investir no exterior aqui neste relatório onde fiz um levantamento de tudo que tem disponível para investir no exterior e os custos. Vale lembrar que até R$35 mil vendidos de ativos por mês nas bolsas americanas não é necessário pagar imposto de renda, o que é uma vantagem das stocks em relação aos BDRs. Os BDRs tem como vantagem a praticidade de serem negociados na B3 e você poder comprar pelo Home Broker que já utiliza para comprar ativos no Brasil, sem os custos de remessas para o exterior, no entanto os BDRs não contam com a isenção de imposto de renda em vendas de até R$20 mil, como as ações, e são tributados em 15% sobre o lucro da venda. Faz sentido da queda de mais de 80% do Inter? Primeiro, interessante perceber que o Banco Inter migrou para a Nasdaq talvez em um dos momentos em que os investidores estejam menos afeitos a teses de tecnologia. Veja no gráfico abaixo que o índice que reflete as ações da Nasdaq caiu 31% desde o topo ocorrido em novembro do ano passado Fonte: Google Tal como ocorre na bolsa brasileira, incontáveis ações caíram muito mais do que o índice. Veja o que aconteceu, por exemplo, com as ações do Netflix, que chegaram a cair 76% desde a máxima. Dito isso, o principal motivo na minha opinião para a queda das ações do Banco Inter está no cenário macro. Com taxas de juros maiores aqui e no exterior os investidores venderam cases de tecnologia, que foram as grandes estrelas durante a pandemia e migrou seus investimentos para renda fixa ou para as empresas que tem geração de caixa no presente. Não é o caso do Inter, cujo maior valor está no que se espera dele no futuro, tal como é o caso das ações de crescimento. A queda do Banco Inter me parece exagerada uma vez que atualmente negocia a um valor de mercado de US$1 bilhão, comparativamente a US$17 bilhões do que eu considero seu melhor comparável, o Nubank, tendo o primeiro cerca de 24 milhões de clientes e o segundo cerca de 60 milhões. Além disso, o crescimento do Inter é impressionante: Fonte: Inter A queda radical das ações do Inter: Quando ainda era listada na B3, suas ações BIDI4 (gráfico abaixo) caíram da cotação máxima de R$28,95 para R$3,41 por ação no último dia de negociação na B3, uma queda de 88%. Fonte: ADTVN Após a listagem no exterior e negociação dos BDRs na B3, em 24 de junho, as ações do Inter caíram mais 26% (gráfico abaixo) de forma que, da máxima, a empresa acumule uma queda de cerca de 90% em seu valor de mercado. Fonte: Google Inovador, mais com experiência Apesar da pegada de tecnologia o Inter não é um novato. As operações iniciaram em 1994, com a Intermedium Financeira. Em 1999 passou a atuar com crédito para empresas e depois com crédito consignado. Em 2007 iniciou o trabalho com crédito imobiliário, o que tem tudo a ver com seus controladores, a família Menin que é também controladora da construtora MRV. Fonte: Inter Com sua licença como Banco Multiplo emitida em 2008, ficou famoso por sua conta digital sem taxas, que atraiu muitos clientes. Em 2012 foi criada a Intermedium Seguros e no ano seguinte a Intermedium DTVM. Seu IPO na B3 ocorreu em 2018 foi realizado o IPO na B3 e as ações (BIDI3, BIDI4 e BIDI11) puderam ser negociadas até o dia 20 de junho de 2022, quando migrou para a Nasdaq. O Banco Inter é, por nascença, inovador e disruptivo o que talvez o torne mais “leve” para navegar as exigências de rápida inovação dos clientes entrantes, do que os bancões. Muitas áreas de crescimento, com foco em agregar serviços: Vaja nos gráficos abaixo o impressionante crescimento do Banco Inter e como ganha relevância a receita de serviços, que já é 35% da receita total: Fonte: Inter Agora vou falar um pouco sobre cada uma das principais áreas, segmentos e avenidas de crescimento que o banco tem 1) Super App: Oferece não apenas serviços bancários como varejo de produtos e serviços por meio de um marketplace com parcerias com diversas varejistas e outras empresas, alavancando as venda com descontos e cash back para os cliente. Importante destacar que o GMV, ou seja, as venda brutas totais continua crescendo muito fortemente no Superapp, mesmo com a desaceleração recente do varejo online pós pandemia. O Take-rate (parte que fica de receita para o Inter do GMV) também esta crescendo ano a ano. Fonte: Inter 2) Seguros: O Inter Seguros vem crescendo de forma acelerada suas receitas de seguros, com diversas categorias, de seguros para residência a seguros saúde, os quais são ofertados aos clientes por meio de parcerias estratégicas como coma Wiz (WIZS3). Fonte: Inter 3) Investimentos: As receitas da Inter Invest crescem mais de 100%, já são 2,4 milhões de clientes ativos de investimentos e 62 bilhões de reais em ativos sob sua custódia. Mais recentemente foi lançada a plataforma global propiciando investimentos no Exterior. Foi o primeiro a oferecer Cash Back no investimento em fundos e lançaram inúmeros fundos imobiliários e ETFs na B3, retornando uma parte do que seria capturado por intermediários aos seus clientes. Fonte: Inter 4) Conta internacional e plataforma global: A Inter além de oferecer a conta internacional e de investimentos (mais barata do mercado como eu contei aqui neste relatório onde fiz um levantamento de tudo que tem disponível para investir no exterior), também está global, oferecendo a residentes nos EUA os seus serviços: Fonte: Inter 5) Crédito: A concessão de crédito do Inter cresce em média 60% ao ano desde 2018 e o Inter não é um novato, como descrevemos, atua desde 1994. Fonte: Inter Um olhar na inadimplência, o que todos temem no setor! As taxas de inadimplência, como mostra o gráfico abaixo, aumentaram principalmente no cartão de crédito e PME (Pequenas e Medias empresas) devido a situação econômica do país, mas estão abaixo dos concorrentes. Apesar do risco de inadimplência nunca poder ser subestimado a carteira do Inter é de baixo risco pois 70% da carteira de crédito é colateralizada. Entendo que a inadimplência deve continuar pressionada no curto prazo, mas a cobertura de crédito nestas linhas é alto, em mais de 200% no caso das PMEs e mais de 100% no cartão de crédito, que são as linhas com maior risco. Fonte: Inter 6) Serviços e Inter Commerce Plus: Em um mundo cada vez mais digital, onde a vida é permeada por aplicativos, investir num aplicativo multifunção com alto perfil inovador e grande captura de clientes parece fazer todo o sentido. A empresa quer ajudar o cliente a gerenciar todos os seus gastos desde as mais cotidianas como pedir comida ou pagar conta de energia até a saúde Isso aumenta muito o engajamento do cliente no SuperApp e com a marca, alimentando os dados obtidos e permitindo ainda melhores serviços oferecidos pelo Inter. A figura abaixo mostra todos os serviços já disponíveis: Fonte: Inter A. Dr. Inter: Uma Plataforma de Telemedicina permite agendar consultas com um clique, fazer consultas virtuais de casa com uma gama completa de profissionais desde Clínicos gerais e especialistas até psicólogos e nutricionistas B. Telefonia com a Intercel: A operadora de telefonia do Banco Inter, chamada Intercel, é uma operadora Mobile Virtual Network Operator (MVNO) e iniciou suas operações em 2020 e seus planos de telefonia e internet móvel já estão disponíveis para serem contratados pelo super app do banco, representando mais um canal de fidelização e monetização no Super App. E o Valuation? Como avaliar o Inter? Comprar ou vender O Banco Inter não deve ser avaliado como um banco tradicional, em minha opinião, mas como uma empresa de tecnologia, com muito mais canais de crescimento. Vamos ser sinceros, fazer o Valuation nos moldes tradicionais, para empresas de crescimento não tem se mostrado totalmente muito preciso nos últimos tempos... Estas empresas caracterizam-se por privilegiar, num primeiro momento, um investimento mais alto e uma alta captura e fidelização dos seus clientes. O foco total das empresas de crescimento e tecnologia é atender as demandas existentes pelos clientes e sanar as deficiências dos mercados em que pretendem atuar. O Inter foi precursor parando de cobrar taxas detestáveis e poupando o tempo dos clientes de ir a uma agência. A comparação de múltiplos de P/L (preço/lucro), por exemplo, também não nos dará uma métrica totalmente válida de decisão de investimento dado o perfil de crescimento do Inter, que você pode ver abaixo, na métrica de lucro bruto Fonte: Inter Atualmente o múltiplo P/L do Inter de 12 meses seria de mais de 50 vezes, o que parece exorbitante perto das 5 vezes do banco ABC, ou Banco do Brasil. Empresas de alto crescimento como o Banco Inter não deveriam ser avaliadas pelo P/L, na minha opinião, uma vez que estão investindo massivamente em desenvolver soluções e crescer em clientes para , no futuro, lucrar. Se o P/L é alto, o preço sobre valor patrimonial (PVPA) de apenas 0,7 vezes atualmente, o Inter negocia parecido com o PVPA do Banco do Brasil (BBAS3) de 0,8 vezes, mas muito mais barato nessa métrica que o Itaú (ITUB4) com PVPA de 1,6 vezes, por exemplo ou BTG (BPAC11) a 2 vezes, ou Santander (SANB11) a 1,35 vezes. Fonte: Oceans14 A chave está na receita de serviços! O Banco Inter, deverá oferecer muito mais linhas de serviços para seus clientes, de forma que a rentabilização do negócio não será totalmente comparável ao lucro obtido pelas gordas margens obtidas pelos bancos, as quais, aliás, acreditamos que devem apresentar ao longo dos próximos anos uma tendência de queda. Veja como a receita de serviços cresce e ganha relevância nas receitas do Inter ao longo do tempo, como mostra o gráfico: Fonte: Inter Estamos entrando em uma nova era nos serviços financeiros, e acreditamos que quem tiver mais agilidade nesta mentalidade tende a performar melhor o futuro. As siglas essenciais para entender negócios de tecnologia A rentabilização dos negócios do Inter vai se dar por meio de uma maior receita média por usuário ativo (ARPAC) o que dilui ou cost to serve (CTS) ou seja, com as mesmas despesas o banco vai gerar mais e mais receitas. Enquanto as receitas crescem, o custo por cliente novo , ou CAC, custo de aquisição de cliente, cresce em menor proporção, uma vez que 80% da aquisição de novos clientes é orgânica, apoiada pelo boca-a-boca e marca forte. Além disso os custos de servir do Inter são de R$17 por mês por cliente, ante a média de R$59 dos concorrentes, amparado na sua origem digital e leve em custos. O banco também tem baixo custo de funding (cisto do dinheiro que ele vai emprestar) pois tem alto percentual de depósitos a vista devido à sua base de crescente de depósitos do varejo. Os depósitos a vista são 38% do funding total do Inter e apenas 3% na média dos concorrentes. Desta forma, o custo é 50% mais baixo que o de outros Bancos Digitais e inferior ao dos bancos tradicionais. O gráfico abaixo mostra a evolução destas três importantes métricas. Fonte: Inter Dito isso, é fato que um Valuation se torna mais difícil, ainda mais em cenários de taxas de juros elevadas, mas vamos considerar algumas comparações. O gráfico abaixo mostra o valor de mercado por cliente dos bancos, e podemos ver que o Inter negocia com um desconto muito grande frente ao seu par mais comparável, o Nubank, mas também frente aos bancos tradicionais. Aqui já teríamos uma fonte de potencial valorização, motivo pelo qual eu indico o banco nas carteiras recomendas. Fonte: Investe10 Posição financeira robusta: Para dar sustentação ao elevado crescimento de clientes o banco fez vários processos de captação. Sua terceira oferta nos últimos três anos, que ocorreu em julho de 2021, logo antes da queda dos mercados, levantou nada menos que R$ 5,5 bilhões (praticamente o seu valor de mercado total hoje). Sendo o preço por ação foi fixado em R$ 57,84 por ação na época, ou R$19,28 após o split de uma para 3 ações, preço muito superior ao que o que o banco negocia hoje. Os fundos obtidos na oferta servirão para financiar a implementação do seu plano de negócios, investir em novos produtos e em potenciais aquisições. Com tal captação, o banco possui o índice de basileia (quanto de patrimônio líquido, o bando possui frente a geração de empréstimos que realiza) muito confortável e uma bela posição de caixa, de forma que mantem uma boa segurança Fonte: Banco Inter O futuro a Deus pertence, mas a mensagem do Investor Day foi no mínimo otimista. Como o Inter vai gerar valor ? A fórmula do crescimento, é pegar todos aqueles dados mencionados acima, ou seja, crescimento forte no número de clientes e engajamento e uma plataforma muito completa em serviços, para aumentar a receita por cliente (ARPAC). Veja como os clientes aumentaram o numero de serviços usados ao longo do tempo: Fonte: Inter Com isso o ARPAC mensal vem crescendo em uma base DIVERSIFICADA. Ou seja, da receita por cliente de R$50 por mês do gráfico abaixo, 42% vem de receita por juros de empréstimos e financiamentos, 23% é receita de liquidez de depósitos e 32% são receitas de serviços e comissões! Fonte: Inter Com maior conhecimento de marca e uma excelente nota atribuída aos serviços pelos clientes, os custos de aquisição de clientes são menores e o investimento em tecnologia e numa plataforma que nasceu digital (sem agencias) caracteriza sua busca por uma estrutura de custos mais enxuta. Maiores receitas e menores custos devem se traduzir em lucros crescentes. Fonte: Inter Com essa formula, o Banco Inter estima uma ROE de 30% em 2027 – ou de 17% se pagar dividendos mínimos - pelo que falou no seu evento a investidores e conforme a matéria do Brazil Journal: O ROE de 30% seria acima do retorno de qualquer bancão hoje, que bate nos 21% e em geral volta depois para as médias... Já o ROE de 17% estaria mais em linha, mas é difícil acreditar, dado que o lucro hoje é ainda muito menor. O Inter também deu como ideia de carteira de crédito um valor de mais ou menos R$ 100 bilhões (dos R$25 bilhões atuais o que implica 35% de crescimento ao ano) e um lucro líquido de R$ 5 bilhões em 2027. Fonte: Brazil Journal Riscos do Investimento em Banco Inter O Banco Inter é sem dúvida um investimento de perfil de risco maior na minha opinião, pois muito do seu resultado e lucro está esperado para o futuro e por isso guarda maior incerteza. Como pimenta demais pode estragar a comida, qualquer um que decida por investir na empresa tem que ter esta noção e por isso eu não alocaria uma parcela relevante do capital nele. Os riscos do investimento residem basicamente na capacidade do Banco Inter de entregar crescimento robusto e continuado Caso o banco pare de ter sucesso na sua estratégia de crescimento de número de clientes e implementação satisfatória de novos negócios e avenidas de crescimento, como os novos serviços ofertados , as ações podem ser impactadas. Outro risco do case do Banco Inter é a monetização destes novos clientes e produtos, que tem de ocorrer no futuro, para justificar os investimentos em crescimento e desenvolvimento da plataforma. O banco diferencia-se pela abordagem tecnológica, que o permite menores custos, como custo com agencias bancarias e pessoal, que conseguem ser imensamente reduzidos e mais eficientes em um banco. É importante que o banco consiga transformar este crescimento em um lucro consistente, e caso seus resultados em termos de lucro sejam decepcionantes, não conseguindo monetizar e transformar satisfatoriamente a base de clientes em receitas e resultados, as ações podem sofrer. Crise da economia: Os resultados do banco ainda devem sofrer impactos nos próximos trimestres pela crise que vivemos com maiores provisões par a inadimplentes. https://youtu.be/oalTGwAlKL0 Abraços Cristiane Fensterseifer CNPI e CGA 18/01/2023 Disclaimer Exoneração de responsabilidade e informações importantes: Os conteúdos podem mencionar possibilidades de lucro financeiro decorrente de investimento, eximindo-se a analista de qualquer responsabilidade sobre eventuais prejuízos do cliente em decorrência da tomada de decisão deste. Recomendações de investimento mesmo quando são fundamentadas pela avaliação criteriosa de um analista certificado, podem não estar corretas e não antecipar o comportamento dos mercados com exatidão. Padrões, histórico e análise de retornos passados não garantem rentabilidade futura. Todo investimento financeiro, em maior ou menor grau, embute riscos que podem ser mitigados, mas não eliminados. Nunca devem ser alocados em renda variável recursos destinados a despesas imediatas ou de emergência, bem como valores que comprometam o patrimônio do cliente. A analista não realiza intermediações financeiras e não obtém nenhum tipo de receita advinda de comissões, corretagens ou emolumentos sobre montantes aplicados, cabe ao investidor a exclusiva responsabilidade pela execução de operações junto à respectiva instituição financeira na qual possua conta aberta. Os analistas têm, ou podem vir a ter, posições nos investimentos recomendados. O disclaimer não se sobrepõe à legislação e regulamentação vigentes. ATENÇÃO: Retornos passados não são garantia de retorno futuro. Investimentos envolvem riscos e podem causar perdas ao investidor. Cada investidor deve desenvolver suas próprias análises e estratégias, considerando seu nível de risco e perfil de investidor. Ao assinar, adquirir ou utilizar quaisquer de nossos produtos ou serviços, você concorda e sujeita-se ao Termo de Uso sem o qual não poderá contratar o serviço: TERMO DE USO: VOCÊ CONCORDA QUE INVESTIMENTOS ENVOLVEM RISCOS E QUE O MATERIAL DISPONIBILIZADO AQUI NÃO OFERECE GARANTIA DE RETORNO, EXPRESSA OU IMPLÍCITA, CABENDO AO CLIENTE POS SUA OPÇÃO, CONTA E RISCO COLOCAR EM PRÁTICA INVESTIMENTOS BASEADOS EM TAIS INFORMAÇÕES. Cada investidor deve desenvolver suas próprias análises e estratégias. Declaração do(s) analista(s) de valores mobiliários(de investimento), nos termos da CVM nº 20/2021 O analista de investimento, ou de valores mobiliários, envolvido na elaboração deste relatório declara que as recomendações contidas neste refletem exclusivamente suas opiniões pessoais sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma. 1. O(s) analista(s) de investimentos, envolvidos na elaboração deste relatório, não tem vínculo com pessoa natural que trabalha para o emissor objeto do relatório de análise. 2.O(s) analista(s) de investimentos, seus cônjuges ou companheiros, podem deter, direta ou indiretamente, em nome próprio ou de terceiros, ações e/ou outros valores mobiliários de emissão das companhias objeto de sua análise. 3.Os analistas de investimento, seus cônjuges ou companheiros, podem estar direta ou indiretamente envolvidos na aquisição, alienação ou intermediação dos valores mobiliários objeto deste relatório. 4.Os analistas de investimento, seus cônjuges ou companheiros, podem ter direta ou indiretamente, interesse financeiro em relação à companhia emissora dos valores mobiliários analisados neste relatório. 5.Os analistas de investimento, seus cônjuges ou companheiros, negociam com cotas de fundos de investimento que concentram seus investimentos na companhia analisada ou em seu setor da economia, ou em cuja administração ou gestão podem influenciar, direta ou indiretamente. As opiniões são individuais do analista a partir da sua percepção e analise, bem como projeções e entendimento e sempre são sujeitos a mudanças acompanhando os fatos. O conteúdo não constitui oferta de negociação de valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros. O analista responsável pela elaboração do conteúdo declara, nos termos do artigo 17o da Instrução CVM nº 20/2021, que suas recomendações refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e são elaboradas de forma independente. Declaração do(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento) envolvidos na elaboração deste relatório, nos termos da CVM nº 20/2021 1. O(s) analista(s) de investimento, ou de valores mobiliários, envolvido(s) na elaboração deste relatório (“Analistas de investimento”), declara(m) que as recomendações contidas neste refletem exclusivamente as suas opiniões pessoais sobre as companhias e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, . 2. O(s) Analista(s) de investimento podem see titulares de valores mobiliários objeto do presente relatório. Os relatórios específicos são de uso exclusivo dos adquirentes e não podem ser reproduzidos ou distribuídos. A reprodução indevida de relatórios ou trechos está sujeita a multa e demais punições cabíveis, de acordo com artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98. Cada investidor deve desenvolver suas próprias análises e estratégias.

  • entenda a bomba (contábil) que caiu nas americanas - amer3

    O RENOMADÍSSIMO executivo Sergio Rial deixou a presidência das Americanas apenas 10 dias após assumir o cargo, citando inconsistência contábeis de R$20 bilhões no balanço da empresa! O mercado financeiro entrou em choque. Rial trazia esperança no turnaround da empresa e AMER3 tinha subido 40% desde 03 de janeiro. Só sua saída já poderia fazer estrago nas ações. Mas para piorar, os R$20 bi de inconsistência são quase o dobro do valor de mercado da empresa em bolsa. Por isso, estimo queda forte em AMER3 hoje. Agora eu explico: O PROBLEMA DAS AMERICANAS SEGUNDO O QUE DEU PARA PEGAR DO RIAL NA LIVE BTG Mas antes de continuar: Gostou deste material ? ESPALHA POR AÍ! SE VOCÊ NÃO É ASSINANTE, CLIQUE AQUI PARA ASSINAR E TER ACESSO A MINHAS AÇÕES FAVORITAS... ou cadastre-se no site www.investe10.com.br para receber os conteúdos gratuitos Problema discutido a tempos no varejo brasileiro desde anos 90 na rede de varejo cento O Risco Sacado é a antecipação de valores a fornecedores que enviam suas notas, solicitam antecipação e esperaram as ofertas de crédito. A varejista não compromete seu capital e ajuda os fornecedores operarem com menor capital de giro a taxas atrativas. O Risco Sacado tem algum liberalidade de interpretação para empresas e instituições financeiras. A questão é o prazo no Balanço patrimonial tem que ser contabilizado como dívida ou fornecedor? Hipóteses de classificação no BP: 1- Se tem um financiamento direto ao fornecedor nas mesma condições q normalmente aconteceria seria isso é fornecedor no BP 2 - Se é um fornecedor menor e vc empresta seu balanço p financiar ele TB é fornecedor no BP 3 - Se vc coloca o banco na triangulação onde o pagamento é feito direto pro banco e a partir daí a empresa que comprou aquele determinado produto deve eu ao banco então é dívida bancária no BP. Na Americanas (AMER3) o que ocorre é que chamou atenção do Rial pq nas cartas de circularização encaminhadas aos bancos isso não aparece nunca como divida? Como ele se deu conta rápido em 9 dias? 1) sinais de q o nível de transparência e a vontade da gestão de falar de desafios não estava fluindo como deveria 2) Outra é levantando os motores de geração de caixa e monetização de impostos Bem a live do BTG caiu aí infelizmente (q beleza) .... Mas já deu pra entender que o "pepino" é muito provavelmente a empresa adiantar para fornecedores e não colocar como dívida financeira, ao mesmo tempo que a conta fornecedores está menor. Ou seja suponho que os R$ 20 bi seriam dívidas com bancos decorrentes da antecipação a fornecedores) Complementando com o que saiu na mídia: cerca de 90% da divida das americanas não tem covenants, ela tem mais dívida do que retrata o atual BP e por isso provavelmente terá que reapresentar balanços e precisará de + capital para melhorar a estrutura de capital. Volto logo mais com mais informações sobre o caso Gostou deste material ? ESPALHA POR AÍ! SE VOCÊ NÃO É ASSINANTE, CLIQUE AQUI PARA ASSINAR E TER ACESSO A MINHAS AÇÕES FAVORITAS... ou cadastre-se no site www.investe10.com.br para receber os conteúdos gratuitos Grande Abraço, Cristiane Fensterseifer, CNPI, CGA - 12/01/2023 Disclaimer Exoneração de responsabilidade e informações importantes: Os conteúdos podem mencionar possibilidades de lucro financeiro decorrente de investimento, eximindo-se a analista de qualquer responsabilidade sobre eventuais prejuízos do cliente em decorrência da tomada de decisão deste. Recomendações de investimento mesmo quando são fundamentadas pela avaliação criteriosa de um analista certificado, podem não estar corretas e não antecipar o comportamento dos mercados com exatidão. Padrões, histórico e análise de retornos passados não garantem rentabilidade futura. Todo investimento financeiro, em maior ou menor grau, embute riscos que podem ser mitigados, mas não eliminados. Nunca devem ser alocados em renda variável recursos destinados a despesas imediatas ou de emergência, bem como valores que comprometam o patrimônio do cliente. A analista não realiza intermediações financeiras e não obtém nenhum tipo de receita advinda de comissões, corretagens ou emolumentos sobre montantes aplicados, cabe ao investidor a exclusiva responsabilidade pela execução de operações junto à respectiva instituição financeira na qual possua conta aberta. Os analistas têm, ou podem vir a ter, posições nos investimentos recomendados. O disclaimer não se sobrepõe à legislação e regulamentação vigentes. ATENÇÃO: Retornos passados não são garantia de retorno futuro. Investimentos envolvem riscos e podem causar perdas ao investidor. Cada investidor deve desenvolver suas próprias análises e estratégias, considerando seu nível de risco e perfil de investidor. 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O(s) analista(s) de investimentos, envolvidos na elaboração deste relatório, não tem vínculo com pessoa natural que trabalha para o emissor objeto do relatório de análise. 2.O(s) analista(s) de investimentos, seus cônjuges ou companheiros, podem deter, direta ou indiretamente, em nome próprio ou de terceiros, ações e/ou outros valores mobiliários de emissão das companhias objeto de sua análise. 3.Os analistas de investimento, seus cônjuges ou companheiros, podem estar direta ou indiretamente envolvidos na aquisição, alienação ou intermediação dos valores mobiliários objeto deste relatório. 4.Os analistas de investimento, seus cônjuges ou companheiros, podem ter direta ou indiretamente, interesse financeiro em relação à companhia emissora dos valores mobiliários analisados neste relatório. 5.Os analistas de investimento, seus cônjuges ou companheiros, negociam com cotas de fundos de investimento que concentram seus investimentos na companhia analisada ou em seu setor da economia, ou em cuja administração ou gestão podem influenciar, direta ou indiretamente. As opiniões são individuais do analista a partir da sua percepção e analise, bem como projeções e entendimento e sempre são sujeitos a mudanças acompanhando os fatos. O conteúdo não constitui oferta de negociação de valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros. O analista responsável pela elaboração do conteúdo declara, nos termos do artigo 21 da Instrução CVM nº 20/2021, que suas recomendações refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e são elaboradas de forma independente. Declaração do(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento) envolvidos na elaboração deste relatório, nos termos da CVM nº 20/2021: 1. O(s) analista(s) de investimento, ou de valores mobiliários, envolvido(s) na elaboração deste relatório (“Analistas de investimento”), declara(m) que as recomendações contidas neste refletem exclusivamente as suas opiniões pessoais sobre as companhias e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, . 2. O(s) Analista(s) de investimento podem see titulares de valores mobiliários objeto do presente relatório. Os relatórios específicos são de uso exclusivo dos adquirentes e não podem ser reproduzidos ou distribuídos. A reprodução indevida de relatórios ou trechos está sujeita a multa e demais punições cabíveis, de acordo com artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98.

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